Iberdrola entra no negócio solar em Portugal com a construção de 149 megawatts

A empresa já lidera o setor comercial português de eletricidade em grandes consumidores, com quase 33% do mercado, e avança com a construção do complexo da barragem do Tâmega, que, com um investimento de mais de 1500 milhões de euros, é um dos maiores projetos hidroelétricos europeus dos últimos 25 anos.

Este complexo hidroelétrico é o maior investimento energético em curso em Portugal. A Iberdrola investirá um total de 1,5 mil milhões de euros, devendo as obras estar concluídas até 2023.

A Iberdrola adjudicou 149 megawatts (MW) de energia solar fotovoltaica em Portugal, o que representa a entrada da empresa no desenvolvimento deste tipo de tecnologia em Portugal.

Esta capacidade é distribuída em duas regiões (Algarve e Vale do Tejo), de acordo com o resultado final do recente leilão público promovido pelo Ministério do Ambiente e da Transição Energética, através da Direção-Geral de Energia e Geologia, e organizado pelo Operador do Mercado Ibérico de Energia (OMIP).

O presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, comentou o assunto, depois de conhecer o resultado do maior leilão realizado no setor energético português na última década: «estes novos projetos demonstram o compromisso da Iberdrola com as energias renováveis para continuar a contribuir para a transição para uma Europa descarbonizada».

Neste sentido, a Iberdrola ratifica o seu firme compromisso com a transição para uma economia de baixo carbono, ao mesmo tempo que consolida o seu papel chave no mercado elétrico português, «onde já lidera o setor comercial dos grandes consumidores, com quase 33% do mercado, e tem uma carteira de 300.000 clientes, incluindo eletricidade e gás natural».

O grupo está também a avançar no desenvolvimento do grande complexo hidroelétrico de Tâmega, que envolve a construção de três novas centrais (Gouvães, Daivões e Alto Tâmega), com uma potência total de 1.158 MW e um investimento de mais de 1500 milhões de euros.

O projeto, que se prevê que fique concluído em 2023, aumentará em 6% o total da energia elétrica instalada no país e fornecerá energia limpa a 440 mil habitações portuguesas, garante a empresa.

Com a promoção do complexo do Tâmega e a nova capacidade solar, a Iberdrola, que já conseguiu reduzir as suas emissões na Europa em 75% desde 2000, «está a contribuir para o compromisso de Portugal de alcançar a neutralidade de carbono até 2050», salienta a Iberdrola em comunicado.

A Iberdrola iniciou a sua atividade comercial em Portugal em 2002, tendo o seu primeiro fornecimento ocorrido em janeiro de 2003. Paralelamente ao processo de liberalização do mercado de energia no país, a empresa entrou no segmento residencial e de pequenos negócios em 2013 e iniciou a comercialização de gás natural em 2017.

Segundo dados do regulador português, referentes a março deste ano, a Iberdrola detém atualmente a terceira maior quota por número de clientes de eletricidade no país (5,4%) e a segunda maior quota por consumo (17,4%). A empresa tem contribuído com sua abordagem única e seu compromisso com a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente, comercializando energia elétrica 100% verde para seus clientes.

Para além de liderar o setor comercial para grandes consumidores e desenvolver o complexo hidroelétrico de Tâmega, a Iberdrola possui 92 MW de potência eólica no país, divididos em três parques: Catefica, no concelho de Torres Vedras, com 18 MW; Alto do Monção, em Mortágua e Tondela, com 32 MW; e Serra do Alvão, em Ribeira de Pena, com 42 MW.

Para além de Espanha e Portugal, a Iberdrola promove vários projetos de energias renováveis na Europa. No Reino Unido, através da ScottishPower Renewables, opera 40 parques eólicos onshore e o primeiro parque eólico offshore da empresa, o West of Duddon Sands. Está atualmente a desenvolver o East Anglia One no Mar da Irlanda, que, quando entrar em funcionamento em 2020, consolidará a Iberdrola como um dos líderes mundiais no setor da energia eólica offshore.

A empresa também está presente noutros países da Europa, como a Alemanha, onde opera o parque eólico Wikinger no Mar Báltico, e França, onde projeta o parque eólico offshore de Saint Brieuc. A empresa está também a construir dois novos parques eólicos na Grécia.