A APREN volta a esclarecer que as energias renováveis não estiveram na origem do apagão que afetou a Península Ibérica, sublinhando a importância de reforçar a soberania energética da Europa com base em fontes renováveis. A associação destaca três eixos estratégicos para garantir um sistema elétrico mais resiliente e sustentável.
A Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) reiterou que o apagão registado na Península Ibérica, no final de abril, não foi provocado pelas energias renováveis, conforme já havia alertado a 29 de abril. Uma investigação conduzida pelo governo espanhol confirmou que o incidente resultou de uma combinação de fatores, entre os quais se destaca um erro de cálculo da Red Eléctrica de España (REE).
Para a APREN, este evento deve ser encarado como uma oportunidade de aprendizagem e de reforço do compromisso com a transição energética. A associação defende que a única via sustentável para garantir a soberania energética europeia passa por apostar em fontes de energia renovável produzidas em território europeu, pondo fim à dependência de países exportadores de combustíveis fósseis, que controlam o mercado e os preços através da manipulação da oferta.
Neste contexto, a APREN aponta três eixos fundamentais de atuação.
Em linha com os objetivos dos Planos Nacionais de Energia e Clima (PNEC 2030) dos vários países europeus. Para que esta transição energética aconteça de forma segura e eficaz, é indispensável reforçar a redundância do sistema e garantir que as redes acompanham a expansão das renováveis em termos de capacidade e de dispersão geográfica.
Estes pilares encontram-se alinhados com os documentos estratégicos da Comissão Europeia, nomeadamente o Clean Industrial Deal e o Action Plan for Affordable Energy, que reforçam a urgência de um sistema energético mais independente, eficiente e limpo.
A APREN apela ainda a que se beneficie uma discussão pública com base em factos. A desinformação que culpa a energia elétrica proveniente de fontes renováveis como a causa do apagão, tem de ser denunciada. A Europa não pode basear a sua prosperidade, competitividade e ação climática em suposições e rumores.
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