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Relatório

Global Powers of Construction 2024 | Deloitte revela o panorama da construção

06/11/2025

Tensão geopolítica abranda setor da construção em 2024, mas prevê-se ritmo de crescimento de 5,5% ao ano até 2030, segundo o relatório Global Powers of Construction 2024 (GPoC) da Deloitte.

Fotografia de EJ Yao, Unsplash
Fotografia de EJ Yao, Unsplash.
As cem maiores empresas globais do setor de construção geraram em 2024 vendas totais de 1,978 biliões de dólares. Mais de metade desta receita conjunta (51,2%) tem origem em empresas chinesas, seguidas da Europa (22,0%), Japão (9,1%), Estados Unidos (8,8%) e Coreia do Sul (4,7%). O ranking consta do relatório Global Powers of Construction 2024 (GPoC) da Deloitte, que analisa e acompanha há vários anos o setor da construção a nível global e classifica as principais empresas de construção cotadas na bolsa, olhando para as suas estratégias e dinâmicas de crescimento.

Em comparação com o ano anterior, a receita total obtida pelas 100 empresas do ranking desceu ligeiramente (uma quebra de 1%). Por outro lado, a distribuição manteve-se relativamente estável, embora se registe uma diminuição de 5% nas receitas em dólares americanos obtidas pelas empresas chinesas, bem como um aumento nas outras áreas geográficas relevantes.

A Mota-Engil, única empresa portuguesa a figurar no Top 100, sobe para o lugar 52, após ter ocupado no ano anterior a posição 71. A construtora portuguesa atingiu, em 2024, um volume total de vendas de 6.439 milhões de dólares, e uma capitalização bolsista de 925 milhões de dólares.

Com 42 empresas no ranking, a Europa mantém a maior representação regional. As vendas agregadas das construtoras europeias cresceram 6,2%, totalizando 435,9 mil milhões de dólares, embora a sua capitalização de mercado tenha recuado 4,9%, penalizada sobretudo por três grupos franceses (VINCI, Bouygues e Eiffage). Os sete grupos espanhóis destacaram-se pelo dinamismo, com um aumento de 11,9% nas vendas, impulsionado principalmente pelas construtoras ACS e Acciona.

As empresas europeias continuam também a liderar o capítulo da internacionalização: 66% das suas receitas provêm de mercados externos, em comparação com 63% em 2023. No ranking de vendas internacionais, a VINCI mantém a liderança pelo terceiro ano consecutivo, com 44,8 mil milhões de dólares, correspondentes a 57,8% do seu volume de negócios.

Perspetivas e desafios globais

Em 2024, a receita das 30 maiores empresas com vendas internacionais aumentou para 21,3% do total das vendas, a maior proporção dos últimos cinco anos e comparando com 18,4% em 2023. Ainda assim, o setor enfrenta desafios estruturais: escassez de mão de obra, volatilidade nos preços das matérias-primas, constrangimentos nas cadeias de abastecimento e pressão para adotar práticas mais sustentáveis.

No plano acionista, a capitalização bolsista conjunta das 100 maiores empresas cresceu 13,3%, passando de 703,2 mil milhões para 796,5 mil milhões de dólares. Os Estados Unidos e a Índia foram os principais motores desta valorização, com aumentos de 60,3 mil milhões e 25 mil milhões de dólares, respetivamente.

Apesar da desaceleração vivida em 2024, a Deloitte projeta para o setor uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 5,5% entre 2025 e 2030, sustentada pela urbanização, envelhecimento da população, digitalização e descarbonização. Estes fatores deverão impulsionar investimentos significativos em transportes, energia, telecomunicações e ativos digitais, apoiados pela adoção de tecnologias como o Building Information Modelling (BIM) e soluções de gestão baseadas em inteligência artificial.

“A incerteza geopolítica tem conduzido a uma desaceleração económica generalizada, com impacto significativo no setor da construção, ainda que, mais do que nunca, haja uma necessidade premente por novas construções, quando é esperado que, cada vez mais, as populações se concentrem nas grandes cidades, colocando uma pressão acrescida em infraestruturas e zonas residenciais. Por reconhecer que é imperativo avançar, o setor a nível mundial mostra-se bastante

resiliente no médio-longo prazo e com perspetivas sustentadas de crescimento até 2030, o que indicia oportunidades de investimento”, refere Miguel Fontes, partner da Deloitte.

Miguel Fontes, partner da Deloitte. Crédito da fotografia: Tiago Matos

Miguel Fontes, partner da Deloitte.

Crédito da fotografia: Tiago Matos.

A curto prazo, porém, as perspetivas permanecem incertas. Em 2024, a produção global da construção cresceu 3,1%, abaixo do ano anterior, e deverá desacelerar para 2,3% em 2025, devido a riscos de recessão e tensões comerciais, apesar da descida da inflação e do alívio nas políticas monetárias.

Para mais informações consulte o estudo na íntegra através deste link.

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