Com a evolução da primeira vaga da pandemia de saúde pública por Covid-19, a comunidade científica passou a considerar, com grande consenso, a possibilidade da transmissão do SARS-CoV-2 ocorrer por via aérea, e a considerar a carga viral e o tempo de exposição, como os principais fatores de risco, passando então, relativamente, a valorizar menos a transmissão por contacto.
Temos procurado consensualizar que a probabilidade de infeção de um indivíduo suscetível, num espaço fechado, aumenta com o seu tempo de permanência nesse espaço, com a taxa de ventilação pulmonar, e com os quanta gerados por um indivíduo infetado também nesse espaço; e diminui quando aumenta a taxa de renovação de ar viciado. A ventilação dos espaços fechados é a mais importante medida na mitigação dos contágios, devendo o estudo das necessidades de ventilação, pela sua complexidade, ser efetuado por técnicos ou entidades com competência e formação adequadas. A ventilação apropriada é um instrumento disponível e conhecido há décadas, não só para responder à situação de pandemia de saúde pública por Covid-19, como para qualquer outro agente patogénico, independentemente da sua estirpe, ou para outros agentes poluidores dos espaços fechados, sejam eles físicos, químicos ou microbiológicos.
Neste contexto, o Selo Ar Saudável, da APIRAC, apresenta-se como um garante de qualidade quanto à salubridade e segurança dos espaços interiores para os seus utilizadores em função da condição de avaliação técnica independente com critérios objetivos para a demonstração dos requisitos legais e regulamentares.
Assim, perante a confirmada importância da transmissão por via aérea, e perante constatação da evidente insuficiência das medidas de limpeza e higienização das superfícies para controlar este tipo de transmissão aérea, a APIRAC, no âmbito das suas competências, na contribuição para a prossecução de um controlo técnico eficaz desta contaminação microbiológica, mobilizou as suas estruturas e organizações técnicas, as quais configuraram um conjunto de procedimentos em conformidade com a legislação em vigor, que culminam no conceito de Selo de Ar Saudável, que mais não é do que a qualificação a atribuir aos edifícios, nos quais os sistemas de ventilação e filtragem cumprem todos os requisitos na eficácia da diluição ou remoção do ar contaminado em espaços fechados, como forma insubstituível de completar o combate à disseminação do SARS-CoV-2.
A atribuição do Selo de Ar Saudável, a emitir pela APIRAC, não é um compromisso em si mesmo, mas sim a consequência objetiva de uma inspeção com sucesso aos sistemas de ventilação e filtragem de um dado edifício, realizada pelo Centro Tecnológico para a Indústria Térmica, Energia e Ambiente (CENTERM), por técnicos devidamente credenciados. É, pois, uma validação pela APIRAC da qualificação com sucesso, certificada pelo CENTERM, isto é, uma garantia certificada.
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