António Costa transmitiu esta posição no primeiro dos seus dois dias de presença na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), que decorre em Sharm el-Sheikh, no Egito, até ao próximo dia 18 de novembro.
“O objetivo não é somente alcançarmos a neutralidade carbónica em 2050 – e fomos o primeiro País do mundo a assumir essa meta na COP de Marraquexe [em 2016] -, mas também, como está previsto na lei, estudar e fazermos tudo para antecipar para 2045 esse resultado”, declarou António Costa.
De acordo com o primeiro-ministro português “o País está em condições de assumir essa nova meta, já que, em primeiro lugar, conseguiu em dois anos encerrar as suas centrais a carvão”. A explicação resido no facto “de estarmos a acelerar toda a transição energética e de termos uma política sustentada de investimento no transporte público urbano e na ferrovia à escala nacional criam boas condições para que isso aconteça”, afirmo António Costa, acrescentando que Portugal “definiu uma estratégia nacional para o hidrogénio que vai auxiliar a indústria, até hoje bastante dependente do gás natural”.
“A indústria vai poder ter uma fonte alternativa de energia. Isso vai ser decisivo para que essa transição tenha sucesso e para que, a prazo, deixemos de ser importadores de combustíveis fosseis e possamos ser exportadores de energia verde”, sustentou, acrescentando que “todo o esforço que estamos a fazer é muito importante para que tenhamos sucesso e possamos antecipar tanto quanto possível a meta da neutralidade carbónica”. Na opinião de António Costa “se uns não anteciparem, tendo em conta a lentidão com que outros avançam, mais dificilmente alcançaremos as metas do Acordo de Paris», de 2015”.
Sobre as energias renováveis António Costa emitiu uma opinião firme: “o que está demonstrado é que quanto mais avançarmos para as energias renováveis, menos dependentes estaremos de terceiros e também menos dependentes estaremos da volatilidade dos mercados internacionais relativamente ao gás”.
O primeiro-ministro português sustentou mesmo que, se atualmente os preços da energia elétrica em Portugal estão comparativamente mais baixos do que na média europeia, “é porque 60% da energia consumida tem origem nas renováveis”. Face a isto “a meta que temos de chegar ao final da legislatura [2026] com 80% da energia consumida tem como base as renováveis. A solução ibérica, que evita a excessiva contaminação do preço da eletricidade pelo preço do gás, funciona bem porque temos uma elevada taxa de energia que é produzida com base em fontes renováveis”, explicou.
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