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Mas afinal, qual é o impacto de uma boa distribuição do ar na nossa saúde?

António Sampaio | Diretor Técnico e Comercial do Grupo Contimetra/Sistimetra08/03/2021
Como é reconhecido por todos nós, uma grande parte dos espaços interiores onde afluem e permanecem por algum tempo vários ocupantes, tais como restaurantes, salas de espera de vários tipos de serviços, salas de aula, etc., tem habitualmente um défice de ventilação e que é percecionada como “ar viciado” ou “ar pesado”.
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Isto acontece porque esses espaços, pura e simplesmente, não têm circulação de ar exterior. Por outras palavras, não há 'oxigenação' do ar que respiramos nesses espaços, não sendo removidos os compostos orgânicos voláteis (VOC) produzidos por todos nós - sendo o mais conhecido o dióxido de carbono (CO2).

De acordo com estudos levados a cabo por entidades científicas, e divulgados por organismos reconhecidos internacionalmente que influenciam as normas europeias sobre a qualidade do ar interior (QAI), como sejam a ASHRAE (americana) e a REHVA (europeia), recomendam cerca de 25 a 50 m³/h de ar-novo(1) por cada ocupante do espaço.

Esta questão de QAI ultrapassou várias etapas quanto à sua real importância devido à pandemia que se confirmou a partir do 2º trimestre de 2020.

A confusão inicial foi de tal ordem que houve indicações da própria DGS pouco consistentes como mais tarde foi admitido, sobre o efeito nocivo dos sistemas de Ar Condicionado quanto à sua ação na disseminação de vírus por via aérea.

Segundo as recomendações da DGS, estes sistemas deveriam permanecer desligados.

Após este período inicial de confusão generalizada, por desconhecimento de que são “sistemas de ar condicionado”, foi admitido que os espaços servidos por unidades centrais de tratamento de ar (UTA’s e UTAN’s) deveriam manter-se em funcionamento por serem imprescindíveis à regular ventilação (oxigenação) dos espaços.

Como se disse atrás, a pandemia atual forçou o acelerar da promoção de boas práticas, com o intuito de se conseguir uma efetiva melhoria da QAI (incluindo nesta a vertente sanitária), por parte das entidades competentes e dos organismos internacionais credíveis tais como, OMS, ASHRAE, REHVA e nacionais como a EFRIARC e a APIRAC.

Torna-se cada vez mais pertinente, em cada caso real, uma correta escolha do sistema AVAC e o seu adequado dimensionamento, de modo a conseguir-se atingir os objetivos do parágrafo anterior.

Entre os vários parâmetros importantes na QAI, além do caudal de ar-novo acima referido, há quatro outros em particular que uma boa distribuição do ar deve garantir em toda a zona ocupável:

  • Velocidade residual do ar, média, entre 0,05 e 0,2m/s
  • Temperatura ambiente entre 20 e 25°C – conforme a temperatura exterior (sazonal)
  • Humidade relativa ambiente entre 40 a 60%Hr
  • Nível de pressão sonora máximo entre 35 a 40 dB(A) – conforme o espaço a tratar.
O nosso conselho: ouvir a opinião dos profissionais envolvidos na consultoria e projetos de AVAC de reconhecido mérito.

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(1) Ar-novo: ar exterior filtrado e corrigido eventualmente quanto a tempertatura e humidade relativa.

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