João Carlos Mateus | Economista, Membro da Direção Executiva e Diretor das Relações Institucionais do CEiiA
07/08/2019Estas mudanças modificaram o mundo com alterações competitivas significativas e novas oportunidades. De forma simples, a primeira grande revolução iniciou-se com a utilização do carvão como fonte de energia que permitiu, por exemplo, o desenvolvimento da máquina a vapor.
Este avanço permitiu alguma produção mecanizada e um acesso mais facilitado às matérias primas. Posteriormente na 2ª revolução industrial descobriu-se a energia elétrica e o motor a explosão que permitiu aumentar a eficiência e a produção em massa, aliada a inovações técnicas e organizacionais.
A 3ª revolução industrial, mais recente, baseou-se em alterações técnico-científica e informacionais. A informática, as telecomunicações e a biotecnológica originaram um grande avanço no mundo. A chegada dos telefones, dos computadores e da programação permitiram flexibilizar e otimizar a produção com menos necessidade de mão de obra e maior eficiência.
Estes avanços permitiram trabalhar de forma colaborativa e deslocalizada contribuindo muitíssimo para um mundo mais globalizado. O computador e a internet vieram revolucionar o Mundo em pouquíssimos anos.
Hoje estamos no início na 4ª revolução industrial. O mundo vai ser ainda mais diferente e global, assente no digital. O real e o digital vão interligar-se criando uma enorme conetividade que vai permitir a comunicação entre pessoas, objetos e infraestruturas sempre aliados à inteligência e a uma maior velocidade de correlacionamento e tratamento de dados (com o apoio da computação quântica e da inteligência artificial).
Esta evolução vai originar novos desafios, oportunidades, modelos de negócios, com a obrigação de estar aliados à sustentabilidade. A autonomização da produção e dos processos ao longo de toda a fileira vão permitir o ajuste “in real time” com a procura do mercado. Vão surgir robots inteligentes integrados e interligados através da convergência das tecnologias digitais, físicas e biológicas.
Esta mudança vai alterar, sem qualquer dúvida, a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Toda esta evolução vai originar um conjunto enorme de oportunidades, que podemos e devemos aproveitar. As novas crianças e gerações já pensam diferente e digital. Por exemplo, não pensam em adquirir um carro, mas sim a aceder a plataformas interligadas que permitem ter o melhor modo(s) de transporte(s) de acordo com o momento. Esta nova geração não está certa? Para quê ter um veículo que só desvaloriza e que em mais de 90% do seu tempo está parado? Para quê ter um veículo que mesmo sem ser utilizado tem um conjunto de custos (seguro, inspeções, revisões, ...) se podemos ter várias opções adequadas ao momento? A mobilidade passará a ser um serviço e não um produto. Esta mudança na mobilidade é apenas exemplificativa, dado que todas as áreas e sectores vão mudar obrigatoriamente.
Neste texto, pretendo realçar que sempre existiram “evoluções” no mundo e que hoje, temos o desafio de viver numa fase de grandes mudanças e desafios, onde vão nascer novos modelos e paradigmas. Vão surgir novas tecnologias, novas fórmulas de trabalho e de colaboração, de governança com a obrigação e o dever da sustentabilidade. As oportunidades já estão por aí! Adapta-se, visualize, inove e contribua e usufrua de um mundo cheio de oportunidades, digital e global.
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