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Eletricidade renovável: perspetivas para 2022

Ana Clara17/01/2022

Pedro Amaral Jorge, Presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), faz um balanço de 2021 e antecipa os desafios para este ano no que respeita ao mercado renovável em Portugal.

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Para o líder da APREN, o ano de 2021 “pode ser considerado como positivo para Portugal” no que toca ao setor da eletricidade renovável.

“É animador, embora ainda insuficiente, o aumento da instalação de centros electroprodutores em Portugal, que, em 2021, atingiu os 5,5 GW de eólica, 1,1 GW de solar, e 7,1 GW de hídrica, embora estes números possam ainda ser retificados. É também positivo o aumento de incorporação de energia renovável na produção de eletricidade comparativamente ao ano anterior. Em 2020, 57% da eletricidade consumida teve origem renovável, ao passo que, em 2021, 65% da eletricidade consumida teve esta mesma origem, um avanço claramente positivo”, afirma.

Pedro Amaral Jorge destaca igualmente o novo decreto-lei do Sistema Elétrico Nacional, promulgado em Conselho de Ministros, e que “nos trará uma nova abordagem à transição energética e ao aumento de incorporação de eletricidade renovável no consumo, para a mobilidade, para os edifícios e para outras utilizações”.

Porém, o Presidente da APREN avisa que “é fundamental aumentar o investimento por parte do Governo nas instituições públicas afetas ao processo de licenciamento de centros electroprodutores, nomeadamente na APA, da DGEG, da CCDR, do ICNF, entre outros. Esta questão, que já foi sublinhada pela APREN várias vezes, é fundamental para que possamos acelerar a transição energética, rumo também à independência energética, protegendo Portugal contra flutuações e aumentos dos preços de energia”.

Neste ponto, “é efetivamente preocupante o aumento dos preços de eletricidade no mercado grossista, que tem acontecido um pouco por toda a Europa, sendo, aliás, uma preocupação europeia e não exclusivamente nacional. No entanto, há um aspeto fundamental a ter em conta: o impacto positivo das renováveis na redução das tarifas de eletricidade para 2022”, vinca Pedro Amaral Jorge.

"É efetivamente preocupante o aumento dos preços de eletricidade no mercado grossista, que tem acontecido um pouco por toda a Europa, sendo, aliás, uma preocupação europeia e não exclusivamente nacional"

Pedro Amaral Jorge diz ser “fundamental aumentar o investimento por parte do Governo nas instituições públicas afetas ao processo de licenciamento de...
Pedro Amaral Jorge diz ser “fundamental aumentar o investimento por parte do Governo nas instituições públicas afetas ao processo de licenciamento de centros electroprodutores”.

“Alívio tarifário para os consumidores superior a 500 milhões de euros em 2022”

O responsável frisa ainda que “o facto de termos incorporação de eletricidade renovável de fonte eólica e solar no mercado pode gerar, no decurso de 2022, um alívio tarifário para os consumidores superior a 500 milhões de euros, resultante dos preços de energia permitidos pelos produtores de eletricidade renovável com preço fixo”.

“A existência destes preços fixos para a produção de eletricidade renovável representará, em 2022, um benefício para os consumidores de eletricidade e não um sobrecusto, sendo que os maiores beneficiários serão a indústria instalada em Portugal Continental”, garante.

Por fim, Pedro Amaral Jorge sublinha também a importância da reconfirmação do impacto positivo da implementação do Plano Nacional de Energia e Clima e da Estratégia Nacional do Hidrogénio nas variáveis fundamentais para o desenvolvimento do País. “Um estudo realizado pela consultora Deloitte para a APREN confirmou que, entre 2020 e 2030, se efetivamente conseguirmos implementar as metas do PNEC e da ENH2, teremos contribuições para o PIB em 2030 de 12 mil milhões de euros, (comparando com os 3,9 mil milhões de euros em 2020), cerca de 220 mil empregos (50 mil em 2020) e também uma contribuição para a Segurança Social acima de 1.600 milhões de euros, com contribuições contínuas de 400 milhões de euros para o IRC. Assegura-se, assim, a sustentabilidade fiscal que permitirá conduzir também à redução, não só da dívida pública, mas também do défice público, permitindo aumentar a competitividade da economia portuguesa e melhorar a vida dos cidadãos”, conclui.

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