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Informação profissional do setor das instalações em Portugal
“No Grupo Gia estamos empenhados em ser pioneiros no lançamento dos melhores equipamentos”

Entrevista com Fernando Oliveira, Area Manager Portugal do Grupo GIA

Ana Clara18/11/2022

Perspetivas para 2023, onde está e para onde quer ir o Grupo GIA em Portugal. Estes são apenas alguns dos temas em destaque nesta entrevista a Fernando Oliveira, Area Manager Portugal do Grupo GIA, que no nosso País conta com 2 canais de vendas, o Profissional e o Retail.

“No próximo ano, continuaremos a concentrar-nos em produtos que apoiem o setor”, refere Fernando Oliveira

“No próximo ano, continuaremos a concentrar-nos em produtos que apoiem o setor”, refere Fernando Oliveira.

Fale-me um pouco da presença e crescimento do Grupo GIA em Portugal e dos objetivos da marca no mercado nacional.

O Grupo Gia em Portugal tem 2 canais de vendas, o Profissional e o Retail. As nossas 2 principais marcas são a Giatsu, que se destina exclusivamente ao canal profissional e a HTW, que está presente nos 2 canais, com regras bem definidas, uma vez, por exemplo, que nos ar condicionados temos modelos diferentes para cada um dos canais. Temos mais marcas, que se encontram em grandes lojas de bricolage. Dispomos também de alguns artigos OEM, para os clientes colocarem a sua marca, o pvp é naturalmente da sua responsabilidade, mas o spv é nosso. Estrategicamente, com estas marcas, é possível estar presente nesses 2 canais, sem grandes conflitos. Estamos bem representados em Portugal Continental e Ilhas. No Porto, temos delegação comercial e gestão spv, com armazéns no Porto e Lisboa, mas, mais de 90% da mercadoria sai de Barcelona. Temos saídas de mercadoria diárias e o prazo de entrega é muito rápido, em 3 a 4 dias entregamos em qualquer ponto do País, exceto ilhas, naturalmente.

Em meados de 2015, passei a representar a empresa no canal retail, foi esse canal o meu trajeto profissional, em 2020 assumi também o canal profissional. No ano de 2015, faturamos em Portugal cerca de 600.000€, deste então o crescimento foi sempre bastante consistente, interrompidos só no ano de 2020, por motivos óbvios. Este ano de 2022, pelo volume de vendas já efetuado e pelas expectativas realistas que tenho, vamos ultrapassar os 11.000.000€. Neste momento, o objetivo é aumentar a presença nas regiões onde estamos menos representados, uma vez que as visitas foram praticamente interrompidas por causa da pandemia. Para isso, aumentamos a equipa comercial no canal profissional, uma vez que tem sido esse o canal responsável pelo maior crescimento. Vamos apostar bastante na promoção e divulgação da gama AQS, esquentadores, caldeiras, termoacumuladores e bombas de calor.

E a marca HTW?

A marca HTW tem uma gama bastante alargada, como aquecimento e ventilação doméstica que, com a gama de ar condicionados portáteis, desumidificadores, termoacumuladores e esquentadores, vai permitir-nos estar presentes também nas cadeias de eletrodomésticos, uma vez que essas lojas estão limitadas a vender ar condicionados murais, por imposições legais.

Em que produtos se centraram em 2022 e como decorreu a aceitação pelo mercado nacional?

Os ar condicionados domésticos (murais) têm representado o maior volume na faturação. Em 2022, com o apoio do Fundo Ambiental, as bombas de calor AQS representaram um valor muito importante nas vendas. Não foi uma grande surpresa a venda das bombas AQS, uma vez que já em 2021 as unidades vendidas excederam, em muito, a nossa previsão.

Neste momento, após a pandemia, como está a correr o negócio?

A pandemia ainda não acabou e estamos com mais um problema, a guerra na Ucrânia, algo que nos deixa a todos expectantes no futuro próximo. Vivemos num mundo globalizado e estamos todos dependentes da estabilidade. Até 2021, nas minhas reuniões para renovar acordos anuais e na apresentação das novas tabelas e gamas com os clientes, a pergunta que me faziam sempre era quanto baixou a tabela e qual o melhor preço para os artigos. A pandemia colocou uma nova regra, agora os clientes têm a consciência que, a todo o momento, os preços podem sofrer mais alterações, mesmo assim, o Grupo Gia nunca incrementou no preço dos artigos, o brutal aumento dos transportes, portanto, até termos um novo normal, vamos gerindo dia a dia.

As marcas HTW e GIATSU foram promovidas amplamente. Fale-me um pouco delas e em que segmentos AVAC se focam?

É verdade, estas são as 2 marcas de bandeira, é uma preocupação da companhia inovar e apresentar novos artigos nestas marcas, procuramos responder às exigencias do consumidor, principalmente na GIATSU, que é a marca destinada ao canal profissional, e por isso, tem tido uma especial atenção, porque tem sido o canal que mais cresceu em Portugal, sendo o catálogo da GIATSU cada vez mais abrangente.

Quanto aos preços para 2023, haverá novidades?

No próximo ano, continuaremos a concentrar-nos em produtos que apoiem o setor. No Grupo GIA estamos sempre empenhados em ser pioneiros no lançamento dos melhores equipamentos. O nosso catálogo irá caraterizar-se pela expansão das nossas linhas de produtos com a melhor qualidade e o mais alto desempenho ambiental, energia renovável e que atendam a todas as necessidades do mercado.

“Temos uma nova ferramenta que permite ao consumidor final fazer o pedido de assistência técnica...
“Temos uma nova ferramenta que permite ao consumidor final fazer o pedido de assistência técnica, libertando os nossos clientes e os clientes dos nossos distribuidores de fazer essa tarefa”.

A assistência técnica centralizada em Portugal é uma das grandes apostas da marca.

Foi uma aposta ganha, desta forma conseguimos dar uma resposta mais rápida, muitas vezes, as dúvidas são esclarecidas via telefone. Temos 2 pessoas, um deles técnico, que permite esclarecer os técnicos, instaladores e até o consumidor final, em caso de dúvida. Temos também 1 técnico administrativo que acompanha os centros de spv e gestão dos pedidos, informando o ponto de situação dos mesmos. Para maior confiança do consumidor, quando a situação é fora do período de garantia, os mesmos são encaminhados para os centros de assistência oficial, uma vez que temos cobertura nacional. Temos agora uma nova ferramenta que permite ao consumidor final fazer o pedido de assistência técnica, libertando os nossos clientes e os clientes dos nossos distribuidores de fazer essa tarefa, chegando até nós uma informação mais fidedigna.

É claro que um dos grandes objetivos do Grupo GIA passa por reduzir ao máximo as emissões de CO2 nos seus equipamentos. Em que é que isto é visível?

É um compromisso da companhia, os produtos são cada vez mais amigos do ambiente, dou o exemplo das bombas de calor AQS e de aquecimento (Ecothermais) que viu melhorada a sua eficiência energética, só assim podem ser candidatas ao Fundo Ambiental.

Como analisa o setor da climatização em Portugal?

É notícia todos os dias, em Portugal o preço do gás, do gasóleo e da eletricidade tem vindo a aumentar bastante e não se prevê que haja inversão, as alternativas são o ar condicionado, porque mesmo consumindo eletricidade, é a solução mais económica. Assim, vejo o presente e o futuro de forma bastante promissor.

Como antevê 2023 e quais as suas perspetivas?

Tudo vai depender da evolução atual, mas no GIA Group temos pessoas muito atentas, destaco o COO, Alberto Garrido, sempre a acompanhar o comportamento do mercado, e qualquer ação que seja necessário fazer, a reação é sempre muito rápida, enquanto alguma concorrência está a pensar, nós estamos a agir, portanto, a minha perspetiva é muito positiva.

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