“Já temos um caminho percorrido que nos deve orgulhar naquilo que tem a ver com a produção de energias renováveis, mas temos de caminhar para uma cada vez maior eficiência energética do consumo, por exemplo, ao nível da mobilidade elétrica e dos próprios edifícios públicos”, afirmou Vasco Cordeiro.
O Presidente do Governo falava numa sessão de apresentação de investimentos do Grupo EDA para os próximos anos, a 24 de junho, e que decorreu no âmbito do segundo dia da visita estatutária do Executivo açoriano à ilha das Flores.
Segundo disse, o reforço da eficiência energética assume-se, assim, como fundamental para que a Região possa alcançar os resultados que pretende nesta matéria, permitindo, por esta via, “valorizar e potenciar o esforço” que tem sido feito ao nível dos investimentos na produção de energia renovável nas várias ilhas.
“Neste domínio, é necessário termos presente que estes investimentos, para além do valor que têm em si mesmo, visam um objetivo mais global. Este sentido estratégico tem a ver com a questão da autonomia energética, no sentido de tornar a Região cada vez menos dependente de fontes de produção de energia que exigem o fluxo de contínuo de matérias-primas vindas exterior”, salientou Vasco Cordeiro.
Depois de recordar que os Açores, pelas suas caraterísticas arquipelágicas, necessitam de nove sistemas produtores de energia, o Presidente do Governo realçou, por outro lado, que a EDA tem um importante contributo a dar no sentido de ser parte da concretização desta estratégia que é definida a nível regional.
“Este conjunto de investimentos da EDA permite salientar o valor do Grupo para a Região, em primeiro lugar, como empresa regional, mas também como empresa com uma participação pública maioritária”, referiu.
“Este valor, muitas das vezes reduzido apenas à componente de dividendos, não pode ser esquecido naquilo que representa para a Região Autónoma dos Açores”, concluiu o Presidente do Governo.
No sistema electroprodutor dos Açores, as fontes de energia renováveis garantiram, em 2019, cerca de 37% do total de eletricidade produzida no arquipélago, com a fonte geotérmica a assumir o papel predominante (24%), seguindo-se a eólica (9%) e a hídrica (4%).
O plano de investimentos do Grupo EDA para 2020-2024 prevê alocar 158 milhões de euros, com 105 milhões dirigidos às energias renováveis e 53 milhões a sistemas de armazenamento de energia.
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