O MadoquaPower2X irá usar energia renovável e unidades AWE (eletrólise de água alcalina) com uma potência de 500 MW para produzir todos os anos 50 mil toneladas de hidrogénio verde e 500 mil toneladas de amónia verde, e inclui a possibilidade de aquisição de hidrogénio produzido por terceiros.
O projeto irá reduzir emissões de CO2 até 600.000 toneladas por ano, das quais 400.000 toneladas através da produção de hidrogénio verde.
O hidrogénio produzido no âmbito deste projeto poderá ser usado pela indústria local, transportado pelo gasoduto de hidrogénio de Sines atualmente a ser desenvolvido pela REN, integrado na rede de gás natural já existente ou processado para a criação de amónia verde para exportação a partir do terminal do porto de Sines.
Para Filipe Costa, CEO da AICEP Global Parques, entidade gestora da ZILS, “este muito relevante investimento na capacidade de produção de hidrogénio e amónia verde na ZILS irá acelerar a transformação industrial portuguesa e aumentar as exportações. A transição energética, a descarbonização e a economia circular são fundamentais para o crescimento futuro e a competitividade global da economia portuguesa”.
Já Philip Christiani, Partner na CIP, disse: “estamos entusiasmados por anunciar o nosso envolvimento no MadoquaPower2X, um projeto europeu de hidrogénio verde pioneiro. Sines oferece uma excelente localização para este projeto – proximidade à indústria pesada local, um terminal de exportação e a vontade política demonstrada por Portugal de ser um líder europeu em hidrogénio verde. Estamos ansiosos por trabalhar com os nossos parceiros de consórcio para dar vida ao MadoquaPower2X”.
O projeto está neste momento em fase de desenvolvimento e espera-se que esteja totalmente licenciado e pronto para a decisão final de investimento até ao final de 2023, com a construção a ser iniciada logo a seguir e a primeira produção em meados desta década.
O MadoquaPower2X irá realizar contribuições significativas para a EN-H2 até 2030, nomeadamente ao contribuir com 25% da capacidade total de eletrólise prevista. O projeto integrado de hidrogénio e amónia, incluindo as suas fases futuras, criará cerca de um milhar de postos de trabalho diretos e indiretos (o que corresponde a 10%-12% do objetivo de criação de emprego) e, com um investimento de mil milhões de euros, irá contribuir com 10% a 15% dos objetivos totais de investimento em hidrogénio de Portugal.
Além disso, se a produção de hidrogénio for preferida à produção de amónia, o projeto MadoquaPower2X poderá atender 100% das metas de injeção de hidrogénio na rede nacional de gás em 2030. Este projeto tem capacidade para consumir todo o hidrogénio produzido localmente para a produção de amoníaco e orgulha-se de apoiar a iniciativa do anel de hidrogénio em Sines como um dos maiores clientes.
Os membros do consórcio estão a explorar oportunidades com diversas partes interessadas no sentido de expandir ainda mais o projeto de forma a ser capaz de produzir um total de mil milhões de toneladas de amónia verde por ano, desta forma reduzindo emissões de CO2 em 1,2 mil milhões de toneladas por ano. O desenvolvimento das fases subsequentes do projeto começará em 2024 com o funcionamento em pleno previsto para 2030.
Membros do consórcio
Madoqua Renewables é uma empresa portuguesa de transformação e desenvolvimento industrial focada na transição energética e criação de ativos de processos industriais de nova geração com um foco específico em projetos de carbono zero. A Madoqua Renewables está a desenvolver projetos avaliados em 2 mil milhões de euros ao longo da cadeia de valor do hidrogénio.
A Power2X é uma empresa de desenvolvimento de projetos e consultoria de gestão para transição energética na Europa, África e Médio Oriente. A empresa tem sede em Amesterdão e trabalha com vários parceiros comerciais em novos projetos de transição energética. O foco está em projetos de grande dimensão em hidrogénio verde e azul, bem como em ativos de conversão, armazenamento e utilização final relacionados, todos com foco na descarbonização da indústria.
A Copenhagen Infrastructure Partners é o maior gestor de fundos do mundo no contexto dos investimentos em infraestruturas de energias renováveis. A CIP gere oito fundos, com 16 mil milhões de euros sob gestão de 100 investidores institucionais da Europa, Ásia, Austrália e América do Norte e organizações multilaterais. O MadoquaPower2X fará parte do Fundo de Transição de Energia da CIP, que se concentra em “power-to-x” e outras tecnologias renováveis de próxima geração, a fim de facilitar a descarbonização de setores difíceis de abandonar, tais como a agricultura e os transportes.
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