As florestas em Portugal vão «começar a pegar fogo» quando a Amazónia for destruída, alertou o ambientalista brasileiro Tarcísio Feitosa, para quem aquela «máquina de água para chuvas» é uma responsabilidade de todo o mundo.
Amazónia tem 604 mil quilómetros quadrados de floresta sem proteção, 6,5 vezes o tamanho de Portugal, sendo para aí que se deslocam as queimadas, abrindo-a à especulação imobiliária, denunciou, em entrevista à Lusa, o ativista.
Premiado em 2006 com o prémio Goldman, considerado o "Nobel" do Ambiente, devido à «luta contra a extração ilegal de madeira e operações de extração de minérios», o ativista ambiental é um dos convidados do FIGaia - Fórum Internacional de Gaia que decorre a partir desta quarta-feira, e ao longo de 11 dias, na cidade de Vila Nova de Gaia, com o objetivo de encontrar soluções para a sustentabilidade.
Precisando que a Amazónia «não é o pulmão do mundo, mas uma máquina de água para as chuvas, distribuindo regularmente a chuva pelo Brasil e fora dele», o ativista defende que a maior floresta do planeta «é uma responsabilidade de todo o mundo».
E justificou: «no momento em que derrubarem a floresta amazónica, as florestas em Portugal vão começar a pegar fogo. Essa é a lógica».
Escudado «em estudos e mapas de calor», o especialista brasileiro fez mais uma denúncia: «as queimadas propositadas estão a ir na direção dessas áreas [floresta desprotegida]. Estamos a assistir a uma especulação imobiliária dessas áreas, pessoas que incendeiam a floresta para depois a vender».
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