Trane - Portugal - Sociedade Unipessoal, Lda
Informação profissional do setor das instalações em Portugal
“Menos de 3% das famílias consomem energia produzida através de um sistema de painéis solares”

Entrevista com Manuel Pina, Diretor Geral da Otovo Portugal

Ana Clara16/11/2022
A Otovo iniciou operações em Portugal no final de agosto de 2022. Manuel Pina, Diretor Geral da plataforma digital que se assume como líder na Europa de instalações solares e baterias residenciais, destaca o compromisso em democratizar o autoconsumo de energia, acelerando a transição energética e abrindo oportunidades para os instaladores portugueses. Assume-se ainda como a primeira empresa no mercado a oferecer a possibilidade de subscrever a energia solar como um serviço, ao lançar um modelo de subscrição mensal, sem necessidade de investimento inicial.
“Através do nosso pioneiro modelo de subscrição mensal, qualquer cidadão pode ter acesso ao autoconsumo energético e poupar a partir do primeiro mês”...
“Através do nosso pioneiro modelo de subscrição mensal, qualquer cidadão pode ter acesso ao autoconsumo energético e poupar a partir do primeiro mês”, realça Manuel Pina.

A Otovo começou a sua atividade em Portugal no final de agosto. Fale-me um pouco dessa decisão e quais são os objetivos para o mercado português?

O mercado português é um mercado muito importante para a Otovo consolidar a sua posição de plataforma líder europeia em sistemas de PV residenciais. Mais de metade da população em Portugal vive em casas independentes ou geminadas, o que significa que, de uma forma ou de outra, têm controlo sobre o seu telhado.

No entanto, menos de 3% das famílias consomem energia produzida através de um sistema de painéis solares. Estes dados mostram o potencial que as famílias em Portugal têm para começar a poupar através do autoconsumo de energia solar. Na Otovo, a nossa missão é ambiciosa, mas clara: colocar painéis solares em todos os telhados e ajudar todas as famílias a instalar este tipo de sistemas e a fazê-lo de forma a que lhes permita obter poupanças reais.

Na Otovo, a nossa missão é ambiciosa, mas clara: colocar painéis solares em todos os telhados e ajudar todas as famílias a instalar este tipo de sistemas e a fazê-lo de forma a que lhes permita obter poupanças reais

De que forma se consegue “democratizar o autoconsumo de energia” no nosso País?

A democratização do autoconsumo de energia significa oferecer o acesso a energia a qualquer pessoa. Através do modelo de subscrição, os consumidores podem poupar na sua fatura energética desde o primeiro mês, sem qualquer investimento inicial. Acredito que é uma ferramenta muito poderosa para combater a pobreza energética na medida em que permite o acesso ao autoconsumo sem qualquer esforço financeiro.

Fale-me das vantagens para os instaladores?

No que diz respeito às empresas que fazem a instalação destes sistemas PV, notamos que existe um ecossistema muito diverso ao longo do país, composto por algumas empresas grandes e por muitas empresas regionais mais pequenas. Para estes instaladores, o nosso objetivo é oferecer uma forma de competirem com as grandes empresas da indústria, absorvendo atividades de marketing e captação de clientes e dando acesso a ferramentas de gestão e a uma otimização da sua eficiência. Através da nossa plataforma, os instaladores podem definir os seus próprios preços e quando os projetos são atribuídos, vão prontos a instalar. O instalador apenas tem que confirmar o dia de instalação e tocar à porta do cliente. Desta forma os instaladores podem focar-se naquilo que fazem melhor: instalar sistemas de painéis solares.

No que respeita aos consumidores, que podem escolher uma subscrição mensal, sem investimento inicial, de que forma é que este modelo pode atrair os cidadãos e como funciona?

Através do nosso pioneiro modelo de subscrição mensal, qualquer cidadão pode ter acesso ao autoconsumo energético e poupar a partir do primeiro mês. Esta democratização do acesso a sistemas fotovoltaicos de energia solar vai permitir que qualquer pessoa possa obter poupanças a partir do primeiro mês. Não sendo preciso um investimento inicial, a Otovo tem a capacidade de oferecer poupanças reais a qualquer cidadão interessado. O modo como funciona é muito simples: em vez de adquirir o equipamento, podem subscrever o serviço, com uma garantia Otovo sobre o equipamento e instalação durante toda a duração do contrato de subscrição e com a autonomia e previsibilidade próprias de um sistema de autoconsumo adequado às necessidades de cada família.

Para os instaladores, trabalhar com a Otovo permite a estas empresas locais de instalação de painéis solares...

Para os instaladores, trabalhar com a Otovo permite a estas empresas locais de instalação de painéis solares, concentrarem-se naquilo que fazem melhor: a instalação.

Três meses depois do lançamento, já é possível fazer um balanço da adesão até ao momento?

O que notamos neste ainda curto período de atividade é que existe uma grande vontade das famílias em instalar sistemas de painéis solares e em aderir ao autoconsumo. Sentimos também uma grande procura pelo nosso modelo de subscrição, que permite que as famílias possam instalar o sistema que melhor se adequa às suas necessidades, sem qualquer investimento inicial e com suporte e garantia total durante todo o tempo da subscrição.

Como analisa a forma como os cidadãos olham para o caminho do autoconsumo? Acha que será um caminho fácil (têm condições?), apesar da urgência e necessidade cada vez mais atual no que respeita à poupança de energia?

Sentimos que existe uma grande vontade das famílias para aderirem ao autoconsumo. Cada vez se torna mais claro para as famílias que o autoconsumo é uma ferramenta muito importante para combater os sucessivos aumentos no preço da energia e para ajudar na transição energética. No entanto, e apesar de existirem cada vez mais soluções para ajudar as famílias nesta transição, ainda há um caminho longo a percorrer, nomeadamente, no que diz respeito à informação e incentivos disponíveis, particularmente para as famílias que não têm tanta capacidade para investir inicialmente que são também aquelas que mais são afetadas pelas crises energéticas.

Cada vez se torna mais claro para as famílias que o autoconsumo é uma ferramenta muito importante para combater os sucessivos aumentos no preço da energia e para ajudar na transição energética

Quais são os grandes desafios que a Otovo terá em Portugal, tendo em conta as caraterísticas do mercado?

Portugal é um dos países da Europa com maior potencial para a produção de energia solar, no entanto, menos de 3% do consumo de energia das famílias é produzido por sistemas de produção de energia solar residencial. Isto mostra que um dos principais desafios para a adoção deste tipo de soluções passa pela criação de informação que permita às famílias medirem o impacto do autoconsumo. Muitas vezes as informações nos contratos de energia são pouco claras, com muitos asteriscos ou letras pequenas e isso contribui para uma falta de clareza que tem como principal prejudicado o consumidor.

E constrangimentos? Falamos de um país onde a pobreza energética é um ponto ainda considerável a resolver e onde o parque habitacional é maioritariamente prédios e não moradias.

Um dos primeiros constrangimentos prende-se com a capacidade que as famílias têm para investir, por exemplo num sistema PV. Isto mostra a importância do modelo de subscrição Otovo que permite que qualquer família possa instalar o sistema que melhor se adapta ao seu consumo, sem qualquer investimento inicial e com uma poupança imediata. Outro dos constrangimentos atuais tem a ver com as disrupções na cadeia de valor de equipamento que podem comprometer os tempos de instalação e o preço dos componentes.

Por fim, como antecipam 2023, tendo em conta as previsões macroeconómicas e a necessidade de apostar na descarbonização e eficiência energética?

Esperamos que em 2023 se continue a verificar um crescimento na vontade das famílias em aderirem ao autoconsumo e, por sua vez, um aumento na procura por sistemas PV. Como referi, o autoconsumo é um instrumento muito importante a que as famílias vão poder recorrer para combater as flutuações dos preços da energia e acelerar o caminho da descarbonização.

“Esperamos que em 2023 se continue a verificar um crescimento na vontade das famílias em aderirem ao autoconsumo e, por sua vez...
“Esperamos que em 2023 se continue a verificar um crescimento na vontade das famílias em aderirem ao autoconsumo e, por sua vez, um aumento na procura por sistemas PV”, diz Manuel Pina.

A Otovo

A Otovo foi fundada em 2016 por Andreas Thorsheim em Oslo, onde a empresa está sediada.

A Otovo assume-se como um marketplace digital que organiza centenas de instaladores de energia locais, de alta qualidade e qualificados, eliminando o caos de fornecimento que existe na Internet.

A empresa utiliza a sua própria tecnologia para analisar o potencial de qualquer casa e encontrar o melhor preço e instalador para os clientes, com base num processo de licitação automática entre os instaladores disponíveis.

Atualmente, a Otovo opera em dez mercados europeus - Noruega, Suécia, França, Espanha, Polónia, Áustria, Reino Unido, Portugal, Itália e Alemanha.

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