Quando falamos de Gestão Técnica Centralizada (GTC) em edifícios, falamos de eficiência nos consumos, de otimização de recursos mas também na automatização de processos. Com a pandemia de Covid-19, a GTC confirma a importância que já tem, e é fundamental olhar para ela cada vez mais como uma urgência e enquanto ferramenta em matéria de eficiência energética.
É cada vez mais importante a gestão integrada e eficiente de vários níveis de utilização de um edifício. Foto: Ana Clara.
Nesta matéria, é essencial ter em conta que o potencial de poupança num edifício vai para além da qualidade do projeto, instalações e recurso às renováveis. A GTC pode, pois, acrescentar uma poupança no consumo e é encarada hoje como um elemento essencial na estratégia de eficiência energética de um edifício.
Falar de GTC é, pois, falar de uma gestão integrada e eficiente de vários níveis de utilização de um edifício. Desde o controlo de circuitos de iluminação, passando pela gestão das unidades de climatização, controlo da temperatura da rede de distribuição de água aquecida e/ou arrefecida com base nas reais necessidades da instalação, acabando na monitorização e gestão dos consumos energéticos.
Os ganhos no consumo da energia podem ser obtidos com a otimização de uma série de funções. Por exemplo, nos sistemas de climatização estes podem ser atingidos com o ajuste da temperatura no 'setpoint' no sistema de climatização, a programação horária das máquinas de produção térmica e dos propulsores de distribuição de acordo com as reais necessidades de carga térmica dos edifícios, a gestão do comando alternativo dos chillers e das bombas de calor ou da entalpia e da humidade do ar ou a integração do controlo de produção de energias renováveis, cogeração e redes de distribuição de calor/frio.
Os resultados são uma redução dos consumos e, em consequência, da fatura energética, menos emissões de CO2 e, também, uma melhoria no nível de conforto dos ocupantes do edifício.
Importante e decisiva nesta matéria é a Diretiva (UE) 2018/844 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018, relativa ao desempenho energético dos edifícios, a chamada EPBD, e a Associação Portuguesa das Empresas dos Setores Térmico, Energético, Eletrónico e do Ambiente (APIRAC) aborda em artigo neste dossier. Recorde-se que, a este respeito, tem sido importante o trabalho da Comissão de Sistemas de Gestão Técnica de Edifícios da APIRAC, constituída por 13 empresas, entre fabricantes e integradores.
Recorde-se que a GTC é tema na edição de outubro da Revista O Instalador. Em destaque um artigo da Geoterme que aborda o tema no contexto da pandemia de Covid-19 e da importância acrescida que a GTC ganha, entre outros aspetos, na gestão da ocupação dos espaços de trabalho.
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