BI342 - O Instalador

ENTREVISTA 29 A fiabilidade e a tecnologia sempre estiveram presentes nos equipamentos da marca. Os produtos fabricados pela MHI são reconhecidos mundialmente pela sua qualidade, fiabilidade e resistência — e, naturalmente, também pelos profissionais portugueses que, todos os dias, instalam os nossos equipamentos. Temos empresas parceiras que já vão na segunda geração e que continuam ligadas a nós e à marca. Esse facto, além de ser uma enorme honra, é uma prova inequívoca de que os equipamentos da MHI merecem a confiança dos nossos clientes profissionais — e, por consequência, dos clientes finais que escolhem a nossa marca. O novo Regulamento F-Gas está a transformar profundamente a cadeia de valor do AVAC. Como é que a Lumelco está a gerir a transição para refrigerantes de baixo GWP, e que impacto real espera ver na operação dos instaladores e projetistas portugueses? Muito bem! Fomos a primeira marca a disponibilizar no mercado português uma bomba de calor que utiliza o fluido CO₂. Contudo, a nível global, a transição não é — nem será — fácil. Os únicos fluidos com baixo GWP são, na sua maioria, inflamáveis ou apresentam características de funcionamento que dificultam a sua aplicação em equipamentos de utilização doméstica, como o próprio CO₂ ou o R454B. Compreendemos que este é um caminho sem retorno — e assim deve ser —, mas acreditamos que não será um processo simples. Naturalmente, esta responsabilidade recai, mais uma vez, sobre os fabricantes e, sinceramente, ainda não vemos alternativas totalmente viáveis, sobretudo para os sistemas domésticos split e multi-split. No que diz respeito à nossa gestão, temos centrado os esforços no cumprimento rigoroso da legislação em vigor e na preparação da nossa equipa técnica, garantindo que todos os colaboradores possuem as certificações necessárias. Paralelamente, procuramos manter os nossos clientes devidamente informados, transmitindo-lhes as atualizações que recebemos tanto da fábrica como da APIRAC, associação da qual fazemos parte. O impacto desta transição será inevitável também para instaladores e projetistas, uma vez que a adoção destes novos fluidos exigirá maior cuidado, tanto na fase de projeto como na instalação. Será essencial reforçar a atenção à segurança, não porque ela hoje não exista, mas porque estamos a lidar com fluidos que possuem características muito distintas das atuais. Os instaladores terão de regressar à formação e obter novas credenciações. E, na minha perspetiva, é fundamental que Não é menos verdade que o nosso setor atravessa atualmente uma fase de grande dinamismo. Toda a legislação que está a ser produzida e aprovada pela Comissão Europeia, com vista à proteção do meio ambiente, exige constantes reajustes na estratégia das empresas, bem como investimentos na formação técnica e na aquisição de ferramentas adequadas. Felizmente, grande parte deste trabalho é desenvolvido pelos fabricantes e, nesse aspeto, temos a sorte de colaborar com algumas das melhores marcas do setor. Este facto permite-nos, uma vez mais, encarar o mercado com a serenidade de que falei no início. A parceria com a Mitsubishi Heavy Industries é uma das mais duradouras e consistentes do setor. Que impacto tem esta aliança no desenvolvimento tecnológico e na perceção de fiabilidade junto dos clientes profissionais? A Mitsubishi Heavy Industries (MHI) foi a primeira marca a entrar no mercado português com a tecnologia de “bomba de calor”. Os primeiros equipamentos passaram pela Alfândega Portuguesa no ano de 1983. Naquela altura, os equipamentos de ar condicionado existentes destinavam-se apenas ao arrefecimento e, quando havia necessidade de aquecimento, este era conseguido através do apoio de resistências elétricas. Ao longo destes 42 anos, os equipamentos evoluíram de forma extraordinária. A marca tem sabido utilizar toda a experiência acumulada — não só no mercado português, mas também a nível internacional — para desenvolver soluções que respondem às expectativas e necessidades das pessoas. Essa perceção do que o mercado procura é transmitida à marca por nós, os importadores, que estamos diariamente no terreno. A verdade é que a nossa relação com a MHI é muito próxima e produtiva.

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