Este evento contou com o apoio da Ordem dos Engenheiros e da Medtronic e encontra-se disponível em: https://www.youtube.com/channel/UCZxuLDCO96z-RQHWY851PUQ.
No decorrer da conferência foi possível reconhecer a importância de acompanhar e gerir este tema, tendo sido analisada a situação portuguesa e internacional.
As boas caraterísticas destas fibras aliadas às prioridades da época, entre as quais, a proteção antifogo, rapidez de execução e baixos custos de construção, levaram a que tenham sido distribuídas por espaços tão diversos e com grande utilização.
Mas o uso do amianto não se ficou apenas pela incorporação no fibrocimento, outras aplicações foram dadas, e em muitas é possível encontrá-las no seu estado 'friável'. Estima-se que a sua incorporação tenha sido utilizada em mais de 4.000 edifícios públicos, e que atualmente seja considerado um problema com uma dimensão real muito maior que as estatísticas disponíveis sobre este tema.
Desde depósitos a condutas para o armazenamento e abastecimento de água, coberturas, divisórias ou revestimentos de fachadas, ou mesmo autoclismos e floreiras, o amianto foi usado um pouco por todo o território português, em edifícios públicos ou privados, utilizados para trabalho, lazer ou habitação
A atividade destas fábricas foi sendo limitada com as restrições impostas à utilização de amianto desde a década de 90, tendo vindo a ser proibida a utilização de qualquer tipo de fibra em 2005, devido aos comprovados efeitos cancerígenos.
No entanto, a proibição não foi suficiente para travar os efeitos desta fibra carcinogénica, e para a combater é preciso conhecê-la e saber onde foi aplicada, identificar os materiais, os equipamentos e as infraestruturas que incorporaram estas fibras, analisar e monitorizar as situações e avaliar o risco, planear as suas intervenções, remover o amianto e encaminhá-lo para locais adequados.
No entanto, esta abordagem não deverá ser feita com políticas alarmistas, mas pelo contrário, com rigor e seriedade. Para tal, é preciso apostar nos elevados níveis de competência, conhecimento e formação.
Os malefícios são evidentes e está comprovada a relação entre a exposição a fibras de amianto e o efeito na saúde, uma vez que é responsável por provocar doenças graves, desde a asbestose, mesotelioma, cancro do pulmão, cancro do ovário, cancro da laringe ou cancro gastrointestinal, com uma diminuição acentuada da qualidade de vida das pessoas. Espera-se que, nas próximas décadas, ainda venham a surgir doenças provocadas pela exposição ao amianto, e que se venha a comprovar outras vias de contaminação, para além da inalação.
Só há uma forma segura de gerir o amianto em Portugal: a erradicação.
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