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Projeto Tejo: a solução para resolver o problema da falta de água

Revista O Instalador12/07/2019
Decorreu esta quinta-feira, 11 de julho, no auditório da sede nacional da Ordem dos Engenheiros (OE), em Lisboa, a conferência "Projeto Tejo: uma imposição das Alterações Climáticas?”. Os promotores da iniciativa explicaram a urgência deste plano e alertaram para a «morte lenta» do rio, muito causada pelo abandono deste e pelo impacto das alterações climáticas. A revista O Instalador marcou presença no evento e, na próxima edição impressa, conta-lhe os detalhes deste projeto.
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Texto e Foto: Ana Clara

O evento teve como objetivo apresentar e debater o projeto Tejo, que pretende ser a resposta à falta de água que se começa a sentir no rio Tejo e que já afeta fortemente a região do Oeste, situação que se tende a agravar em resultado das alterações climáticas.

As valências do projeto permitem contrariar a desertificação agrícola e rural que já se faz sentir na região, combater a interioridade, nomeadamente na zona do médio Tejo, desenvolver a economia regional, fixar populações e criar um número significativo de postos de trabalho.

Carlos Mineiro Aires, Bastonário da OE, António Carmona Rodrigues, Pedro Serra e Eduardo Oliveira e Sousa, Presidente da CAP foram, a par dos promotores do projeto, alguns dos intervenientes na conferência.

No projeto é proposta a construção de quatro açudes de baixa altura no baixo Tejo, espaços de 20 km, entre a Azambuja e a Golegã, seguidos de dois açudes de média altura entre Almourol e Abrantes, munidos de eclusas para barcos e escadas de peixes, criando uma "estrada” de água contínua de Lisboa a Abrantes.

Os caudais para rega resultarão do aproveitamento dos escoamentos do próprio rio Tejo e, quando estes se reduzem no verão, mediante águas armazenadas nas barragens já existentes nos afluentes do rio, ou a construir, como seja a barragem do Alvito.

Esta solução permitirá abastecer, com águas superficiais, 300.000 ha de regadio, no vale do Tejo, Oeste e Setúbal, abandonando, progressivamente, o uso das águas subterrâneas, que se constituirão como uma reserva estratégica nacional, para além de possibilitar a navegabilidade entre Lisboa e Abrantes, controlar a cunha salina na zona da Lezíria Grande, promover a atividade piscícola profissional e de lazer, os desportos náuticos e o turismo, ajudar no combate aos fogos, controlar as cheias e produzir hidroeletricidade.

Associado à rega de uma vasta área do território nacional, à sua drenagem, ao controlo das cheias e ainda ao controlo da cunha salina que sobe sobre o rio Tejo acima nos períodos mais secos, o projeto aponta para a «navegabilidade do rio Tejo, com as vantagens daí decorrentes, nomeadamente ao nível do turismo, do lazer, da pesca, da aquacultura e do transporte fluvial», entre outros, disse Jorge Froes, engenheiro agrónomo e um dos promotores do projeto e dirigente da + Tejo: Associação para a Promoção do Desenvolvimento Sustentável do Tejo.

Esta iniciativa pretende ser «uma referência a nível ambiental, por levar ao abandono progressivo das águas subterrâneas, permitir a recuperação das linhas de água e possibilitar a recuperação de zonas ambientais sensíveis, nomeadamente, pauis e salinas», sustentou o responsável.

E acrescentou que o projeto dever ser quase o dobro da área que o Alqueva irá regar e destacou a criação de «um espelho de água contínuo através da construção de seis açudes até quatro metros de altura entre Abrantes e Lisboa, com escada passa-peixes e mini-hídricas que vão tornar o Tejo navegável, e com estações elevatórias que vão permitir bombar a água para as encostas da Lezíria e também da zona Oeste».

O projeto pretende equipar com um sistema de rega «uma área que poderá ir até aos 300 mil hectares, dos quais 240 mil no Ribatejo, 40 mil na região Oeste e 20 mil em Setúbal, integrando e modernizando, caso os mesmos o pretendam, os regadios coletivos já existentes, nomeadamente no Sorraia, Lezíria Grande, Carril, Alvega, Cela, Alvorninha, Sobrena, Óbidos e Liz».

O investimento global rondará aproximadamente 4500 milhões de euros, dos quais 1900 milhões de euros são inerentes ao sistema primário (barragens, açudes, estações elevatórias e adutoras), 2090 milhões de euros aos sistemas secundários (estações elevatórias e redes de rega) e 420 milhões de euros para sistemas complementares (drenagem, viário, elétrico e outros).

Saiba mais sobre este projeto e conferência na edição n.º 280 | Setembro 2019 da nossa revista.

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