Torna-se, assim, evidente, uma vez mais, a importância do controlo da temperatura e da qualidade do ar interior no nosso dia a dia, e que este assume um papel muito importante para o conforto, saúde e bem-estar pessoal.
No âmbito residencial, a climatização ambiente pode ser efetuada através de diferentes sistemas, sejam sistemas centralizados a água ou de ar forçado, sejam sistemas individuais ou portáteis.
Consoante a tipologia do sistema podem ser supridas diferentes necessidades, aquecimento, arrefecimento, desumidificação, humidificação, ventilação ou filtração de ar.
A seleção dos diferentes tipos de sistemas depende de fatores locais e de aplicação. Entre os fatores locais destacam-se a disponibilidade de fontes de energia e respetivo preço, o clima e a disponibilidade/qualidade dos instaladores locais. Nos fatores de aplicação incluem-se o tipo de moradia e características da construção.
Os fatores clima e disponibilidade das fontes de energia/preço tomam cada vez mais um papel decisivo na seleção, devido ao aquecimento global e à tendência da eletrificação, respetivamente.
Tendo em consideração o nosso clima, especificamente a amplitude térmica nas diferentes estações do ano, para que no interior dos edifícios se atinjam os níveis de conforto desejados, é necessário o recurso a sistemas capazes de suprir necessidades de aquecimento e arrefecimento.
Os sistemas de ar condicionado distinguem-se dos demais por permitir, num só sistema, colmatar as diferentes necessidades implícitas às 4 estações do ano. Por outro lado, a elevada eficiência da operação destes sistemas, que pode atingir os 600% em modo de aquecimento e 700% em modo de arrefecimento, torna-os igualmente de elevado interesse, quando comparado com outras tecnologias.
Assim, se em décadas anteriores estes equipamentos tinham um “rótulo de luxo” hoje, a sua praticidade e preço tornam a nossa vida mais saudável e produtiva.
Nos sistemas de ar condicionado, o ar ambiente é aspirado por uma rede de condutas, ou através da própria unidade, passando inicialmente por um filtro e de seguida por um permutador de calor onde pode ser arrefecido ou aquecido consoante as necessidades térmicas. Um ventilador assegura a impulsão do ar novamente para o espaço
Um ar condicionado é um equipamento que extrai calor de uma fonte de calor e rejeita-o noutro local, a uma temperatura superior.
Durante o verão o arrefecimento, ou extração de calor, consiste na remoção de calor do ambiente interior, e sua rejeição no exterior; enquanto que no inverno o calor é extraído do exterior e rejeitado no ambiente interior.
Possuem 5 modos de funcionamento distintos, arrefecimento, aquecimento, ventilação, desumidificação e automático de modo a assegurar o conforto desejado.
Podem ser do tipo mono-split ou multi-split. O sistema mono-split é constituído por uma unidade exterior e uma unidade interior, interligados por duas linhas de refrigerante, e destina-se normalmente a climatizar um espaço único. Já o sistema multi-split é constituído por uma unidade exterior e até cinco unidades interiores, cada uma com o seu próprio controlo.
A seleção da capacidade do equipamento deve ter em consideração que as condições de projeto interior possam ser asseguradas quando as condições exteriores não excedem os valores de projeto. As condições de projeto exteriores são geralmente determinadas de acordo com a análise estatística dos dados climáticos dos últimos 30 anos, de modo a que 99% das condições de projeto interiores possam ser atingidas anualmente, tanto para a estação de aquecimento como de arrefecimento.
No modo de arrefecimento, estes sistemas desumidificam o ar e diminuem a sua temperatura, sendo os condensados gerados pela condensação da humidade ambiente conduzidos através de uma linha de drenagem.
Apesar dos sistemas de ar condicionado serem vulgarmente conhecidos pela sua função de arrefecimento, estes também possuem um modo especifico de aquecimento.
Durante o modo de aquecimento, funções especiais, entre as quais se destacam o ajuste automático dos defletores de ar que permitem um maior efeito de convecção; a possibilidade de ajuste da histerese de temperatura, para compensação da estratificação térmica; ou ainda a função noturna que diminui gradualmente a temperatura de conforto durante o sono, permitem aumentar o conforto do utilizador, e proporcionar uma redução dos consumos energéticos.
Dependendo do tipo unidades é ainda permitida a introdução de ar novo (do exterior), que é aquecido antes da sua insuflação no ambiente interior, permitindo assim tornar o ar mais puro e saudável, sem impacto na temperatura interior.
Ainda no que toca à qualidade do ar, estes sistemas permitem, mesmo em modo de aquecimento, efetuar a limpeza e purificação, seja por filtração, dispositivos eletrostáticos ou ionizadores.
Os filtros de ar, normalmente laváveis, podem ser de diferentes tipos permitindo diferentes ações, tais como, retenção de partículas de pó ou de pelos animais, eliminação de cheiros, de bactérias e compostos orgânicos voláteis, podendo evitar assim reações alérgicas.
Apesar destes sistemas se caracterizarem pela baixa manutenção, tal como todos os sistemas de refrigeração dependem de uma correta e cuidada instalação. Somente deste modo é possível assegurar o seu funcionamento continuo e evitar fugas posteriores, que causam problemas ao utilizador e meio ambiente.
Neste sentido, o Instituto de Formação Vulcano dispõe de vários módulos de formação onde é possível aos instaladores e técnicos de manutenção adquirir as competências necessárias à correta instalação e manutenção dos equipamentos.
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