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Ambientalista brasileiro Tarcísio Feitosa analisa as consequências dos fogos na Amazónia

Amazónia: o impacto em Portugal

11/09/2019

As florestas em Portugal vão «começar a pegar fogo» quando a Amazónia for destruída, alertou o ambientalista brasileiro Tarcísio Feitosa, para quem aquela «máquina de água para chuvas» é uma responsabilidade de todo o mundo.

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Amazónia tem 604 mil quilómetros quadrados de floresta sem proteção, 6,5 vezes o tamanho de Portugal, sendo para aí que se deslocam as queimadas, abrindo-a à especulação imobiliária, denunciou, em entrevista à Lusa, o ativista.

Premiado em 2006 com o prémio Goldman, considerado o "Nobel" do Ambiente, devido à «luta contra a extração ilegal de madeira e operações de extração de minérios», o ativista ambiental é um dos convidados do FIGaia - Fórum Internacional de Gaia que decorre a partir desta quarta-feira, e ao longo de 11 dias, na cidade de Vila Nova de Gaia, com o objetivo de encontrar soluções para a sustentabilidade.

Precisando que a Amazónia «não é o pulmão do mundo, mas uma máquina de água para as chuvas, distribuindo regularmente a chuva pelo Brasil e fora dele», o ativista defende que a maior floresta do planeta «é uma responsabilidade de todo o mundo».

E justificou: «no momento em que derrubarem a floresta amazónica, as florestas em Portugal vão começar a pegar fogo. Essa é a lógica».

À Lusa, Tarcísio Feitosa falou das consequências climáticas do "dia do fogo" que em 10 e 11 de agosto consumiu vastas áreas da floresta amazónica, apresentando novos números a poucos meses dos países voltarem a reunir-se na Cimeira do Clima, que vai decorrer no Chile.
«Na cimeira do Chile, no final do ano, os números vão apontar uma situação muito complicada na Amazónia, nas florestas que não estão protegidas (que não são terras indígenas, territórios quilombolas, assentamentos especiais ou unidades de conservação) e que somam cerca de 604 mil quilómetros quadrados de floresta sem proteção, ou seja, 6,5 vezes o tamanho de Portugal», relatou o ativista.

Escudado «em estudos e mapas de calor», o especialista brasileiro fez mais uma denúncia: «as queimadas propositadas estão a ir na direção dessas áreas [floresta desprotegida]. Estamos a assistir a uma especulação imobiliária dessas áreas, pessoas que incendeiam a floresta para depois a vender».

O epicentro do problema, disse, está, contudo, a milhares de quilómetros, em Brasília. «Em nenhum momento o governo do Brasil disse que iria proteger terras indígenas» pelo que o que está a acontecer «é uma estratégia planeada», criticou Tarcísio Feitosa.
Crítico da postura do governo de Jair Bolsonaro perante a ajuda disponibilizada em agosto pelo G7, na sequência dos incêndios na Amazónia, lembrou os apoios recolhidos pelo Fundo Amazónia para rebater a ideia do Palácio do Planalto de que com a oferta dos 20 milhões de euros os sete países mais ricos pretendiam a «internacionalização da Amazónia».

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