Solar térmico: a visão da Vulcano

Sistemas solares térmicos coletivos – um contributo para a descarbonização

A descarbonização da economia é muitas vezes associada, de forma quase inconsciente, à eletrificação. Embora em muitos casos essa pareça ser a solução óbvia, no que respeita à produção de água quente para fins sanitários (AQS), os sistemas solares térmicos continuam a ser a melhor opção, dando um contributo importante ao mesmo tempo que reduzem as sobrecargas na rede elétrica, quer ao nível da produção, quer ao nível da distribuição.

Um sistema solar bem dimensionado pode contribuir com 60 a 75% das necessidades anuais da energia para produção de AQS, ficando o restante a cargo do equipamento complementar de apoio, que poderá ser um esquentador termostático, uma simples resistência elétrica no acumulador solar ou ainda usar uma bomba de calor como acumulador solar, criando uma solução integrada.

A Vulcano aposta na divulgação, junto de projetistas, decisores e instaladores, das suas soluções compostas por sistemas solares térmicos coletivos, considerando ser a aposta mais viável para a edificação em altura. Enquanto numa moradia o espaço de cobertura pertence na totalidade ao proprietário, num edifício de apartamentos a relação entre espaço de cobertura e número de frações é bastante reduzida. Esta condicionante obriga a que se estude uma forma eficaz de maximizar o aproveitamento do espaço disponível, sem comprometer a eficiência energética ou o conforto dos utilizadores.

Quando comparada com múltiplas soluções individuais num edifício, a opção por uma solução solar coletiva irá permitir reduzir o número de coletores solares, criar baterias mais longas, reduzindo o número de estruturas e o espaço ocupado e eliminar a passagem de cablagem entre a cobertura e as frações. Em soluções individuais seria necessária uma tubagem de avanço e outra de retorno para cada fração, ao passo que numa solução coletiva, a tubagem, resume-se a apenas uma coluna montante com uma tubagem de avanço e uma de retorno, com poupanças evidentes de espaço e custos.

A Vulcano apresenta uma gama completa e integrada de soluções solares, desde a captação ao armazenamento e equipamentos de apoio, passando pela regulação, controlo e segurança.

Sendo o solar térmico um produto cuja implementação é decidida com base em análise dos períodos de retorno do investimento, seria de esperar que a opção mais barata, desde que garantisse a qualidade desejada, fosse a mais rentável. Em instalações domésticas este raciocínio pode não andar muito longe da realidade, mas, em instalações de maiores dimensões, optar pelo coletor PremiumSun, com maior rendimento ótico e menores perdas, normalmente traz maiores benefícios e rentabilidade ao necessitar de menor área de captação, menos estruturas, tubagem, isolamento e mão de obra para a montagem.

Podem ser agrupados em baterias até 10 coletores, desde que as ligações de avanço e retorno sejam cruzadas, otimizando o espaço disponível na cobertura e minimizando o número de ligações hidráulicas a efetuar. As diversas baterias deverão ser equilibradas hidraulicamente quer através do avanço invertido quer através da instalação de válvulas de balanceamento de caudal, garantindo que o caudal em cada bateria é o indicado e que a temperatura do fluido à saída de cada bateria é igual entre todas as baterias da instalação.

Para que o sistema funcione de forma eficiente é necessário que, além do projeto e da instalação, o controlo seja o mais adequado. O conjunto de controlador solar e módulo solar CS 200 e MS 200 permite a ligação de até 8 sondas NTC e 5 saídas para comando de bombas e válvulas de 3 vias. Este elevado número de entradas e saídas de sinal permite uma enorme flexibilidade na sua instalação e adaptação aos mais diversos circuitos, tornando-o ideal para instalações de grandes dimensões ou de maior complexidade, incluindo os sistemas coletivos.

A aposta na formação, que tem sido uma constante desde sempre, foi reforçada com a criação do Instituto de Formação Vulcano (IFV).

O IFV apresenta um conjunto muito completo de cursos na área do solar térmico, preparando os profissionais, quer sejam instaladores, técnico-comerciais ou projetistas, para selecionar, instalar e efetuar os procedimentos de manutenção em instalações desde o termossifão até às instalações coletivas ou industriais.

Em 2022, o IFV lançou quatro cursos muito abrangentes, de Instalação e Manutenção, nas vertentes de Esquentadores, Caldeiras Murais, Ar Condicionado e Solar Térmico.

O curso de Instalação e Manutenção de Sistemas Solares Térmicos tem uma duração de 10 dias, repartido por 5 semanas, ocorrendo à segunda e terça-feira, nos centros de formação de Lisboa e Aveiro. É constituído por módulos que abordam temas como os conceitos base, legislação, componentes, configurações hidráulicas, a que se junta a componente mais prática de ligação e parametrização de controladores, montagem de um sistema termossifão e operações de colocação em funcionamento de um sistema solar forçado coletivo. Este curso inclui ainda um módulo de interligação de tubagens, para tomarem contacto com algumas técnicas fundamentais para executar redes de tubagem e outro de eletricidade em que os formandos irão usar aparelhos de medida para validar o funcionamento do equipamento.