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Redução de consumos em estruturas municipais

A redução de consumos de energia é fundamental para que Portugal e a UE possam cumprir com as metas da neutralidade carbónica para o ano de 2050.
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Os municípios, ao longo dos últimos anos, têm vindo a reduzir os seus consumos de energia elétrica, contribuindo assim para o cumprimento das metas da neutralidade carbónica.
A climatização das estruturas municipais e o aquecimento de águas quentes sanitárias ocupam uma grande fatia dos consumos totais de um edifício, pelo que a escolha do equipamento é fundamental. Uma das formas mais eficientes e ambientalmente sustentável para climatizar um espaço e aquecer as águas sanitárias é através da utilização de bombas de calor. Como se sabe as bombas de calor, para operarem, utilizam duas formas de energia: a energia elétrica e a energia do meio envolvente. A energia proveniente do meio envolvente é considerada uma forma de energia renovável e amiga do ambiente, sendo responsável de pelo menos 70% da energia utilizada pela bomba de calor, sendo o restante consumido da rede elétrica.
As bombas de calor, para comparação com outros aparelhos de aquecimento é utilizado um coeficiente de desempenho (COP) que faz a relação entre a potência elétrica consumida e a potência utilizada (elétrica+ exterior). Por ex. COP de 4,3: com 1kWh de energia elétrica é entregue ao depósito mais de 4kWh de energia.
Dadas as grandes vantagens deste tipo de equipamentos, a ENERAREA – Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior e a AMCB – Associação de Municípios da Cova da Beira elaboraram duas candidaturas ao Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia, tendo sido ambas aprovadas.

A medida ‘Bomba de Calor AQS com monitorização da produção e consumos para Edifícios Municipais e Instituições de Cariz Social’, promovida pela ENERAREA, no seguimento da medida ‘Solar Térmico em Edifícios Municipais’, implementada anteriormente e que produz uma poupança anual de energia elétrica de 18 380€/ano, tem como objetivo a substituição de 185 equipamentos ineficientes por bombas de calor, do tipo ar/água, para AQS em estruturas municipais e IPSS, abrangendo os seus Municípios Associados, contribuindo assim para uma redução anual de 2 329 890 kWh de gás, equivalente a cerca de 255 062,27€/ano.

Já a medida ‘BCEM 2.0 – Bombas de Calor em Edifícios Municipais e IPSS’, promovida pela AMCB, tem como objetivo continuar o sucesso da medida ‘BCEM – Bombas de Calor em Edifícios Municipais’ que neste momento se encontra a produzir uma poupança de perto de 1 549 225kWh/ano. Nesta candidatura é proposta a substituição de equipamentos obsoletos de climatização, por ares condicionados do tipo bombas de calor nos edifícios e infraestrutura dos municípios e IPSS, contribuindo para uma melhoria das condições de conforto dos utentes nos locais de intervenção. A intervenção prevê a substituição de 1650 equipamentos de climatização obsoletos por 550 bombas de calor do tipo Ar/Ar de Classe Energética A+ ou superior, com apoio de um sistema de Telegestão. Os benefícios esperados da implementação desta medida é a redução de 5 332 564kWh/ano de energia elétrica, traduzindo-se numa poupança anual de cerca de 550 320,60€/ano.
Ainda na região, nas termas da Fonte Santa, no Município de Almeida, foi implementada de forma bem-sucedida uma bomba de calor do tipo água/água, que utiliza a energia geotérmica água, captada a cerca de 931m de profundidade, para aquecimento de águas das Termas e arrefecimento da água consumida, reduzindo o consumo em 82,37% face ao equipamento anterior.

Embora haja desenvolvimento contínuo nas várias tecnologias, atualmente, grande parte dos equipamentos existentes já apresentam elevada eficiência, pelo que para obter uma redução ainda mais expressiva dos consumos de energia é necessário atuar diretamente no funcionamento do equipamento ao longo do tempo. Isto é, por exemplo, controlar os parâmetros de funcionamento e o período de funcionamento de um determinado equipamento de forma que seja possível ter um consumo mínimo sem abdicar das vantagens da utilização do mesmo. Esta necessidade ganha mais expressão ainda quando os edifícios são de maiores dimensões e, consequentemente, os consumos serão maiores. No entanto, nos edifícios de maiores dimensões, é praticamente impossível fazer a gestão dos parâmetros e o funcionamento de todos os aparelhos em tempo real manualmente pelo que a utilização de uma GTC – Gestão Técnica Centralizada é fundamental.

No entanto, nos edifícios de maiores dimensões, é praticamente impossível fazer a gestão dos parâmetros e o funcionamento de todos os aparelhos em tempo real manualmente pelo que a utilização de uma GTC – Gestão Técnica Centralizada é fundamental

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As Piscinas Municipais são o exemplo perfeito de como a implementação de uma GTC poderá afetar de forma positiva os consumos energéticos de um edifício. Nestes edifícios, tem-se vários equipamentos de consumo de energia, como é o caso da caldeira, desumidificadores e sistemas de iluminação. A GTC permitirá definir e controlar os parâmetros dos vários dispositivos existentes, permitindo não só monitorizar os consumos em tempo real dos vários equipamentos, e otimizar o consumo dos mesmos, podendo reduzir em 25% o consumo do edifício e também detetar avarias e anomalias que, caso não sejam detetados a tempo, podem provocar danos substanciais aos equipamentos e no edifício.

Na área de abrangência da ENERAREA, nos últimos anos, foram projetados sistemas de GTC para edifícios com maiores consumos dos Municípios de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Guarda, Manteigas, Mêda, Penamacor, Pinhel, Sabugal, Seia e Trancoso.

Como se sabe, os municípios apresentam um consumo de energia elétrica bastante elevado, ocupando uma grande fatia do orçamento global.

Para reduzir os custos associados com a aquisição de energia elétrica, a ENERAREA promove regularmente a realização concursos de aquisição energia elétrica conjuntas, aproveitando o consumo elevado dos Municípios para obtenção de preços de energia mais reduzidos. No último ano, foram realizados dois concursos de fornecimento de energia, obtendo uma poupança global anual de 552 447,31€, equivalente a uma redução de 13%.

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