Responder à crise energética é uma prioridade

Durante o debate, na semana passada, sobre o programa do Governo na Assembleia da República, Duarte Cordeiro enumerou as medidas para responder a esta crise:

• negociar mecanismos que nos permitam desligar o preço da eletricidade do preço do gás natural;
• acelerar, sem diminuir os controlos ambientais, os projetos de fontes renováveis, nomeadamente a partir da energia solar e eólica, permitindo poupar a hídrica e conquistando maior autonomia face aos combustíveis fosseis;
• criar almofadas para diminuir o preço junto dos consumidores, domésticos e industriais;
• e, finalmente, reforçar a diversificação de fornecedores de produtos energéticos, aumentar as interligações, evitando a armadilha de dependência da Rússia e apostando na nossa soberania e progressiva autonomia.

O ministro disse ainda que a aposta do Governo em energias renováveis "é sustentabilidade" e que ao acelerarmos estes projetos, estamos a defender o País, a economia e a indústria.

Relativamente à descarbonização, Duarte Cordeiro afirmou que o País tem cumprido as metas internacionais: "as nossas emissões de gases com efeito de estufa reduziram-se em 32%, em relação a 2005, e alcançámos 34% de incorporação de energia de fonte renovável no consumo final bruto de energia".

"Agora, queremos aumentar essa fatia de renováveis para 47%, até 2030. É um desempenho que corresponde à ambição que sempre mostrámos", frisou.

O ministro relembrou também que Portugal foi "o primeiro país do mundo a comprometer-se com o objetivo de ser neutro em carbono, em 2050", acrescentando que o País tem "um roteiro ambicioso para a neutralidade carbónica que nos traça um rumo coletivo".

A eletrificação da mobilidade, o reforço da produção energética, a proteção dos cursos de água, o apoio aos municípios no reforço da sua capacidade de recolha e valorização de resíduos e a aposta na biodiversidade e na floresta foram alguns das objetivos enumerados por Duarte Cordeiro para a atual legislatura.