Segundo Pedro Subtil, Líder de Energia e Recursos da EY, “o mercado ibérico está a recuperar bem depois do choque recebido em setembro de 2021 – através de uma proposta de decreto-lei em Espanha que indicava que os benefícios extraordinários das empresas de energia passavam a ser redirecionados para os consumidores — ter sido alterado em novembro”. Para o executivo o mercado português de Contratos de Aquisição de Energia (CAE) é muito menor face ao espanhol, mas está em crescimento, com os primeiros negócios já a serem fechados recentemente.
A análise daquela que é a 59ª edição do RECAI indica que a segurança energética subiu para o topo da lista de prioridades dos governos, na sequência da instabilidade geopolítica e da espiral dos preços do gás. A prova é que vários países estão a “alargar o âmbito dos seus programas de energias renováveis para ajudar a reduzir a dependência da energia importada”.
O Index destaca o potencial das tecnologias renováveis emergentes assim como dos combustíveis verdes para “eduzir substancialmente a quota de gás na produção de energia, criando assim um clima de investimento favorável a estas fontes de abastecimento”.
O relatório também explora a oportunidade apresentada pelas tecnologias flutuantes. A energia eólica offshore continua a ter um grande potencial de investimento, com o custo da eletricidade gerada a cair para 70 dólares americanos/MWh, ou menos, até 2030. Além dos 11 projetos de energia eólica offshore flutuantes já em funcionamento, mais de cem – com uma capacidade combinada superior a 26,300MW – estão em construção, obtiveram aprovação financeira próxima ou regulamentar, ou estão em fase de planeamento inicial.
O mesmo – atrair atenção – está a acontecer com a energia solar flutuante. O relatório aponta que embora até agora, a maior parte dos projetos “fotovoltaicos” sejam colocados em corpos de água doce construídos pelo homem, onde o ambiente é relativamente controlado, há planos de avançar mais para offshore para explorar os recursos infinitamente maiores do mar aberto.
“À medida que os governos procuram afastar-se do gás natural, é dado um impulso adicional às tecnologias das energias renováveis que podem ajudar a diversificar a combinação de energias renováveis. Isto define o tom para um efeito dominó significativo no cenário de investimento, com uma redefinição de prioridades da energia renovável a criar um clima atrativo para o investimento, com quantidades crescentes de capital a investir. O RECAI explora o potencial de crescimento e investimento de alternativas convencionais e inovadoras, incluindo tecnologias flutuantes, hidrogénio e gás verde”, afirma Ben Warren, Líder da Área de Finanças Corporativas de Energia e Serviços da EY Global e editor-chefe do RECAI.
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