Lisboa debate o impacto do fim das cinzas volantes no fabrico do betão

O tema, que se reveste de importância atual, no contexto do encerramento das centrais termoelétricas de Sines e do Pego (concelho de Abrantes), irá ser discutido por diversos especialistas.

Segundo os organizadores, “as cinzas volantes são um resíduo industrial das centrais termoelétricas a carvão que – incorporado no betão – se tornou essencial para melhorar a durabilidade das estruturas de betão armado e para reduzir o calor de hidratação do betão, características fundamentais para obras como as barragens”

No entanto, “as cinzas volantes têm os dias contados: até 2030, a energia a partir do carvão deixará de ser produzida e este resíduo deixará de existir”, salientam.

Recordam ainda que “atualmente não há um produto substituto para as cinzas volantes, por isso, o betão vai ter de ser fabricado apenas com os cimentos disponíveis no mercado: CEM I ou CEM II/A. Esse facto terá impacto no processo de construção em Portugal, a começar no projeto das estruturas e a terminar com a sua execução, sem esquecer a fabricação do betão”

O objetivo desta sessão visa, assim, esclarecer os atores da construção sobre os impactos decorrentes do fim de cinzas volantes.

A sessão é organizada pela Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto (APEB) e pelo o Conselho Regional Sul do Colégio de Engenharia Civil da OE.

Inscrições aqui.

A Revista O Instalador irá publicar, na edição impressa de dezembro de 2019, um trabalho extenso sobre o impacto do encerramento daquelas duas centrais elétricas, anunciado recentemente pelo Governo. A temática das cinzas volantes e o impacto no setor do betão pronto é também abordada neste trabalho.

17h30 - Receção dos participantes.

17h50 - Abertura da sessão, por António Carias de Sousa - Vogal do Conselho Diretivo da Região Sul.

18h00 - O que muda com o fim das cinzas volantes, por João Duarte - Diretor Executivo da APEB.

18h40 - Questões de durabilidade, por Arlindo Gonçalves - Diretor de Departamento de Materiais do LNEC.

19h10 – Debate. 19h30 - Encerramento, por João Pragosa - Presidente da APEB.