«Sempre afirmámos que esta era uma inevitabilidade. Recorde-se que, em 2018, o investimento imobiliário totalizou 30,3 mil milhões de euros. O volume de negócios internacional do setor ascende aos 10,8 mil milhões de euros, pelo que é possível ter uma noção clara da dimensão desta atividade no plano da internacionalização», realça.
No que respeita ao investimento público, este ficou aquém do previsto, com a própria Comissão Europeia a alertar para o facto de Portugal, em conjunto com Itália e Espanha, apresentar o nível de investimento público mais fraco da Europa.
«É, pois, com grande expectativa que as empresas encaram a concretização do Programa Nacional de Investimentos (PNI2030)», afirma Reis Campos, salientando que «este programa reflete um amplo consenso em torno de prioridades de investimentos infraestruturais nos setores da Mobilidade e Transportes, Ambiente e Energia, imprescindível para o desenvolvimento coletivo e para a coesão territorial e social do País. Concomitantemente, a sua calendarização, assume-se como um instrumento orientador para o tecido empresarial do setor, fundamental para a necessária programação da atividade das empresas, num momento em que enfrentam graves problemas como a falta de mão-de-obra qualificada e a concorrência desleal. Acresce que, atualmente, as empresas do Setor vivem, quase exclusivamente, do investimento privado, sem a possibilidade de perspetivar o futuro, com a agravante desta situação expor as empresas nacionais à concorrência externa».
«Mais, estão à vista de todos os desafios e progressos que a modernidade tem imposto ao Setor. Áreas como o ambiente, os resíduos, a energia e a qualidade são vetores-chave em que assenta a denominada “construção sustentável”».
«Hoje enfrentamos novas realidades», salienta o Presidente da AICCOPN. A "era da informação" ou "era digital" são termos frequentemente utilizados para designar os avanços tecnológicos resultantes da "Terceira Revolução Industrial", potenciando a Construção 4.0, e toda a rede de conhecimento, inovação e desenvolvimento que a mesma envolve.
Neste contexto de futuro, que o mercado impõe, «é por demais evidente a importância da cooperação empresarial através do reforço do Associativismo», afirma Reis Campos, pelo que, é o próprio setor da Construção que caminha para um novo patamar de associativismo empresarial.
«Vamos evoluir para um modelo de organização associativo, assente numa estrutura unitária e ajustada ao futuro e às necessidades do setor e das empresas, tendo por finalidade o estabelecimento de uma associação nacional única, representativa do setor da Construção a todos os níveis, em Portugal e no estrangeiro», conclui.
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