Efcis - Comércio Internacional, S.A.
Informação profissional do setor das instalações em Portugal
Jorge Carvalho, Business Director da Eurofred Portugal, fala dos desafios da marca para 2019

«Um dos nossos objetivos é continuar a adaptar os produtos às necessidades do mercado»

Entrevista: Ana Clara; Fotos: Olinda Gama21/07/2019
Jorge Carvalho abraçou recentemente um novo desafio profissional. Um dos mais reconhecidos nomes do mercado AVAC em Portugal representa agora a Eurofred, marca especializada na distribuição de equipamentos de climatização, Horeca, frio comercial, geladaria e energia solar térmica. O Diretor de Negócios da marca analisa a importância da formação, das novidades que ainda vão ser conhecidas até ao fim de 2019 e fala também da nova academia da empresa em Sevilha e que irá ser uma mais valia para a Eurofred Portugal.
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O Instalador: Como está a encarar este novo desafio profissional na Eurofred?

Jorge Carvalho: Entrei na Eurofred a 1 de junho de 2019. Um dos grandes desafios é ser pouco conhecido no meio do projeto. Outro trabalho desafiante é o formar uma equipa nova, de jovens engenheiros. E isso é desafiante.

Qual é a sua área de negócio?

A parte comercial e industrial. Por outro lado, nunca vendi equipamentos, sempre vendi soluções. Um dos nossos objetivos é continuar a adaptar os produtos às necessidades do mercado e continuar a apoiar quer os gabinetes quer os instaladores.

A Eurofred representa várias marcas e conta com uma solidez no mercado nacional. Isso é muito importante?

Sim, a Eurofred conta com 25 anos em Portugal (50 em Espanha) e com uma vertente muito forte no canal Horeca – hotelaria, restauração e cafetaria. Todavia, a Eurofred também quer apostar cada vez mais no mercado profissional do AVAC, nomeadamente ganhando quota. A Eurofred tem uma presença muito forte na distribuição, mas, ao mesmo tempo, queremos também ganhar mais expressão nos outros mercados, na instalação, no mercado de projeto, estar mais presente neste mercado profissional.

Na área de projetos, quais são os objetivos?

A especificação da marca, bem como a implantação das soluções e ir ao encontro do mercado, do cliente final, muito por vontade do cliente final. É essencial o projetista ter já uma definição via cliente final e do trabalho feito em campo. Além disso é essencial explicar ao cliente todas as vantagens e desvantagens.

É um trabalho que pode demorar?

Normalmente demora um pouco porque isto é uma espécie de “sementeira”.

Mas tendo em conta a sua experiência e que conhece bem o mercado, isso ajuda.

Sim, é mais rápido e com algumas vantagens.

Fale-me um pouco das soluções da Eurofred para as áreas doméstica, comercial e industrial.

A Eurofred tem as soluções com a Daitsu, Fujitsu & General, desde a gama split, a multisplit, com o Aquatermic, com a Clint para a gama Industrial, etc.

O Aquatermic é uma solução muito interessante.

Sim, é uma solução multisplit com produção de Águas Quentes Sanitárias (AQS), que também acaba por ser uma solução complementar e interessante do ponto de vista económico. A parte solar também como complementar é uma solução com alguma procura nos nossos dias. Depois a parte que na Eurofred é designada de Industrial, VRF’s – desde o mini VRF ao VRF maior. Temos também as soluções hidrónicas (chillers, fan coils, unidades de tratamento de ar). Recentemente, a Eurofred passou a apostar na parte da purificação do ar com soluções inovadoras e a serem desenvolvidas na Universidade da Catalunha. Opções que me parecem bastante interessantes e que vão ao encontro da legislação que vem aí na vertente da Qualidade do Ar Interior (QAI), poderá ser bastante interessante do ponto de vista legislativo.

Já impera há muito tempo uma legislação que se adapte ao mercado?

Houve uma revisão da QAI, e agora por imposição europeia, via regulamento, vamos voltar a ter novidades. Além disso, todas estas soluções têm de estar de acordo com a legislação europeia. E, por isso, temos todo o interesse em ter soluções capazes de ter uma QAI acima de tudo que permita uma saúde aos ocupantes. Mais do que a legislação, o que importa é o conforto e saúde dos utilizadores. E sempre com uma preocupação ambiental também associada.

Fale-me um pouco mais da solução Aquatermic da Eurofred.

É uma solução que permite produzir AQS para uso doméstico numa situação quer de recuperação de calor (as unidades ao produzirem frio estão a rejeitar calor, que poderá ser recuperado para o aquecimento de água). Se não existir recuperação de calor, este equipamento tem a possibilidade de produzir apenas Aquecimento. O sistema Aquatermic baseia-se na tecnologia da bomba de calor que, através de diferentes refrigerantes ecológicos, absorve a energia presente no ar para posteriormente a transmitir à água. Desta forma satisfazem-se as necessidades energéticas das diferentes aplicações de uma forma limpa e eficiente. O Aquatermic está na vanguarda da aerotermia, sendo uma das melhores soluções térmicas do mercado e das que mais respeitam o ambiente.

É uma solução apenas doméstica?

Sim. O que tem uma vertente comercial bastante alargada. Não há uma competição direta, mais económica, sem necessidade de grande espaço técnico.

Falando do Frio Industrial onde a Eurofred está muito presente no setor alimentar e da hotelaria.

Sim, a Eurofred tem já muita tradição e experiência no mercado hoteleiro, de desenvolvimento “chave-na-mão” nas câmaras industriais. Oferecemos uma solução completa. Não é a minha área, porque estou mais ligado ao AVAC. Contudo, há que continuar a apostar neste mercado, até porque é um mercado em alta.

Voltando à parte do AVAC, ainda teremos novidades em 2019?

No final do ano, vamos ter alargamento de modelos da gama doméstica mais completa – R32.

Quanto à Formação, qual é a importância desta área para a Eurofred?

Na área da Formação, a aposta tem sido muito para os instaladores e com a abertura de uma Academia em Sevilha, em Espanha. A Academia abriu oficialmente em junho deste ano, e para Portugal vai abrir em setembro.

É uma Academia que serve apenas o mercado ibérico ou pode servir outros países?

Poderá servir outros países, nomeadamente França e Itália, onde a Eurofred está presente. Obviamente que para Portugal, a proximidade vai ser uma vantagem muito grande, nomeadamente para o mercado do Algarve.

E em que moldes é que a Eurofred em Portugal irá beber desta Academia?

Neste momento está prevista uma ida do nosso staff para conhecer a Academia e começarmos a preparar os novos cursos.

Que tipos de curso terá?

Numa primeira fase ligados ao canal Horeca e aos instaladores, mas a ideia é alargar também aos projetistas, para terem contacto com os equipamentos, poderão ser desenvolvidos cursos na área do software em que o contacto com os equipamentos faz a diferença.

A formação técnica em Portugal para os instaladores ainda padece de alguma insuficiência?

Padece de muitas. A Formação em Portugal teve o problema de terem acabado as grandes empresas que formavam as pessoas em todas as áreas, desde o simples técnico ao engenheiro. O que acontece hoje é que as pessoas deixaram de ter tempo para aprender. Cada vez mais surgem ferramentas mais sofisticadas em que as pessoas não conseguem ter know how para as utilizarem de forma mais conveniente. E dou-lhe um exemplo: o AutoCAD é uma excelente ferramenta de desenho mas não ensina desenho a ninguém. Cada vez mais o tempo é algo escasso. As pessoas não vão às obras, ou seja, não aprendem. Nos gabinetes cada vez mais não existe aquela pessoa mais velha que podia ensinar. O que noto cada vez mais, e nas grandes empresas também, é que se opta pela subcontratação, com mão de obra pouco especializada. Na minha opinião é preciso melhorar este aspeto e apostar cada vez mais na Formação propriamente dita. E além disso há uma falta de associativismo. Há muita competição dentro do associativismo e em vez de termos uma associação forte, temos várias. Além disso, faz falta uma regeneração.

Defende a rotatividade na liderança das associações?

Sem dúvida nenhuma. Faz falta. Não quer dizer que quem está não seja válido mas é essencial que haja rotatividade.

Fale-me um pouco do serviço de pós-venda e logística.

A Eurofred ainda tem a vantagem de chegar rapidamente aos seus clientes e de ter também uma rede de parceiros essencial. Na área da assistência técnica temos a sorte de ter os instaladores a resolver os problemas de forma rápida em todo o país.

Como olha atualmente para o mercado AVAC no país? Está em crescimento e vai continuar em crescimento. O clima esta a mudar e as pessoas têm consciência da necessidade do ar condicionado, que já não é um luxo. A Construção ganhou uma vez mais muita força, o instalador começou a perder dinheiro e está aqui uma crise a bater à porta. O instalador ainda não conseguiu aprender a viver com a Grande Distribuição e isto é uma adversidade. No mercado do projeto a crise não vai doer tanto porque da última crise as empresas reduziram muito os quadros de pessoal e agora estão mais preparadas. No instalador, nesta loucura de preços, a situação pode correr mal.

Para 2020, quais sao os desafíos da Eurofred e onde se posiciona a marca?

Na primeira linha das primeiras marcas. Estaremos atentos e tentar fazer o melhor possível. Saiba mais aqui.

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«A Formação em Portugal teve o problema de terem acabado as grandes empresas que formavam as pessoas em todas as áreas, desde o simples técnico ao engenheiro. O que acontece hoje é que as pessoas deixaram de ter tempo para aprender»

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