BI307 - O Instalador

56 QUALIDADE DO AR INTERIOR É chegada a hora da QAI? Por todo o mundo, as atenções começam a virar-se para a Qualidade do Ar Interior, muito graças aos indícios, entretanto comprovados pela OMS em dezembro de 2021, que o SARSCoV-2 tem transmissão por via aérea. Ana Fernandes | EFRIARC Nos EUA, com o apoio da Casa Branca, a EPA lançou o 'Clean Air in Buildings Challenge', que enfatiza a otimização do ar novo e a melhoria dos sistemas de filtragem do ar. O governo belga apresentou as linhas gerais de um 'plano de ventilação' para edifícios de comércio e serviços, prevendo amonitorização demonóxido de carbono em espaços fechados e a disponibilização da informação ao público. Em Espanha, iniciativas como a Aireamos sensibilizama sociedade civil e entidades públicas para a mais valia da ventilação de espaços interiores, ou para monitorização do Monóxido de Carbono, como indicador básico dos níveis de ventilação. A relação entre a propagação de agentes patogénicos e a qualidade do ar interior está patente em inúmeros artigos científicos publicados na primeira década dos anos 2000. Mas a ameaça não é apenas patogénica. Mais recentemente, a Aliança Europeia para a Saúde Pública, publicou um estudo onde prova que crianças que vivam em casas com sistemas de aquecimento a gás ou outro combustível fóssil têmmais 24% de probabilidade de sofrer doenças respiratórias crónicas não transmissíveis. Considerando os custos socioeconómicos, o Observatório da Qualidade do Ar Interior francês estima que a influência de um conjunto de poluentes (benzeno, radão, monóxido de carbono, partículas PM2.5) chegaria a um total anual de 19 mil milhões de euros por ano, tendo em conta o impacto direto na saúde, perdas de produção por absentismo e investimento necessário para repor qualidade de vida. A população europeia passa até 90% da sua vida dentro de edifícios, sejam residenciais ou de serviços. Ainda assim, e apesar de fortes evidências como as já referidas, são poucas ou nenhumas, as ações concertadas para uma regulação definitiva da qualidade do ar interior. Ainda assim, em 2022, quando se fala de qualidade do ar interior, fala-se em 'abrir janelas'. Em 2013, a Comissão Europeia encomendou o estudo 'Promoting actions

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