BI310 - O Instalador

90 RENOVÁVEIS | BIOMASSA Biomassa: que futuro renovável temos emmãos? A utilização de biomassa florestal residual para produção de energia é tida como um recurso sustentável que apoia a transição energética e as metas climáticas, reduzindo o uso de combustíveis fósseis. Para perceber a importância desta renovável, falamos com Luís Gil, Vice-Presidente do Conselho de Administração do Centro da Biomassa para a Energia (CBE), que nos explica os desafios e ajuda a perceber que oportunidades tem Portugal pela frente. Ana Clara A biomassa, no que se refere à sua valorização essencialmente para fins energéticos, que é o objetivo do Centro da Biomassa para a Energia (CBE), “é um pilar muito importante do mix energético nacional, quer pela sua produção endógena quer pela estabilidade que confere a esse sistema, contribuindo para a independência energética nacional e para a segurança do abastecimento de energia”, começa por dizer Luís Gil. Segundo os últimos dados das Estatísticas Rápidas das Renováveis divulgados pela DGEG, em termos da produção de energia elétrica o contributo da biomassa foi de 11,4% do total das renováveis. “Mas a biomassa é também importante no domínio dos biocombustíveis, apontando os últimos dados para a produção de mais de 325 mil toneladas/ano de biodiesel no nosso País, a partir de óleos virgens e de matéria residual. A potência instalada dos centros electroprodutores a biomassa florestal em Portugal (sobretudo situados na zona Centro) é atualmente de 679 MW (452 MW em cogeração e 227 MW dedicada), com uma produção anual de energia elétrica nos últimos anos superior a 3200 GWh e uma produção mensal na gama 246-281 GWh (segundo estatísticas da DGEG), expressando assim a sua constância e estabilidade sazonal”, contextualiza o responsável. De acordo com dados da DGEG, em 2020, a contribuição das FER no consumo de energia primária foi de 30%.

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