A APIRAC defende que as tecnologias das Bombas de Calor podem dar resposta à procura de energia nas aplicações residenciais e comerciais, bem como em processos industriais, sem perda de conforto ou qualidade. Consideramos na Associação que oferecem uma oportunidade real para cobrir a lacuna existente entre o nível de ambição atual e os objetivos climáticos e de energia da União Europeia e do Mundo.
O conceito de ‘Sistema Bomba de Calor’ não é recente, tendo sido aproveitado o seu princípio, inicialmente para apoio aos sistemas de aquecimento por caldeira e modernamente como sistema de climatização. O Sistema Bomba de Calor teve um grande desenvolvimento a partir da crise petrolífera de 1973-74, substituindo com vantagem económica o emprego de combustíveis fósseis, recorrendo ao consumo de energia elétrica e tirando partido do seu elevado desempenho energético.
Para a APIRAC, as Bombas de Calor constituem, assim, um forte argumento para que Portugal continue a apostar numa estratégia baseada em fontes de energia renovável rumo a uma economia neutra em carbono
A sua elevada eficiência, leia-se o seu desempenho energético é avaliado pelo COP - 'Coeficient of Performance', quando em funcionamento para aquecimento, e a eficiência energética por EER, quando em funcionamento para arrefecimento. Uma pequena quantidade de energia elétrica fornecida ao sistema permite mover uma grande quantidade de energia térmica. Hoje, é comum encontrar Sistemas Bombas de Calor que em aquecimento possuem um COP de 4 e em arrefecimento um EER de 3. Isto é, por cada unidade de energia elétrica consumida, obtemos 4 unidades correspondentes de calor em aquecimento e 3 unidades em ciclo de arrefecimento. Ou melhor, por cada kW.h de energia elétrica consumida, obtemos 4 kW.h de energia calorífica ou 3 kW.h de energia frigorífica.
Acresce que ao utilizar uma energia inesgotável como é o ar, este sistema não produz emissões diretas de CO2, sendo, portanto, um sistema que contribui para a diminuição de emissões de gases de efeito estufa.
Com o contributo da APIRAC foi possível a incorporação das Bombas de Calor no Anuário Energético Nacional, de responsabilidade da DGEG, que permitiu integrar os números das bombas de calor no conjunto representativo da energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto de energia em 2018 ficou em 29,2%, traduzindo-se num acréscimo de 10% face ao registado no ano de 2017. Para a APIRAC, as Bombas de Calor constituem, assim, um forte argumento para que Portugal continue a apostar numa estratégia baseada em fontes de energia renovável rumo a uma economia neutra em carbono, já que a meta prevista no Plano Nacional de Energia para 2020 de 31% ficou ao “virar da esquina”, e bastante confortável para objetivo da União Europeia de 32% de energia proveniente de fontes renováveis em 2030.
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