A semana passada terminou com os responsáveis máximos de Portugal, Espanha e França – nomeadamente o Primeiro-Ministro, António Costa, o Presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, e o Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron – para “dar a conhecer os pormenores do projeto de interconexão energética denominado H2Med, o primeiro grande corredor verde capaz de ligar a Península Ibérica à cidade francesa de Marselha”.
O encontro, que teve lugar no Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO), em Alicante, contou, igualmente, com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Sobre a reunião António Costa referiu que “a par das quatro interconexões elétricas que estão acordadas -duas em operação e outras duas em projeto ou em construção- e para além das interconexões de gás natural já existentes entre Portugal e Espanha, acrescentamos agora um corredor dedicado exclusivamente ao hidrogénio verde”.
O Primeiro-Ministro afirmou que “isto muda significativamente o paradigma, porque para além de sermos simplesmente importadores e reexportadores de energia passamos também a reforçar a nossa posição enquanto produtores e exportadores de energia para o conjunto da Europa”.
Às ligações para o hidrogénio, produzido a partir de energias renováveis e menos poluentes, somam-se as já existentes de gás natural entre Portugal e Espanha e a outras elétricas, destacou ainda.
Sobre o hidrogénio verde, António Costa afirmou que, “por razões naturais, a Península Ibérica é um dos melhores locais da Europa para desenvolver as energias renováveis”. o Primeiro-Ministro acrescentou ainda que “e, por isso, temos preços mais baixos do que outros países na produção da energia, designadamente solar. E isso torna particularmente competitivo o hidrogénio verde produzido na Península Ibérica. Além de satisfazer as necessidades próprias da Península, temos capacidade para sermos exportadores para o resto da Europa”.
A capacidade de exportação para abastecer o resto da Europa torna o 'Corredor de Energia Verde' um verdadeiro projeto de «interesse comum» para a União Europeia, disse António Costa, lembrando o objetivo europeu de diminuir a dependência energética de terceiros.
Os três governos vão apresentar a candidatura do 'Corredor de Energia Verde' a financiamento europeu até 15 de dezembro.
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