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Zero: eliminar as caldeiras e esquentadores a gás

31/10/2022
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Associação ambientalista faz um apelo à União Europeia pela aceleração na eliminação do uso destes equipamentos.

A Zero – a par de mais de 20 associações de ambiente europeias – acredita que uma supressão gradual atempada das caldeiras e esquentadores a gás pouparia 8% das importações de gás na União Europeia (UE) e evitaria um aumento a longo prazo da fatura energética. Números que constam de um estudo divulgado pelo Gabinete Europeu do Ambiente (European Environmental Bureau - EEB).

Face a isto, mais de 20 organizações enviaram uma carta, no passado dia 27 de outubro, à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e ao vice-presidente executivo Frans Timmermans. O motivo? Exigir a eliminação progressiva das caldeiras e esquentadores a gás ou outros combustíveis fósseis e a sua substituição generalizada por tecnologias bombas de calor, equipamentos a energia solar e, nos locais onde existe, aquecimento urbano central com base em renováveis.

Como explica a Zero em maio do ano passado a Comissão Europeia anunciou que iria fazê-lo até 2029, como medida do plano REPowerEU, para reduzir a dependência do bloco do gás russo. No entanto para as associações signatárias da carta a data fixada deve ser antecipada. Sendo que entre os signatários estão organizações não governamentais de ambiente, mas também fornecedores de energia, fabricantes de bombas de calor e produtores de energia solar.

A exigência vem, em primeiro lugar do relatório da Agência Internacional da energia que, no ano passado, alertou que a venda de novos equipamentos deste tipo deveria ser proibidos mundialmente a partir de 2025. Alerta que foi agora substanciado pelo estudo, agora divulgado, realizado pelo Öko-Institut e encomendado pelo EEB como parte da campanha Coolproducts, que mostra que a eliminação progressiva do aquecimento ambiente e de águas sanitárias a combustíveis fósseis até 2025 na UE poderia permitir uma redução maciça de 320 TWh no consumo de gás no sector residencial, correspondente a 8% do total das importações de gás da União em 2020, e uma poupança total de emissões de gases com efeito de estufa de 75 Mt de CO2eq até 2030.

A dimensão do mercado

Os números da Associação europeia de Bombas de Calor indicam que as vendas destes equipamentos cresceram 34% na Europa em 2021. Um valor que a Zero classifica de histórico. Nesse ano foram vendidas em 21 países cerca 2,18 milhões de unidades de bombas de calor, quase 560.000 a mais do que em 2020. Valores que significam que houve um aumento no número total de bombas de calor instaladas na UE para 16,98 milhões, cobrindo cerca de 14% do mercado do aquecimento.

E Portugal? segundo o Barómetro das Bombas de calor 2020 Portugal é o quinto país da UE com mais bombas de calor instaladas. Segundo a Zero a realidade portuguesa apresenta as suas particularidades, mas sempre que for possível, mesmo nas habitações antigas, a substituição deve ser feita sempre que é necessário renovar os equipamentos. Contudo, para certas tecnologias pode ser necessário espaço de instalação não existente, embora tendencialmente a rápida evolução tecnológica apresente soluções para os mais diversos casos.

A associação considera que se for permitida a instalação de esquentadores/caldeiras a gás após 2025, a Europa dificilmente atingirá a neutralidade climática em 2050 e os líderes da União Europeia simplesmente faltarão à sua promessa. O mesmo se aplica a Portugal individualmente. Já existem soluções de aquecimento limpas, e os governos devem dar-lhes um impulso decisivo, sendo uma mera questão de vontade política.

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