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XXI Simpósio Luso-Alemão de Energia 2019

«O fotovoltaico em Portugal é muito rentável», garantem empresas alemãs

Reportagem e Fotos: Ana Clara16/10/2019

Portugal é um país atrativo para o investimento na área das renováveis. É desta forma que as empresas alemãs caracterizam as potencialidades do mercado português. As marcas germânicas que investem no nosso país apresentaram as suas soluções e serviços, a 15 de outubro, no XXI Simpósio Luso-Alemão de Energia, cujo tema central foi “Eficiência Energética, incluindo Energias Renováveis, na Indústria em Portugal”. Evento decorreu no Sana Lisboa Hotel.

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«A indústria transformadora em Portugal é responsável por quase um terço do consumo total energético português. Como os preços de energia se encontram normalmente acima da média europeia, as empresas industriais exportadoras têm de abdicar de uma elevada percentagem das suas margens comerciais para serem competitivas a nível internacional», realça a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã (CCILA), entidade que organizou este Simpósio.

Existem ainda importantes hipóteses de poupança, seja pelo aumento de medidas de eficiência energética ou mediante a utilização de energias renováveis. Sol, vento, água e biomassa, recursos naturais existentes em Portugal e ainda não inteiramente explorados, apresentam um elevado potencial económico e ecológico.

Para o efeito, o Estado português criou um quadro de política energética para a promoção de investimentos, sendo o Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) ou a legislação sobre o autoconsumo peças chave neste contexto. «Existe, portanto, a necessidade de as empresas portuguesas investirem em soluções energeticamente eficientes bem como em tecnologias com base nas energias renováveis para diminuir os custos resultantes e contribuir para a sustentabilidade. Por sua vez, a Alemanha é hoje um dos países europeus pioneiros em medidas e tecnologias de eficiência energética e de energias renováveis, com vasta experiência no tecido industrial», salienta a CCILA.

A sessão de abertura do evento esteve a cargo de Hans-Joachim Bohmer, Diretor Executivo da CCILA, que considerou de «extrema importância o evento» pelas oportunidades de negócio para as empresas alemãs em Portugal. «Desejo, sinceramente, que daqui possam resultar parcerias de negócio relevantes. Portugal é cada vez mais um mercado atrativo na indústria bem como na área das renováveis», disse.

As empresas que apostam em Portugal

Ao todo foram sete as empresas alemãs que apresentaram as suas tecnologias, bem como possíveis domínios de cooperação com empresas portuguesas. Damos destaque, nesta reportagem, a algumas. No primeiro painel, com o tema "O contributo das tecnologias solares para o setor da indústria", Thomas Weile, Diretor de Vendas Internacional da Centroplan GmbH, começou por dizer que Portugal é um país de oportunidades neste setor, «com muito sol e onde o mercado solar é sólido».

Na apresentação da empresa, explicou que serviços dispõem, nomeadamente ao nível de coberturas solares fiáveis. «Na Centroplan podemos ajudar-vos a explorar a cobertura, desde a proteção contra intempéries à produção de energia. Não importa se é o proprietário, investidor ou utilizador do edifício. Através da nossa rede de competências, temos sempre a solução para as vossas necessidades», realçou, acrescentando que a empresa que lidera presta aconselhamento desde o início do projeto, entregando coberturas "chave-na-mão". «Também reparamos e fazemos manutenção do sistema FV e podemos oferecer um vasto pacote de garantias sobre os serviços e materiais utilizados».

O responsável aludiu ainda à parceria que a Centroplan tem com a Sika em Portugal, nomeadamente em sistemas para todo o tipo de coberturas, existentes e novas, e soluções com membranas sintéticas e membranas líquidas de impermeabilização. «Sendo a Sika um parceiro solar experiente, é possível contarem também com aplicadores especializados em instalações solares, aplicadores especializados na impermeabilização de coberturas, fornecedores de sistemas solares especializados e aplicadores de sistemas solares especializados». Por fim referiu que «o fotovoltaico em Portugal é muito rentável», adiantando que a marca irá abrir escritório no nosso país no final do ano.

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Erich Merkle, General Manager da GridParity AG, referiu que a produção de energia a partir do fotovoltaico tem hoje «custos fantásticos». «A radiação solar é a mais alta da Europa em Portugal mas parece-nos que existem poucas instalações», alertou, lembrando que as instalações da marca também servem a mobilidade elétrica. Merkle realçou que a marca conta com «grandes instalações fotovoltaicas, sendo que procuramos parceiros, no caso, também em Portugal».

Descarbonização da indústria

Ana Isabel de Oliveira, da Direção dos Serviços de Sustentabilidade Energética da DGEG, e Paulo Calau, Diretor de Auditoria de Indústria da ADENE, foram os intervenientes num painel que visou refletir sobre as medidas de eficiência energética e monitorização na indústria no âmbito da descarbonização da indústria.

Ana Isabel de Oliveira lembrou que «as metas da União Europeia (UE) traduzem-se em objetivos concretos para Portugal».

«Adicionalmente foram adotadas medidas que vão além desses objetivos. Assim, para 2020 as metas da UE-28 são: redução de 20% no consumo de energia, 20% de incorporação de FER no consumo de energia final e a redução em 20% das emissões de gases de efeito de estufa».

A Alemanha é hoje um dos países europeus pioneiros em medidas e tecnologias de eficiência energética e renováveis, com vasta experiência no tecido industrial
Segundo a responsável, Portugal tem metas mais ambiciosas, nomeadamente: 31% FER no consumo final bruto de energia, 10% FER nos Transportes e 20% na redução do consumo de energia primária. «A eficiência energética é assumida como uma oportunidade para concretizar uma transição para uma economia neutra em cabono», disse, lembrando que ao mesmo tempo «gera crescimento, emprego, oportunidades de investimento, possibilita o desenvolvimento e modernização e é uma forma de energia mais limpa e barata».
Ana Isabel Oliveira afirmou ainda que «com o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica em 2050, e em linha com as metas da UE, são estabelecidos metas e objetivos para Portugal para o horizonte 2030: Emissões GEE (-45% A -55%), Eficiência Energética (35%), Renováveis (47%), FER - Transportes (20%) e Interligações elétricas (15%)». Dar prioridade à eficiência energética (meta no horizonte 2030) é outro intento, sublinhou.

Para tal é essencial:

  • Forte aposta na requalificação e renovação do edificado e promoção dos edifícios NZEB;
  • Promoção de eficência nos equipamentos, produtos e serviços;
  • Reforço da eficiência energética no setor industrial, promovendo a competitividade das empresas;
  • Continuação da promoção da eficiência energética na Administração Pública;
  • Enfoque no combate à pobreza energética;
  • Promover as comunidades energéticas.

Desenvolvimento económico

"Perspetivas da eficiência energética nas empresas industriais em Portugal - desafios e oportunidades" foi outro painel em debate no XXI Simpósio Luso-Alemão de Energia, Eficiência Energética e Energias Renováveis na Indústria".

«Só conseguimos vencer a batalha da descarbonização e da eficiência energética se houver desenvolvimento económico», começou por dizer Jaime Braga, assessor da direção da Confederação Empresarial de Portugal (CIP). E acrescentou que «a mentalidade reinante em Portugal é contrária ao que precisamos. É essencial o mínimo de desenvolvimento e estabilidade económica. Tudo, para podermos ter o mínimo de capacidade de escolha», afirmou. Disse ainda que «a eletrificação por decreto, a todo o custo, não é uma boa opção. Não transformemos a energia numa religião. É um assunto demasiado racional e humano para isso».

Zenaida Mourão, investigadora coordenadora do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), abordou a utilização da digitalização e do Big Data, ferramentas importantes de gestão na área da Indústria e também das renováveis.

De referir ainda que este simpósio bilateral promoveu a partilha de informações sobre as novidades em matéria de eficiência energética e energias renováveis para o setor da indústria em Portugal e na Alemanha.

Evento contou com o apoio do Ministério da Economia e Energia Federal Alemão e foi organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã.
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