Para a AIPOR - Associação dos Instaladores de Portugal, a formação é um tema que nos é caro, já que temos vindo, nos últimos anos, a insistir na urgência e na necessidade de haver por parte das empresas, associações e do Governo uma estratégia clara e robusta que aposte nas competências dos profissionais do setor da construção, obras públicas e imobiliário.
A formação contínua e especializada é, sem dúvida, o caminho mais seguro para construirmos um setor forte e capaz de dar resposta aos problemas tradicionais, mas também a novos, que resultam de tecnologias maduras e de última geração, legislações sempre em constante mudança e processos de descarbonização em permanente evolução.
Para que tudo isto aconteça é, também, essencial que se reforce a ligação entre as empresas, o ensino e a formação profissional, ajustando a oferta às reais necessidades do mercado. Hoje, este triângulo é cada vez mais vital, de forma a cruzar conhecimentos, competências e a reforçar a capacitação do setor.
No caso das Instalações Técnicas Especiais - setor em que a AIPOR atua - é essencial continuar a apostar na formação especializada dos profissionais, de forma a corresponder aos desafios que diariamente se colocam, pautados cada vez mais pela conjuntura económica e pelas necessidades de sustentabilidade e eficiência energética.
Além disso, a qualificação tem de ser um dos principais objetivos das empresas. A AIPOR tem-no referido inúmeras vezes. E é essencial que as empresas consigam contornar as imensas dificuldades com que diariamente se deparam, seja ao nível do recrutamento, da mobilização dos mais jovens ou da exigência nos módulos formativos.
A formação base é fundamental, mas é também importante ter em conta diversos fatores, como a adaptação e acompanhamento da legislação e a permanente formação que complementa a base de carreira. A evolução tecnológica, que comporta sistemas mais eficientes e que cria soluções sustentáveis, tem sido exponencial. O conhecimento na área de AVAC&R é muito vasto, englobando energias, mecânica de fluidos e materiais, até eletrónica e eletricidade. Assim, para além do ensino, a expansão das áreas de estudo apresenta-se como um desafio significativo no futuro. Isto sem esquecer a consolidação do conhecimento básico, que, como já referimos, é crucial, por ser a raiz para todos os programas de formação. Além disso, a capacidade das empresas em acompanharem o trabalho dos seus profissionais nos projetos, torna-se decisiva, pois é no terreno que se identificam dificuldades e onde é necessário atuar e intervir.
Ao nível da legislação, por exemplo, salientamos a importância do seu constante acompanhamento, quer por empresas, quer por formandos. Damos o exemplo do Regulamento (UE) 2024/573 do Parlamento Europeu, relativo aos gases fluorados, que veio alterar a Diretiva (UE) 2019/1937 e revogar o Regulamento (UE) nº 517/2014.
Salienta-se, também, o Regulamento de Execução (UE) 2024/2215 da Comissão, que revoga o Regulamento de Execução (UE) 2015/2067. Este documento estabelece os requisitos mínimos para a emissão de certificados a pessoas singulares e coletivas. Falamos de normas relacionadas com os fluidos refrigerantes alternativos, como hidrocarbonetos, dióxido de carbono (CO2) e amoníaco (NH3). Com novos tipos de certificação, este cenário exige formação adequada. É por isso também que a certificação dos técnicos é outro ponto muito importante e que valida a qualidade e a confiança das empresas em todos os processos, projetos e obras, desde o diagnóstico, instalação até à manutenção.
Recordamos ainda que a AIPOR, em parceria com entidades acreditadas, oferece aos seus associados o acesso a formação que responde às necessidades das várias áreas das Instalações Técnicas Especiais.
Temos, há largos anos, estabelecidos diversos protocolos com entidades formadoras, acreditadas pela DGERT - Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, de forma a obter uma abrangência nacional. Através destes protocolos, os associados podem usufruir de condições especiais.
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