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w w w . o i n s t a l a d o r . c o m 317 MAIO 2023 Preço €11 | Periodicidade - Mensal (10 edições/ano) A R E V I S TA D O S E T O R D A S I N S TA L A Ç Õ E S E M P O R T U G A L Lisboa: 214 146 200 | Porto: 226 069 764 | comercial.pt@trane.com 450 a 1600kW Eficiência de Topo Comprovada Temperatura Ambiente até 48ºC Temperatura da água até 25ºC GVAF XSE Datacenter Special

Multi+ Apenas um sistema para água quente + ar condicionado É muito fácil substituir sistemas de aquecimento de água desatualizados e que consomemmuita energia! Confie na qualidade Daikin: Multi+ é a solução tudo-em-um eficiente e ecológica para apartamentos de pequena e média dimensão. ū Instalação sem problemas: basta ligar um depósito de água quente de 90 ou 120 litros e até três unidades de ar condicionado a apenas uma unidade exterior Multi+ ū Fácil configuração: termine o trabalho mais cedo com as definições pré-instaladas ū Conforto contínuo: um modo de conforto especial garante produção de água quente mesmo enquanto arrefece o apartamento ū Poupa mais energia: elevada eficiência: etiqueta energética até A+++ para climatização e A para AQS e uma classificação de impacto ambiental exemplar em combinação com o fluido frigorigéneo de baixo potencial de aquecimento global R-32. www.daikin.pt O seu grande trunfo: a nossa solução tudo-em-um

6 SUMÁRIO Edição, Redação e Propriedade INDUGLOBAL, UNIPESSOAL, LDA. Avenida Barbosa du Bocage, 87 4º Piso, Gabinete nº 4 1050 - 030 Lisboa (Portugal) Telefone +351 217 615 724 E-mail: geral@interempresas.net NIF PT503623768 Gerente Aleix Torné Detentora do capital da empresa Nova Àgora Grup, S.L. (100%) Diretora Alexandra Costa Equipa Editorial Alexandra Costa, Sónia Ramalho, Paqui Sáez redacao_oinstalador@interempresas.net www.oinstalador.com Preço de cada exemplar 11 € (IVA incl.) Assinatura anual 110 € (IVA incl.) Registo da Editora 219962 Registo na ERC 119963 Déposito Legal 10480/96 Distribuição total +8.300 envios. Distribuição digital a +7.200 profissionais. Tiragem +1.100 cópias em papel Edição Número 317 – Maio de 2023 Estatuto Editorial disponível em https://www.oinstalador.com/ EstatutoEditorial.asp Impressão e acabamento Gráficas Andalusí, S.L. Camino Nuevo de Peligros, s/n - Pol. Zárate 18210 Peligros - Granada (Espanha) www.graficasandalusi.com Media Partners: Membro Ativo: Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos editoriais desta revista sem a prévia autorização do editor. A redação de O Instalador adotou as regras do Novo Acordo Ortográfico. Smart home and building solutions. Global. Secure. Connected. A E F I C I Ê N C I A T EM C LAS S E EDITORIAL 8 ATUALIDADE 8 PÁGINA DA NET 14 Thermosite na Tektónica 16 Falar de Q-TON é falar de sustentabilidade energética 18 O Desgasificador Térmico Energest e o Impacto Ambiental 20 Um arrefecimento adequado é fundamental para alcançar Data Centers mais eficientes 22 “As bombas de calor e os fluidos alternativos serão preponderantes” 24 Daikin e a Qualidade do Ar Interior 32 SPLIT Midea Tipo Mural Breezeless eleito Produto do Ano 2023 34 Flexiva: a inovação e personalização em condutas flexíveis 36 Geoterme implementa projeto de SACE que levou o IPO de Lisboa a uma poupança de 60% da energia 38 O caminho mais curto para a eficiência na gestão de edifícios 44 Entrevista com Francisco Augusto, Country Leader da Trane Portugal 46 Preceram: apostar no isolamento é investir na eficiência energética dos edifícios 48 APEGAC cria Prémio Condomínio Verde 50 Reflexões sobre o Dia Mundial da Terra: que Planeta queremos ter? 52 Nexus água-energia: o impacto da escassez de água no setor energético 56 Hídrica: aliada renovável sob ataque das alterações climáticas 60 Diretiva das Energias Renováveis – de 2009 a 2023 64 “O aproveitamento energético das ondas e marés: um caso de lusu-locally unwanted sea use?” 68 A segurança energética é a prioridade máxima no trilema energético de 2023 72 APIRAC entrega contributos ao Governo para a atualização PRR 76 Drones – Poderoso olho para aumentar a segurança [2] 78

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8 ADENE com formação em Reabilitação Energética em Edifícios Residenciais Primeira edição do curso decorre nos dias 16, 17, 18, 23, 24, 25, 30 e 31 de maio e 1 de junho, em horário pós-laboral e formato e-learning (síncrono). A Academia ADENE apresenta novos cursos. Um deles é a formação em Reabilitação Energética em Edifícios Residenciais, que tem como objetivo proporcionar aos técnicos do setor formação complementar em patologias e reabilitação térmica de edifícios, incluindo a instalação de sistemas técnicos renováveis, promovendo assim a eficiência energética e a melhoria da qualidade na reabilitação de edifícios. No programa do curso consta a caracterização geral do parque edificado e do âmbito do SCE, o enquadramento legislativo da reabilitação em edifícios, os incentivos à reabilitação, a Reabilitação Térmica, a instalação/Substituição de sistemas técnicos renováveis (Biomassa, Solar térmico e Solar fotovoltaico), assim como a eficiência hídrica e a apresentação de casos de estudo. A formação, de 27 horas, será ministrada em horário laboral ou pós-laboral, no formato e-learning e tem um custo de 400 euros (380 euros para membros OE). É possível obter mais informações através do endereço: formar@adene.pt. EDITORIAL Esse é um termo que ganha cada vez mais poder e importância no léxico não só dos gestores, como também da sociedade. E numa fase em que a inflação faz aumentar os preços ganha mais preponderância. Os equipamentos – e à medida que o verão e o tempo quente se aproximam há cada vez mais recurso ao ar-condicionado – têm de ser o mais eficiente possível, por forma a não só proporcionar o conforto necessário dentro dos espaços, sejam comerciais ou residenciais, como a requerer o mínimo de energia necessária. Por outro lado, as alterações climáticas e o aumento da temperatura fazem com que estes dispositivos, que antes eram considerados um luxo, sejam hoje vistos como algo indispensável. Este é um setor que não pode (nem deve) ser descurado. Mesmo porque a cadeia de valor do setor representa dois mil milhões de euros, o que corresponde a cerca de 1% do PIB nacional, cabendo ao mercado AVAC 1.500 milhões de euros. No caso de empreendimentos ou espaços como hospitais, centros comerciais e centros de escritórios é importante realçar o benefício da utilização de uma correta e eficiente gestão técnica centralizada (GTC). Este GTC simplifica, automatiza e racionaliza a exploração de um complexo edificado, ao mesmo tempo que dá ao gestor o controlo e monitorização de máquinas e equipamentos ligados. Uma gestão que se traduz em poupança de energia. No caso do IPO de Lisboa, por exemplo, a implementação do GTC significou uma poupança de 60% de energia. Isto porque o projeto em causa consistiu na substituição dos equipamentos de produção e distribuição de energia térmica por outros mais eficientes, a par da instalação de um sistema SACE de alta eficiência. Um tema que também é “querido” da Trane, que tem apostado na inovação como forma de “dar um contributo na descarbonização das indústrias”. A empresa tem feito um enorme investimento no desenvolvimento de novos produtos com ummenor consumo energético e na utilização de equipamentos que reduzam esse impacto. E por falar em energia, Portugal é um caso exemplar no que concerne à produção de energias renováveis. Em 2021, e segundo dados da PORDATA, com atualização a 17/10/2022, Portugal produziu 50.968 GWh de energia, dos quais 33.093 GWh foram produzidos a partir de fontes renováveis. Sendo que a energia hídrica >10MW foi responsável por 12.549 GWh e a hídrica <10MW por 906 GWh. Tendo em conta os objetivos definidos quer pela Comissão Europeia, quer por Portugal, no que concerne à descarbonização e a aposta na eletrificação, é de prever um aumento do consumo de eletricidade. Sendo que, como aponta a ADENE, para a descarbonização deste setor (electroprodutor), é necessário reforçar a produção de eletricidade renovável que, em Portugal, provém principalmente de energia hídrica, seguindo-se a energia eólica. Um cenário que tem de “lidar” com algo cada vez mais recorrente: as secas e as suas consequências. Basta lembrar que a mesma obrigou o governo, no ano passado, a suspender (entre janeiro e março) a produção de eletricidade em 15 barragens. Por fim uma novidade. Aos nossos dois habituais cronistas – Carmen Lima e Manuel Martinho – junta-se agora Nuno Ribeiro, que irá abordar omundo da legislação. Boas leituras! Eficiência, eficiência, eficiência C M Y CM MY CY CMY K

10 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.OINSTALADOR.COM • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Transição Energética: Acelerar para Competir? A IN Conference INEGI 2023 decorre a 19 de maio no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões. Debater a transição energética “cobrindo toda a cadeia de valor da energia, dos produtores à indústria, enquanto setor consumidor e facilitador, indo ao encontro das oportunidades emergentes para a competitividade das empresas portuguesas”. Este é o objetivo da IN Conference INEGI 2023 que, este ano, é dedicada à Transição Energética: Acelerar para Competir? Segundo a organização a conferência foi desenhada para empresários, quadros técnicos e gestores das empresas industriais, interessados em participar num momento de reflexão e aprendizagem sobre os desafios que as empresas do setor industrial enfrentam, a curto e médio prazo. O programa conta com oradores como Adelino Costa Matos, CEO da WAM Investments e diretor não executivo da Gazelle Wind Powe, José Caeiro Passinhas, presidente da Comissão Executiva da Lactogal em Portugal e administrador delegado do Grupo Celta em Espanha, e ainda Jónio Reis, vice presidente para a Unidade de Negócios de Águas Residenciais da BOSCH Termotecnologia. A inscrição no evento tem um custo que vai dos 50 euros para estudantes até 225 euros para o público em geral. Portugal Home Week regressa ao Porto a 15 e 16 de junho O Portugal Home Week vai reunir, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, os maiores players mundiais da Fileira da Casa para debater o futuro de um dos clusters mais exportadores da economia nacional, e apresentar as últimas tendências das indústrias portuguesas de mobiliário e colchoaria, têxteis-lar, iluminação, utilidades domésticas, cerâmica decorativa e utilitária. O evento conta com o fórum de debate “Home Summit”, que na sua 3ª edição, terá como mote “Projetando a Casa do Futuro”, incentivando à reflexão sobre a evolução das habitações, das necessidades e desafios emergentes, e das tendências que nos permitem antever como serão desenhadas, construídas e mobiladas as casas do futuro. Clara Del Portillo, designer e sócia do Yonoh Studio, Susan Fischer, fundadora do estúdio Unbox e Susana Xavier, fundadora da BARRO, são algumas das oradoras confirmadas para a edição deste ano. Organizado pela APIMA (Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins), o evento conta com o apoio institucional da aicep Portugal Global e é desenvolvido para promover as últimas tendências, soluções e inovações das empresas portuguesas a profissionais de todo o mundo, incluindo arquitetos, designers, jornalistas e compradores. “Vamos receber centenas de visitantes de outros países – compradores, prescritores e importadores – que vêm conhecer Portugal após vários contatos com as empresas nas feiras internacionais, para comprovarem in loco a qualidade e excelência da produção nacional”, refere Joaquim Carneiro, presidente da APIMA, que acrescenta: “somos um dos melhores do mundo nesta área e as marcas portuguesas já atingiram esse reconhecimento a nível internacional. No Portugal Home Week almejamos ser a mostra por excelência do design português para o mundo. Na terceira edição do Portugal Home Week esperam-se visitantes oriundos de mercados como os EUA, Canada, França, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Áustria, Bélgica e também dos países nórdicos. Recorde-se que as indústrias da Fileira Casa Portuguesa correspondem a 4,5% do total das exportações portuguesas, englobando cerca de 60 mil trabalhadores e mais de 7500 empresas, que geram um volume de negócios de 3,3 mil milhões de euros.

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12 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.OINSTALADOR.COM • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER 1º Seminário de Engenharia no Nordeste Transmontano - “Engenharia e Climatização” Evento, organizado pela Ordem dos Engenheiros da Região Norte em parceria com a Efriarc - Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado e IPB - Instituto Politécnico de Bragança, está agendado para dia 13 de maio. O Colégio de Engenharia Mecânica da Ordem dos Engenheiros da Região Norte em parceria com a Efriarc - Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado e IPB - Instituto Politécnico de Bragança organizam, no dia 13 de maio, o 1º Seminário de Engenharia no Nordeste Transmontano - “Engenharia e Climatização” em Bragança. Este seminário decorre no auditório Alcino Miguel na Escola Superior de Tecnologia e de Gestão de Bragança do IPB, onde irão ser abordados temas nas seguintes áreas: climatização, QAI (qualidade do ar interior), F-gás, SCIE (segurança contra incêndios em edifícios), SACE (Sistemas de Automação e Controlo do Edifício) e requisitos regulamentares em edifícios. Inicia-se um ciclo de seminários, jornadas e eventos destas associações no distrito. Este em especial e primeiro, é organizado em parceria visto existir um elemento comum entre elas, Luís Correia, Eng. membro do colégio de Engenharia Mecânica da Ordem dos Engenheiros da Região Norte, Membro da Efriarc e docente do IPB. Pretende-se com estes eventos o inicio da dinamização da Engenharia no Nordeste. Transmontano. A participação no evento é gratuíta (com exceção das refeições), mas requer inscrição. A Geberit garante a disponibilidade de peças sobresselentes durante 50 anos Desde o conceito à execução, arquitetos e decoradores de interiores podem contar com a Geberit nos projetos. O conjunto de sanita suspensa com autoclismo de interior e placa de descarga Geberit foi desenhado para décadas de utilização e pode manter-se sem nenhum problema. Através de contínuos desenvolvimentos novos e futuros, a Geberit prolonga a garantia até 50 anos na disponibilidade de peças sobresselentes para todas as peças mecânicas substituíveis do autoclismo de interior e da placa de descarga, desde que um modelo se deixa de fabricar. Só são excluídas algumas funções específicas dos produtos eletrónicos (p. ex., DuoFresh ou as placas de descarga eletrónicas sem contacto). Graças à compatibilidade com versões anteriores dos elementos e componentes recentemente desenvolvidos, o conjunto de sanita, autoclismo de interior e placa de descarga Geberit pode sempre ser atualizado para o padrão técnico mais recente, se for necessário. Esta ampliação para 50 anos permite aos profissionais poderem adaptar-se aos vastos requisitos de projetos independentemente de serem para obras particulares, semipúblicas ou públicas. Tudo isto com o aval da marca que, commais de 55 anos de experiência e mais de 70 milhões de autoclismos de interior em todo o mundo, é uma referência nas instalações das casas de banho atuais.

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14 PÁGINA DA NET www.oli-world.com/pt/ O website da OLI é uma das suas principais ferramentas de comunicação, onde pode encontrar os seus vários catálogos de produtos, vídeos técnicos e comerciais, assim como notícias ou até o seu portfólio de obras de referência. Owebsite é uma das portas de entrada daqueles que pretendem conhecer melhor a OLI e os seus produtos. Moderno, simples e intuitivo, são as palavras que melhor o descrevem. PRODUTOS DE INSTALAÇÃO SANITÁRIA E DE BANHO Autoclismos interiores e exteriores, os mecanismos de descarga, as estruturas ou as placas de comando são protagonistas. A OLI oferece também uma linha de produtos com sistemas de duche OLIFILO e GURU, assim como bases de duche, misturadoras e soluções esteticamente agradáveis para pessoas commobilidade reduzida (gama EASY MOVE). OLICLIMA Sistemas solares térmicos, radiadores, piso radiante e bombas de calor, integram a gama OLICLIMA. TUBAGEM VALSIR E MÓVEIS SALGAR Tubagens e acessórios damarca VALSIR bem como móveis da marca SALGAR, incorporam a oferta complementar de produtos da OLI. A OLI tem disponível uma biblioteca BIM, assim como fichas técnicas detalhadas dos seus produtos A OLI-Sistemas Sanitários, S.A, é umamarca global que nasceu em Portugal e que desenvolve soluções de forma a tornar a casa de banho num lugar hidricamente eficiente, confortável e seguro para todos. Líder ibérica na produção de autoclismos, a OLI exporta para mais de 80 países, nos 5 continentes. SHOWROOM 360 º Navegue numa experiência virtual e imersiva, ao explorar o showroom 360, que promete ser uma verdadeira fonte de inspiração. n

¡Novidade! Grupo hidropressor monofásico instalado em armário metálico, com duas bombas de funcionamento silencioso, 2 variadores de velocidade geridos por um único painel de controlo com ecrã visível do exterior e todos os componentes em aço inox. Concebido para ser montado na parede, seja encastrado ou à superfície, o CABINET BOOSTER com 60 cm de largura por 1,2 m de altura e apenas 20 cm de profundidade, é um sistema muito mais compacto do que os hidropressores comuns e particularmente adequado para os exíguos espaços de instalação em edifícios existentes. CABINET BOOSTER Soluções EBARA para Hidropressores Compactos

16 AVAC Thermosite na Tektónica A Thermosite vai estar presente na edição 2023 da Tektónica, a Feira Internacional da Construção de Lisboa, que se vai realizar na FIL, de 4 a 7 de Maio deste ano, no Stand 2E15. Thermosite Esta é uma importante oportunidade para a Thermosite apresentar as mais recentes novidades de produtos das suas representações, que são as marcas GREE, SIME, HONEYWELL HOME, THERMWAY entre outras. E para além das novidades de produtos, será destaque a apresentação da tabela 2023. APRESENTA A NOVA TABELACATÁLOGO 2023 Num ano com uma previsível estabilização dos preços, a contrariar os anteriores caraterizados por uma inflação galopante e atualizações quase diárias, a THERMOSITE lança uma Tabela/catálogo com validade alargada para o resto do ano. Na linha das últimas versões, este catálogo destaca-se pela componente técnica incluída na mesma. Todos os artigos apresentados são acompanhados por uma ficha técnica, onde se pode verificar as capacidades / potências / eficiências / consumos / dimensões e restantes propriedades necessárias para o projeto de instalação. O acesso à tabela é livre, estando disponível na página de internet da THERMOSITE, em www.thermosite. com/tabelas-precos. Este catálogo, que é um compêndio de 300 páginas de fichas técnicas, foi um investimento importante da THERMOSITE, com o objetivo de oferecer aos instaladores uma ferramenta de trabalho. Permite ajudar a dimensionar, verificar a adequabilidade de cada produto ao espaço em concreto, e ainda permite a orçamentação completa para uma obra de climatização, águas quentes sanitárias (AQS), solar térmico, fotovoltaico e ventilação. NOVIDADES DE PRODUTOS A presença na Tektónica é uma forma de mostrar in loco as principais novidades: o novo PULAR (ar condicionado da GREE), a nova caldeira mural EDEA (SIME), nova bomba de calor MARLIN (THERMWAY), e o novo sistema de controlo de Pavimento radiante (HONEYWELL HOME). GREE ELECTRIC APPLIANCES INC. OF ZHUAI A GREE é o maior fabricante do mundo de Ar Condicionado, tendo as suas principais fábricas em Zhuai, no Vietnam e no Brasil. Conta com mais de 90.000 colaboradores em todo o mundo, estando presente em mais de 160 países e regiões. Conta com mais de 300 milhões de utilizadores em todo o mundo, 1 em cada 3 aparelhos de Ar Condicionado do mundo são fabricados pela GREE. SIME S.P.A. É um dos principais fabricantes de Caldeiras Italiano. Tem uma fábrica e uma fundição próprias. Na fundição da SIME são preparados os corpos de caldeira de ferro fundido mais evoluídos do mercado. O desenvolvimento e o controlo de qualidade é outra das grandes apostas. A SIME tem labora-

17 AVAC tórios próprios, capazes de certificar e otimizar as suas caldeiras. Deste desenvolvimento surge a caldeira UNIQA, que é a única caldeira ventilada convencional certificada. Isto foi possível graças à incorporação de um compressor nesta caldeira que permite ter rendimentos suficientes para cumprir a ERP. A grande vantagem é que, não sendo de condensação, a substituição de uma caldeira convencional pela UNIQA não obriga a substituição das chaminés existentes. HONEYWELL HOME Marca da multinacional RESIDEO presente em todo o mundo destaca-se pela precisão dos seus termostatos e controladores, dispondo de uma gama muito completa que inclui o controlo à distância por wifi. Da mesma multinacional (RESIDEO) estão também disponíveis as melhores válvulas do mercado, com a marca Braukmann. Destacam-se as válvulas de três vias, as misturadoras, os filtros de água e as redutoras de pressão. THERMWAY Marca de equipamentos de climatização, AQS, solar e ventilação, que se carateriza por produtos de alta eficiência, gama completa, e design atrativo. O destaque vai para as bombas de calor de AQS, as bombas de calor de piscinas, os sistemas de climatização VRF, os sistemas solares térmicos e as caixas de ventilação. THERMOSITE A THERMOSITE é Distribuidor oficial da GREE, SIME, HONEYWELL HOME em Portugal, dispondo de armazéns em Lisboa, Porto e Algarve. Todas as fichas técnicas estão disponíveis em www.thermosite.com e para mais informações, contactar info@thermosite.comou (+351)962657443 (Luís Chedas – Diretor comercial). n www.thermosite.com | info@thermosite.com | 962 657 443 Distribuidor Oficial: Bomba de calor POLAR... ... para os prazeres do dia-a-dia.

18 AVAC Falar de Q-TON é falar de sustentabilidade energética Segundo a Lumelco Portugal, o desempenho desta bomba de calor torna-a a solução certa para espaços como hotéis. Lumelco Portugal Prestar atenção ao consumo de água quente para uso doméstico numhotel pode implicar uma poupança económica e energética muito importante ao longo da sua vida útil. Numa sociedade cada vez mais empenhada na poupança de água e na sua utilização eficiente, não podemos esquecer ou minimizar a importância de como aquecer essa água, uma vez que esta despesa representa cerca de umquarto do consumo energético dos hotéis. A produção de água quente para uso doméstico com rendimentos extraordinários é agora possível graças à tecnologia de bomba de calor CO2. A multinacional japonesa Mitsubishi Heavy Industries posicionou a bomba de calor Q-TON neste mercado e as grandes marcas hoteleiras que optaram por este sistema já estão a ver reconhecidos os seus investimentos emmatéria de sustentabilidade e eficiência energética. O conceito de sustentabilidade energética já está envolvido em cada um dos novos projetos hoteleiros que são realizados, bem como na reabilitação destes. Isto porque a sensibilização para as questões ambientais já está presente no quotidiano das pessoas, mas a realidade é que a importância destes aspetos é tal que todos os Estados da UE são obrigados a incluir a questão dos recursos energéticos na sua política externa. A sustentabilidade energética engloba conceitos como mitigação de impactos ambientais e segurança energética, entendida como o uso de fontes de energia alternativas em comparação com o uso de fontes convencionais esgotáveis. Por estas razões, um hotel que é um grande consumidor de energia temum envolvimento máximo neste contexto. A procura de Água Quente Doméstica, que é umdos grandes itens de umhotel, pode ser umgrande custo (económico, ambiental e de segurança) ou, pelo contrário, vê-la como uma poupança de energia. A produção de água quente para uso doméstico a alta temperatura de forma renovável já é possível com a bomba de calor Q-TON C02. O Q-TON é capaz de produzir água a partir de 60°C e até um máximo de 90°C com um refrigerante ecológico, C02. O índice de aquecimento global [PAG] é 1, enquanto outros gases fluorados convencionais, como o R-410A, é 2088 e o potencial de destruição da camada de ozono do mesmo [ODP] é 0. Com este sistema reduzimos significativamente as emissões de dióxido de carbono para omeio ambiente e devido ao alto desempenho damáquina reduz a conta económica do hotel. Em relação a esta ideia, chegam certificados e prémios que recompensam os projetos que apoiamestes conceitos. O BREEAM® é um sistema de avaliação da sustentabilidade emprojetos de construção que se baseia em diferentes categorias. Os seus objetivos mais notáveis são promover a utilização de materiais de baixo impacto ambiental, melhorar a eficiência energética do edifício ou promover a reutilização e/ou conservação do edifício, entre outros. OQ-TON é umexemplo claro de como a instalação do mesmo em hotéis favorece este tipo de certificações e reconhecimentos em questões eco- -friendly. n

Múltiplas Versões Eco-Friendly EN 14304 Distribuição por: geral@lusotrade.pt www.lusotrade.pt Disponível nas versões isolada, não isolada, acústica e higiénica; Elevada estanquicidade e resistência à distenção e rasgos; Resistentes e Duradouras Desempenho Térmico Elevado Versatilidade Qualidade e Segurança Atestada Produzidas conforme as necessidades específicas de cada projeto; Elevada resistência térmica na sua versão isolada; Versão higiénica que evita a acumulação de bactérias e garante a sua eliminação; Fabricadas segundo o programa de sustentabilidade Flexiva; 244 613 839 (Chamada para a Rede Fixa Nacional) CONDUTAS FLEXÍVEIS PARA INSTALAÇÕES AVAC SONO EN 13501-1

20 AVAC O Desgasificador Térmico Energest e o Impacto Ambiental José Guedes, CEO e Fundador da Energest A presença de gases dissolvidos, particularmente o Oxigénio (O2) e o Dióxido de Carbono (CO2), na água de alimentação das caldeiras de vapor, causam rápidos processos de corrosão nos equipamentos e nas tubagens que constituem os sistemas geradores e utilizadores de vapor. Baseando o seu funcionamento na Lei de Henry e na relação física entre a solubilidade dos gases e a temperatura, o Desgasificador Térmico Energest permite, como o próprio nome indica, separar e eliminar os gases dissolvidos na água de alimentação das caldeiras, nomeadamente o Oxigénio, cuja atividade corrosiva, do tipo “Pitting”, é particularmente violenta mesmo em reduzidas concentrações. Não existindo alternativa sustentável no que respeita à eliminação do CO2, cuja ação corrosiva temmaior impacto nos sistema de purga e redes de condensados, a alternativa a este processo físico de eliminação do Oxigénio dissolvido na água de alimentação de uma caldeira, é a sua captura mediante o doseamento de produtos químicos, isto é, a desgaseificação química, mas a adição de produtos químicos na água da caldeira tem por consequência a necessidade de aumentar a taxa de purgas, e esta, o correspondente acréscimo no consumo de combustível. De facto, embora muitas vezes de impacto negligenciado, importa lembrar que esta opção, a desgaseificação química, constitui um não irrelevante custo de exploração, não tanto pelo custo do produto químico utilizado, mas porque, tomando para exemplo a produção de vapor a 10 barg com Gás Natural, pode dizer-se que a cada percentual de acréscimo de purga contínua corresponde idêntico acréscimo percentual no consumo de Gás Natural. Por outro lado, a existência de um Desgasif icador Térmico permite otimizar a não menos importante recuperação dos condensados, isto é, evitando o seu flash de expansão até à pressão atmosférica, recuperar quase integralmente a energia neles contida (calor latente e sensível) e a própria água tratada, o que por si só viabiliza geralmente o investimento na desgaseificação térmica. Assim, reduzindo pela sua ação física a produção, utilização e manuseamento de produtos químicos, os efluentes resultantes e o consumo de energia térmica, hoje ainda maioritariamente produzida com combustíveis de origem fóssil, pode afirmar-se que a Desgasificação Térmica é uma forma útil e inteligente de reduzir o “Impacto Ambiental” das Centrais Térmicas, a nossa “Pegada ecológica”. n

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22 AVAC Um arrefecimento adequado é fundamental para alcançar Data Centers mais eficientes Um Data Center eficiente é um Data Center que tira o maior proveito do seu arrefecimento. Andre Ribeiro, Data Center Field Sales Engineer, Schneider Electric

Atualmente, não se pode falar de sustentabilidade e eficiência nos Data Centers sem ter em conta as tecnologias de arrefecimento – até porque o arrefecimento tem um peso de cerca de 30 a 40% na fatura elétrica mensal dos Data Centers. Reduzir esta percentagem não é fácil, porque existem muitos fatores que impactam o arrefecimento; contudo, existem algumas medidas possíveis que os operadores de Data Center podem, desde já, colocar em prática. Uma delas é, por exemplo, aumentar a temperaturadas salasdeTI –mantendo-a, obviamente, dentrodosparâmetros recomendados –, porque muitas vezes se verificaque a simples subidadeumgrau na temperatura ambiente é suficiente para otimizar em 3-4% a utilização e eficiência do arrefecimento. Por outro lado, pode também recorrer-se a algumas tecnologias, como a levitação magnética em ambientes quentes, que reduz emcerca de 30% o consumo; ou a adição de ventiladores no solo dos Data Centers, que ajuda a acelerar o fluxo de ar e melhora a sua eficiência em 5 a 10%. Por fim, a refrigeração líquida será também um ativo extremamente importante para este efeito – mas, neste momento, ainda o vemos como algo que “vai chegar”, porque requer densidades em rackmuito elevadas, de pelo menos 20kW, e tal ainda não é possível emmuitas aplicações. Contudo, a refrigeração líquida deverá ser tida em conta sempre que for viável, porque traz muitas vantagens – a refrigeração em servidores geralmente está nos 30º ou 40º, mas se conseguirmos atuar diretamente sobre o servidor falamos de temperaturas de 70º ou 80º, um valor de temperatura que é muito atrativo para uma posterior reutilização do calor e para reduzir a PUE – o valor que mede a eficiência da utilização de energia de um Data Center – dos atuais 1.3 ou 1.4 para 1.10 ou 1.15. O ARREFECIMENTO É INCONTORNÁVEL – POR ISSO TEMOS DE APRENDER A TORNÁ-LO EFICIENTE É sabido que os refrigerantes têm um grande impacto sobre omeio ambiente; contudo, são absolutamente incontornáveis para o funcionamento dos Data Centers. Tendo em conta que a União Europeia lançou recentemente uma nova legislação que limita a utilização de gases fluorados – os tradicionalmente mais utilizados na refrigeração –, todos os operadores de Data Center serão obrigados a tomar uma decisão quanto aos materiais e produtos que vão utilizar daqui para a frente. Ainda que os gases fluorados permaneçam no mercado, a sua utilização pode hipotecar o futuro do Data Center, trazendo consequências negativas a nível de limitação da operação e também financeiras. Por outro lado, outro ponto muito importante para promover a eficiência do arrefecimento dos Data Centers é a capacidade de reaproveitar o seu calor. Temos já alguns exemplos, sobretudo nos países nórdicos, em que se pratica de forma generalizada o district heating – a implementação de um sistema de distribuição de calor, gerado num local centralizado e através de um sistema de tubos isolados, para aquecimento residencial e comercial, seja da temperatura ambiente ou da água. Tambémé possível reaproveitar o calor dos Data Centers para ajudar empresas e instalações do setor industrial. Contudo, na zona ibérica isto ainda é complicado, porque é preciso um determinado nível de apoio por parte do Estado que demomento não existe – mesmo tendo o calor disponível, é necessário estar em contacto com as empresas que nos rodeiam para perceber onde é possível ajudar. Se temos disponível um calor de 40º, porque não o utilizamos para aquecer outras empresas ou até residências próximas, mesmo que só no inverno? Esta é uma questão premente, mas depende totalmente de uma mudança nas nossas infraestruturas e sua gestão, pelo que a ação do Estado é indispensável – e, a nosso ver, urgente. Em resumo, nos dias de hoje, umData Center eficiente é umData Center que tira o maior proveito do seu arrefecimento, esta realidade traz benefícios a todos os níveis – não só para o bolso dos seus operadores, mas também para o planeta em si. É hora de olhar para esta questão emprofundidade, e felizmente já existemmuitas medidas disponíveis de tentar aumentar a eficiência. Não percamos mais tempo! n

24 DOSSIER AR CONDICIONADO “As bombas de calor e os fluidos alternativos serão preponderantes” Num ano de “grandes novidades regulamentares” de ordem energética e ambiental, os fabricantes de equipamentos de ar condicionado apostam em bombas de calor, condicionadores de ar tecnologicamente avançados, fluidos naturais e alternativas aos gases fluorados. Eficiência energética e sistemas inteligentes e conectados (através de tecnologias de controlo digital, por exemplo) são grandes tendências do setor a que as empresas estão já a adaptar-se. Gabriela Costa Os equipamentos de ar condicionado têm-se modernizado através de tendências tecnológicas que evoluem no sentido de cumprir as metas europeias de sustentabilidade. O aumento da utilização de bombas de calor para climatização, por exemplo, está emgrande desenvolvimento na Europa desde que se iniciou a invasão da Ucrânia. Mas como tem evoluído o mercado de ar condicionado nos últimos dois anos, a nível de crescimento, inovação tecnológica e eficiência energética? Segundo revela uma consulta a diversas agências internacionais da EFRIARC - Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado, estima-se que o mercado global de ar condicionado atinja, em 2023, os 177500 milhões de dólares, registando um crescimento de cerca de 6% desde 2021. A nível nacional, e segundo comenta à Revista O Instalador Cláudia Casaca, vice-presidente da EFRIARC, revela-se “um aumento verificado de pessoas formadas nesta área para seremabsorvidas pelo mercado”, quer no projeto ou para instalação. Comumcrescimento de cerca de 20%, o mercado doméstico de ar condicionadomantemuma tendência crescente para a substituição do aquecimento tradicional de queima por bombas de calor, sublinha Cláudia Casaca. Nas construções novas “tem-se verificado cada vez mais a implementação de energias renováveis, tais como a bomba de calor e a aerotermia”, detalha. Os sistemas hidrónicos têmdiminuído de procura “devido ao avanço tecnológico dos sistemas de expansão direta, quer pela tecnologia inverter, quer pela tecnologia de variação de temperaturas de evaporação”, conclui a responsável. Como avança a Associação Portuguesa da Indústria da Refrigeração e ar con-

25 DOSSIER AR CONDICIONADO dicionado, a cadeia de valor do setor representa dois mil milhões de euros, o que corresponde a cerca de 1% do PIB nacional, cabendo ao mercado AVAC 1.500 milhões de euros. Na perspetiva de Nuno Roque, secretário-geral da APIRAC, “a estratégia desencadeada como Green Deal, reforçada com a Renovation Wave e com o programa Fit to 55 e, mais recentemente, com a REpowerUE, com vista à descarbonização da Europa até 2050, veio, sem dúvida, contribuir positivamente para o incremento e penetração das soluções de bomba de calor ar-água no nosso país”. A programação e ação do Fundo Ambiental e, posteriormente, o arranque do PRR (“em que mereceu particular relevância o Programa Edifícios Mais Sustentáveis”), criaram também condições para o crescimento das soluções de bomba de calor ar-água e de calor ar-ar como alternativa a equipamentos menos eficientes e mais poluentes, precisa. CRESCIMENTO DAS VENDAS REFLETE EFICIÊNCIA SUSTENTÁVEL Os dados relativos a 2022 estão ainda sobre reserva de informação, mas “depois de uma estagnação entre 2019 e 2020”, em 2021 as várias categorias de equipamentos do mercado AVAC registam um “crescimento global de quantidades vendidas de 22%”, avança Nuno Roque. O responsável destaca o segmento de mercado de Aquecimento (+103%), onde, face a 2019, se registam crescimentos na comercialização de bombas de calor compactas com depósito (AQS) e de bombas de calor ar-água (AQS) de 98% e de 515%, respetivamente. E realça, na vertente expansão direta, os Multi Split, com crescimentos de 36% (considerando equipamentos exteriores e interiores) e mais 50 mil unidades. Também as vendas globais de Mono Splits (exteriores e interiores), com 17% de variação positiva, traduzem um aumento absoluto de 44 mil “A tecnologia tem vindo a tornar os equipamentos energeticamente mais eficientes e ecologicamente mais competentes” - APIRAC Complexidade simplificada Controlador de aquecimento de piso multizona Honeywell Home HCC100 Cada casa e cada sistema de aquecimento é diferente, mas o controlador HCC100 com Bluetooth® integrado é compatível com vários produtos Honeywell Home, tornando-o aplicável empraticamente qualquer instalação. Torne as integrações e instalações complexas mais fáceis e rápidas com o aplicativo Resideo Pro. O HCC100 permite controlar muitos sistemas, incluindo: COM FIO E SEM FIO AQUECIMENTO E ARREFECIMENTO CALDEIRAS E BOMBAS DE CALOR MULTIZONA FLEXÍVEL Obtenha mais informações sobre o novo HCC100 em resideo.com

26 DOSSIER AR CONDICIONADO equipamentos vendidos em 2021, em relação aos dois anos anteriores, pormenoriza o secretário-geral da APIRAC. Já no segmento Ventilação, são protagonistas as UTAs e Permutadores recuperadores autónomos Ar-Ar, respetivamente com desempenhos de crescimento de vendas na ordem dos 25% e dos 32%, face a 2019. A preocupação ambiental tem estado subjacente à evolução tecnológica, indo ao encontro das metas europeias. De acordo com Cláudia Casaca, o mercado das bombas de calor tem procurado responder com a utilização de fluidos frigorigéneos cada vez mais inofensivos (com GWP, potencial de aquecimento global a tender para 0), como o R32, apontado como a opção do mercado, ou o R290 (propano), não obstante “a preocupação pela sua maior inflamabilidade”, explica a vice-presidente da EFRIARC. Sublinhando que “o aumento de utilização de bombas de calor para climatização está a processar-se acima de dois dígitos nos EUA”, Cláudia Casaca defende que na Europa “esse processo está em grande desenvolvimento desde que se iniciou a invasão da Ucrânia pela Federação Russa”. Na sua opinião, esta propensão do mercado permitirá aumentar a eficiência energética e limitar a queima de combustíveis, “proporcionando uma enorme redução de GEE” (gases com efeito de estufa). A eficiência energética é, de resto, “uma das principais tendências no sector”, como reitera Nuno Roque. A tecnologia é outra, e “tem vindo a evoluir rapidamente para tornar os equipamentos energeticamente mais eficientes e ecologicamente mais competentes”. Segundo o secretário-geral da APIRAC, verifica-se uma aposta “em tecnologias de controlo digital, materiais mais leves e duráveis e designs mais inteligentes, para melhorar o desempenho. E a verdade é que “os sistemas estão cada vez mais inteligentes e conectados”, e podem ser controlados de forma eficiente por meio de smartphones e outros dispositivos. Mais que uma tendência, uma inevitabilidade, “o previsível aumento de temperatura e humidade ambientes no futuro vai implicar a utilização de climatizadores como uma necessidade e não um luxo, como tem sido até agora”, alerta Cláudia Casaca. Para a responsável da EFRIARC a energia fotovoltaica, “apesar de não ser o ar condicionado em climatização, é uma energia que produz eletricidade e que tem aumentado a sua procura”. E não por uma questão “puramente” ambiental, mas também por autonomia energética. Prevê-se ainda o surgimento de “condicionadores de ar tecnologicamente avançados, com inversores e tecnologias de purificação de ar”, avança. Também se assiste “a umesforço de inovação no sentido da utilização de fluidos naturais, tais como o CO2, o hidrogénio e o próprio amoníaco”, garante Cláudia Casaca, e estão-se a desenvolver “sistemas de climatização que não utilizem qualquer fluido frigorigéneo, como seja a refrigeração magnética ou materiais de mudança de fase”.

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28 DOSSIER AR CONDICIONADO O Instalador conversou com a ZERO a propósito de equipamentos de ar condicionado em fim de vida. A má gestão de resíduos contradiz a aposta do setor em gases mais neutros em termos climáticos. Sugerindo que “não é por acaso que existe menos informação sobre equipamentos de ar condicionado”, Rui Berkemeier, deputy director da Associação Sistema Terrestre Sustentável sublinha, em entrevista, que os dados relativos à recolha de equipamentos de regulação da temperatura - categoria que inclui também frigoríficos, congeladores, chillers, radiadores a óleo e distribuidores automáticos de produtos quentes ou frio - revelam que a esmagadora maioria de resíduos registados são de frigoríficos. Ou seja, “há uma quantidade muito grande de equipamentos de ar condicionado que não se consegue perceber onde é que foi parar”. A maior polémica dá-se a nível do gás dos equipamentos de regulação de temperatura que é recolhido, reutilizado ou se perde para a atmosfera, e que é responsável pelo principal impacto ambiental destes equipamentos. Segundo o deputy director, a quantidade de gás proveniente dos aparelhos de ar condicionado que aparece no registo de recolha “é uma fração ínfima da quantidade que é colocada no mercado. Temos dúvidas que a gestão de esse gás esteja a ser feita da melhor maneira, porque não há evidências de que ele seja recolhido”. Acresce que os fluídos refrigerantes “ têm um impacto muito superior ao do dióxido de carbono”, explica Rui Berkemeier, uma vez que “os gases que saem desses equipamentos de refrigeração para a atmosfera são muito menos do que os dos automóveis ou da indústria, mas cada “O GÁS RECOLHIDO PARA TRATAMENTO É UMA FRAÇÃO ÍNFIMA” “A maior parte dos gases recolhidos são enviados para destruição” molécula de gás pode ter efeitos mil vezes superiores a uma molécula de CO2”. Estes gases são, pois, “relevantes em termos de aumento da temperatura do planeta”, pelo que é fundamental a sua recolha e a boa gestão dos equipamentos, conclui. Mas na prática “a maior parte dos gases recolhidos são enviados para destruição, porque são misturados, e é difícil, depois, uma reutilização”. Em termos de regulamentação ambiental, há alterações tecnológicas às quais os equipamentos e as marcas têm de se adequar, defende Rui Berkemeier: novos produtos amigos do ambiente, novas exigências energéticas e, naquela que é uma das mudanças profundas mais significativas no segmento do ar condicionado, novos gases mais neutros em termos climáticos. “Já há novos gases no mercado. É fundamental que as empresas se adaptem o mais rápido possível à sua utilização”, apela o responsável. E verifica-se uma evolução positiva do mercado nesse sentido, estima. A reutilização “émuito importante”, mas sofre também de falta de dados. O que não justifica a existência de tão pouco gás recolhido para tratamento, afirma Rui Berkemeier. A grande questão, aliás, é que “o setor de ar condicionado não está com dados que sejam minimamente percetíveis”, lamenta. Neste contexto, a ZERO “trabalha com as metas da gestão de resíduos eletrónicos que existem”, mas receia que a legislação relativa à recolha de gás e de equipamentos de ar condicionado não esteja a ser cumprida. De momento, ambos “chegam ao fim de vida com um grande ponto de interrogação”, comenta o especialista na área de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos.

30 DOSSIER AR CONDICIONADO O ANO ZERO DO DESEMPENHO ENERGÉTICO E AMBIENTAL Segundo a estratégia apresentada em maio de 2022 pela Comissão Europeia, pretende-se, até ao final da década, reduzir a dependência dos combustíveis fósseis oriundos da Rússia. Para tanto, a CE “pretende duplicar a taxa de implementação de bombas de calor individuais”, de modo a atingir “um total acumulado de dez milhões de unidades nos próximos cinco anos”. Como comenta a vice-presidente da EFRIARC, “sabe-se que os fabricantes de equipamentos de ar condicionado estão a efetuar enormes investimentos no sentido de, para além de melhorarem a eficiência energética dos seus produtos, garantirem o fornecimento desta enorme quantidade num tão curto espaço de tempo”. De referir que atualmente o parque de bombas de calor, de todos os tipos, em Portugal ronda dois milhões de unidades, incluindo unidades reversíveis, de acordo como relatório Heat Pumps Barometer, do EurObserv’ER. Já segundo Nuno Roque, os fabricantes “estão cada vez mais a adotar alternativas aos gases fluorados, como anteriormente o fizeram relativamente aos clorados”. Assiste-se à aposta nos fluidos naturais, como hidrocarbonetos, dióxido de carbono e amoníaco, “dependendo da tipologia de infraestruturas, aplicações, capacidades e potências envolvidas, como alternativas mais ecológicas aos refrigerantes sintéticos”. Para o secretário-geral da APIRAC, considerando o conjunto de diplomas europeus que estão a ser discutidos, e num quadro em que a perspetiva sobre a regulamentação reúne distintas visões (energética, ambientalista, política) que se cruzam com questões tecnológicas ou de recursos, “2023 será um ano de grandes novidades regulamentares para o setor”. Poderemos dizer que “será um ano ‘zero’ para uma nova fase na vida europeia relativamente a questões de ordemenergética e ambiental dos edifícios e dos sistemas e equipamentos que neles coexistem”, concretiza Nuno Roque. Para além da “O previsível aumento de temperatura e humidade ambientes vai implicar a utilização de climatizadores como uma necessidade, e não como um luxo” - EFRIARC Diretiva Europeia para o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD), outros diplomas impactados coma estratégia europeia Repower-UE, que concretiza o plano Green Deal, irão ser alvo de revisão em 2023, designadamente as diretivas de eficiência energética e de energia proveniente de fontes renováveis, conclui. Também a revisão do regulamento europeu para os gases fluorados “será determinante para o funcionamento do mercado”. Em discussão está a redução gradual das quotas de gases fluorados, a inclusão de novos fluidos no regulamento (designadamente com o intuito de promover a utilização de fluidos naturais) e o estabelecimento de novas medidas para prevenir o comércio ilegal de gases fluorados. Espera-se que esta revisão entre em vigor a 1 de janeiro de 2024. Em todas estas dimensões, “as bombas de calor e os fluidos alternativos serão preponderantes da nova realidade à qual as empresas terão de atender e adaptar-se”, sintetiza o responsável da APIRAC. Uma realidade para a qual as preocupações e consequentes passos da indústria de ar condicionado rumo à sustentabilidade, à economia circular e à eficiência energética já estão a contribuir. n

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