APREN aplaude pacote de 1.800 mil milhões para construir Europa mais ecológica, digital e resiliente
Pacote agora acordado permitirá reconstruir a Europa no pós-Covid-19, transformando “o desafio da pandemia numa oportunidade de recuperação conduzida pela transição ecológica e digital”.
Em comunicado, a APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis salienta a importância do acordo alcançado na semana passada que permitirá à União Europeia (UE) ter acesso a um pacote de 1.800 mil milhões de euros para ajudar na construção de uma Europa mais ecológica, digital e resiliente.
“Este será o maior pacote alguma vez financiado pelo orçamento da UE, que permitirá a construção de uma União cada vez mais verde. As renováveis têm um papel determinante na viragem para uma economia mais sustentável e com impacto neutro no clima, o que exigirá investimentos substanciais em toda a Europa”, sublinha o presidente da APREN, Pedro Amaral Jorge.
O acordo firmado entre o Parlamento Europeu e os Estados-membros da UE, no Conselho, permitiu reforçar os programas específicos no âmbito do orçamento de longo prazo da Europa para 2021-2027, juntamente com o instrumento de recuperação temporário Next Generation EU.
Segundo a associação, este pacote contribuirá, de forma decisiva, para a reconstrução da economia europeia no pós-Covid-19, transformando “o desafio da recessão provocada pela pandemia numa oportunidade de recuperação e crescimento conduzidos pela transição ecológica e digital”, como enfatizou a Comissão Europeia.
“É de extrema importância salientar que 30% dos fundos da UE serão aplicados na luta contra as alterações climáticas. Trata-se da maior percentagem de sempre alocada a esta área da economia e da sociedade, naquele que é maior orçamento europeu de sempre. É também dedicada especial atenção à proteção da biodiversidade e à igualdade entre homens e mulheres”, vinca a APREN.
Recorde-se que a Comissão comprometeu-se a apresentar, até junho de 2021, propostas relativas a um mecanismo de ajustamento das emissões de carbono nas fronteiras e a um imposto digital, com vista à sua introdução o mais tardar em 1 de janeiro de 2023.
Bruxelas procederá também a uma revisão do sistema de comércio de licenças de emissão da UE, incluindo o seu eventual alargamento aos setores da aviação e do transporte marítimo, na primavera de 2021, e, até junho de 2021, proporá um recurso próprio baseado nesse sistema.