"Formação é a chave para o futuro deste setor e a ESDEC terá um papel a desempenhar no mercado, auxiliando os seus parceiros na formação e qualificação de equipas."

É especialista em coberturas e tem uma forte presença no fotovoltaico. A empresa entrou, fisicamente, no mercado nacional e já tem uma equipa de três pessoas. Em quatro anos cresceu quase 700%. O Instalador conversou com a equipa da Esdec que refletiu sobre o setor, as dificuldades sentidas pelos instaladores, mas, também, sobre as inovações que se têm registado.

A área da construção civil tem tido uma curva de inovação muito alta e as coberturas não fogem dessa tendência. Nem sempre os tipos de coberturas são escolhidos pelas melhores razões, como o comportamento térmico ou mecânico, mas por vezes os fatores económicos têm uma preponderância elevada no processo de decisão por parte da empresa.

A maioria dos nossos projetos continua a ser feita em coberturas metálicas, como painel sandwich ou chapa simples, mas temos visto aumentar significativamente a utilização das coberturas deck, que são compostas por uma chapa metálica interior, uma camada de isolamento térmico e acústico, finalizadas por uma tela, asfáltica ou TPO/PVC.

Aqui residem alguns problemas críticos, nomeadamente a distribuição de cargas, sendo crucial um trabalho exaustivo de análise dos fatores de risco de acordo com o Eurocódigo. As cargas dinâmicas do vento e da neve, com incidência no impacto direto dos pontos de carga, e a sua respetiva distribuição ao longo da superfície da cobertura, são cruciais.

O mercado nacional tem-se mantido bastante estável, apesar do dinamismo do setor fotovoltaico. Nesta segunda metade do ano, vimos a reabertura do fundo ambiental que, de uma forma clara, veio trazer algum dinamismo ao setor residencial, dinamismo esse que causa muitas vezes confusão pela urgência associada ao prazo curto da primeira fase e que, nem sempre, traz a devida estabilidade ao setor.

No setor comercial e industrial, continuamos a ver a tendência das empresas, indústria, comércio e serviços, em apostarem nesta transição energética. Penso que é um ponto sem retorno e ainda bem. Os nossos filhos e netos vão agradecer.

Temos alguns apoios no setor que ajudam a esta transição, apesar do processo de decisão estar lento fruto dos, já mais que debatidos, atrasos burocráticos. Alguns processos estão mais demorados devido ao facto do atual custo da energia não infligir uma urgência neste mesmo processo.

O setor residencial tem estado a crescer. Infelizmente, não ao ritmo que esta transição energética necessita. Os atuais custos de energia, apesar de tudo, bastante mais controlados do que em 2022, a inflação, com o custo generalizado de vida a aumentar exponencialmente e o crédito a habitação a atingir valores frequentemente incomportáveis pelas famílias, abrandam este crescimento. Apesar disso, estou convencido que estamos todos determinados a fazer parte da história desta transição. Com um pequeno empurrão estatal, como o que se viu, por exemplo, em Itália, acredito que esta transição será feita em larga escala pelas famílias, por todos nós.

As nossas principais preocupações com este setor e com os outros setores deste mercado prendem-se com a qualidade das instalações fotovoltaicas que estão a ser feitas.

A maioria das pessoas esquece-se que uma instalação fotovoltaica é feita tendo em conta uma vida útil de 25 ou 30 anos, o que nos deveria alertar para a necessidade de qualidade da instalação que fazemos em nossas casas e para a qualidade dos materiais e garantias associadas.

Optamos muitas vezes pelo preço mais baixo sem ter em mente que, por vezes, o barato sai caro!

Ao dia de hoje, o mercado europeu tem desafios enormes que devem ser enfrentados com a natural celeridade e assertividade que esta transição energética merece, e Portugal não foge a esta regra.

Estes incluem, desde desafios burocráticos, capacidade da rede e capacidade humana de resposta, até à formação de mão-de-obra especializada e não especializada necessária para fazer este percurso. Todos nós, membros deste setor, temos como dever de proporcionar e divulgar informação fiável e de qualidade.

O nosso Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) é ambicioso, assim como o de todos os nossos congéneres europeus. Estamos todos em linha com este desafio e com esta necessidade.

Os dias de hoje são desafiantes. Vivemos um ano de 2022 com falhas graves na cadeia de distribuição, com atrasos significativos na entrega de materiais em toda as linhas do setor. 2023 trouxe o reverso da moeda, com a maioria dos fabricantes mundiais a aumentar capacidade de produção, com uma baixa significativa dos preços de compra, em especial, nos módulos fotovoltaicos, o que trouxe novos desafios ao setor. Ter os parceiros certos é essencial para atravessar as ondas deste mercado fotovoltaico, desde as marcas com que trabalhamos, os distribuidores que temos e, especialmente, o serviço pós-venda que nos oferecem.

Mão-de obra é também um problema que afeta os nossos parceiros. Muitos sem capacidade de contratação, devido ao boom do ano passado e ao impacto que isso teve nos salários médios aplicados em Portugal, mas também devido à altíssima rotação de quadros, em especial, na mão de obra não qualificada e naquela que é especializada do setor.

Formação é chave para o futuro deste setor e a ESDEC terá um papel a desempenhar no mercado, auxiliando os seus parceiros na formação e qualificação de equipas.

Para nós, o nosso parceiro deve estar dotado de capacidade para poder responder a todas as exigências do mercado, quer seja residencial quer seja comercial e industrial.

Este suporte dedicado é fundamental para dar confiança ao setor, aos nossos parceiros e aos clientes finais.

O nosso objetivo é conhecer os produtos com o máximo detalhe possível. Com isso em mente, investimos fortemente em inovação e desenvolvimento. Este processo passa por uma melhoria contínua do produto e por desenvolvimento constante de novas soluções. Um exemplo disso mesmo é o novo gancho para telhados de ardósia, não muito comuns em Portugal, mas que assegura uma instalação de qualidade neste tipo de coberturas         .

Outro fator crítico é o conhecimento profundo que temos dos nossos produtos, e esse conhecimento adquire-se com muitos testes e certificações. Tenho muito orgulho que a ESDEC invista muito tempo em testes de qualidade, corrosão, dilatação, equipotencialidade, entre outros. É este investimento que nos permite dotar os parceiros e as equipas de conhecimento, segurança e fiabilidade.

Os testes em túnel de vento, subsequentes certificações e validações, asseguram a qualidade e durabilidade da instalação, garantindo o seu futuro.

Até 2020, a ESDEC não tinha representante em Portugal. Hoje, temos uma equipa de três pessoas a dar apoio ao nosso mercado. Isso diz muito da estratégica e sucesso da marca.

A Esdec cresceu quase 700% em 4 anos, o que me deixa orgulhoso do trabalho desempenhado e muito satisfeito com a receptividade que o mercado mostrou para com uma marca diferenciadora pela qualidade e serviço.

Isto é sinal de que temos empresas de qualidade no setor. Agradeço profundamente a todos os nossos parceiros pela confiança na nossa marca, produtos e serviços!

Felizmente, mesmo com condições adversas, continuamos a crescer. À data de hoje, já superamos os números de 2023 e temos bons indicadores para o futuro.

Temos uma estratégia a três anos que assenta em aumentar a qualidade do serviço aos nossos parceiros, com uma forte aposta na formação dos seus quadros e equipas.

Temos uma estratégia clara de apoiar os nossos canais de distribuição, a sua rede comercial e de apoio técnico. Acreditamos que o serviço terá um papel fundamental no futuro.

Pertencemos a um grupo que está em constante evolução, com uma estratégia global e com muito conhecimento partilhado entre todos.

O facto de estarmos presentes em quase todos os países da europa faz com que o conhecimento seja partilhado entre todos. Os desafios, dificuldades e sucessos de cada um servem para reforçar o conhecimento entre todas as nossas equipas e para ajudar a prepararmo-nos melhor para o futuro.

Todos os anos lançamos melhorias e produtos novos. No plano para 2024, prevemos uma nova estrutura para coberturas planas para melhorar o, já fabuloso, FlatFix Fusion.

É um produto premium, com uma aceitação fantástica, e que está na fase final de vida, fruto das alterações às dimensões dos mais recentes módulos fotovoltaicos.

Lançaremos um novo produto que utilizará todo o conhecimento obtido do mercado, todos os inputs dos nossos parceiros e todas as sugestões dos nossos principais utilizadores, os instaladores!

Espero estar em condições de lançar mais algumas excelentes novidades em janeiro, mas tenho de esperar para o poder divulgar! TOP SECRET!

Da esquerda para a direita: Tiago Antunes, Country Manager Iberia da Esdec; Jorge Sardinha, sales manager na Esdec Portugal; e Rafael Martins, na Esdec Portugal.

Para a Esdec não existe mercado se o suporte e atendimento não for constante. É uma marca líder de mercado e quer manter o foco no serviço e na qualidade.

O Rafael Martins entrou em julho de 2022 com a necessidade crescente de reforçar o suporte técnico aos nossos parceiros e o Jorge Sarinha assumiu a função de sales manager em Portugal, em janeiro de 2023, para que eu pudesse assumir a liderança da Península ibérica.

Para a Esdec, é vital estar junto dos seus parceiros, com apoio local, equipa local, documentação apropriada à língua em questão (manuais, folhetos, etc.) e tudo o que o mercado identificar como necessário ao produto e à marca.

Não abdicamos disso!

Sendo uma marca com qualidade acima da média, o serviço tem de acompanhar a qualidade.