Quando o tema é a climatização radiante, a tendência do nosso subconsciente será visualizar de imediato um sistema de pavimento radiante. De facto, este é, de longe, o sistema que mais representa o mercado da climatização radiante em Portugal e no mundo. Mas, e quanto aos sistemas de teto radiante? Haverá espaço para eles? O que têm para nos oferecer? Funcionam em aquecimento?
Esta última questão será talvez a mais importante de esclarecer, faz-nos recordar a nossa batalha incansável para simplificar e desmistificar o preconceito geral que tanto ouvimos do público em geral, “o ar quente sobe”. O fenómeno físico da convecção natural é inquestionável. Quando aquecemos um pavimento ocorre uma transferência de calor para as massas de ar envolventes, nas quais ocorre um aumento do seu volume e uma perda da sua densidade, dando lugar a massas de ar com maior densidade e menor temperatura, promovendo assim um aumento na taxa de transferência de calor entre as mesmas e a superfície. Este é também o fenómeno responsável pela grande eficácia dos sistemas de teto radiante em arrefecimento, onde a deslocação de massas de ar por diferença de densidade ocorre, mas com origem na superfície arrefecida.
Posto isto, como poderá um teto radiante ser eficaz em aquecimento? A resposta reside num outro fenómeno físico natural: irradiação/radiação térmica.
De uma forma generalizada, podemos afirmar que a Irradiação representa a maior percentagem de trocas de calor provenientes de um sistema de climatização radiante em funcionamento.
Podemos assimilar a forma como um teto radiante transfere calor para as superfícies no interior de um espaço, quando comparamos com a maior fonte de energia térmica do nosso planeta, o sol. O sol transfere calor para a superfície terrestre através de ondas eletromagnéticas, com comprimentos de onda diferentes.
Se pensarmos no teto radiante aquecido como a nossa superfície emissora, as superfícies envolventes (paredes, pavimento e outros elementos físicos presentes) serão os recetores de calor. A taxa de transferência térmica por irradiação depende de diversos fatores, tais como, a temperatura da superfície do teto, direção, características dos materiais, emissividade, cor dos materiais, etc.
A Giacomini dispõe de um sistema de teto radiante em gesso cartonado que, através da sua adaptabilidade, permite que este sistema de climatização seja instalado na estrutura de um teto falso, fazendo com que esta poupança ao nível do espaço ocupado, o torne numa excelente opção, quer seja para a construção de um novo edifício ou para uma reabilitação.
Tratando-se de um sistema hidráulico, a elevada capacidade térmica da água e a sua baixa temperatura requerida (35 °C), resultam numa poupança de energia efetiva e na inexistência de ruídos durante o seu funcionamento.
Por esta via, apresenta também custos de manutenção reduzidos e proporciona elevados níveis de conforto térmico. Pelo facto de incidir maioritariamente sobre as superfícies envolventes, em detrimento do ar, este sistema consegue garantir os mesmos níveis de conforto térmico, com uma temperatura do ar ambiente mais baixa, quando comparado com outros sistemas.
O teto radiante em gesso cartonado afeta diretamente e de forma positiva os principais parâmetros que definem o conforto térmico no ser humano:
Temperatura ambiente (°C);
Temperatura média radiante – cerca de 40% a 50% das trocas de calor do ser humano são efetuadas por irradiação entre o próprio e a envolvente;
Humidade Relativa - não provoca secagem excessiva do ar;
Velocidade do ar – não provoca correntes de ar indesejadas.
Referindo-nos a estes dois últimos, e ao momento de crise sanitária que todos atravessamos, nunca terá sido tão relevante a atenção à qualidade do ar interior como agora. A humidade relativa tem um importante papel, é sabido que o ar excessivamente seco promove a proliferação de vírus no organismo do ser humano. Baixos níveis de humidade relativa resultam na secagem das membranas mucosas, prejudicando de forma severa a sua função protetora contra agentes patogénicos. Além disso, muitos vírus sobrevivem mais tempo nestas condições e tornam-se mais infeciosos. O teto radiante possibilita a redução significativa da movimentação de ar (geralmente associada a outros sistemas de climatização), reduzindo assim a taxa de transporte de poeiras e partículas que possam conter qualquer tipo de vírus ou bactérias.
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