BI342 - O Instalador

“Estamos aqui para celebrar um amor comum — o amor a um material que completa este ano 200 anos de história”, afirmou José Dias, presidente da APAL, sublinhando o contributo do setor para a economia circular e para a neutralidade carbónica. Diante de governantes, especialistas e líderes industriais, o responsável destacou o papel da APAL em promover um futuro sustentável para as empresas portuguesas. O secretário de Estado Adjunto e da Energia, Jean Barroca, reforçou a importância estratégica do alumínio na transição energética nacional, lembrando que este material é essencial nas estruturas fotovoltaicas, turbinas eólicas, carregadores elétricos e sistemas de armazenamento. “Mais do que um metal, o alumínio é um símbolo de inovação e esperança”, afirmou. DA DESCOBERTA À MODERNIDADE Isolado pela primeira vez em 1825 pelo cientista Hans Christian Ørsted, o alumínio evoluiu de curiosidade de laboratório para motor da modernidade industrial. Hoje, 75% do alumínio alguma vez produzido continua em uso — prova da sua durabilidade e circularidade. Durante o primeiro painel, moderado por Luís Ribeiro, especialistas do LNEC, da European Aluminium e da QUALICOAT recordaram como este metal transformou a arquitetura, a mobilidade e a indústria europeia. Armando Pinto, do LNEC, destacou que “sem o alumínio não teríamos uma arquitetura tão transparente e iluminada como a que temos hoje”. Já Bernard Gilmont alertou para a necessidade de uma regulação europeia “realista e adaptada às especificidades do setor”. ENTRE A AMBIÇÃO E O REALISMO O segundo painel abordou o impacto das políticas europeias de sustentabilidade e regulação ambiental. Paul Warton, presidente da European Aluminium, foi claro: “O mecanismo CBAM, tal como está, não protege a indústria europeia e ameaça a sua competitividade”. Defendeu, por isso, uma política de resíduos eficaz e o investimento em tecnologias limpas, como a fusão com hidrogénio verde. Aline Guerreiro, CEO do Portal da Construção Sustentável, reforçou o valor ambiental do alumínio: “É infinitamente reciclável, mantém as suas propriedades e a sua reciclagem consome apenas 5% da energia da produção primária”. A conferência da APAL deixou uma mensagem clara: o alumínio é o metal do futuro — essencial para a descarbonização, a eficiência energética e a sustentabilidade da indústria europeia.n Pode ler a reportagem completa no website da revista O Instalador: www.interempresas.net/a612797 26 REPORTAGEM | APAL DO METAL DO FUTURO AO MOTOR DA DESCARBONIZAÇÃO O setor do alumínio português reuniu-se na Fundação Champalimaud, em Lisboa, para celebrar dois séculos de um material que continua a moldar o mundo — e que hoje assume um papel central na transição energética e na construção sustentável. Organizada pela APAL – Associação Portuguesa do Alumínio, a conferência “200 Anos de Alumínio” mostrou como este metal “infinitamente reciclável” é hoje um motor da descarbonização e da competitividade industrial europeia. Gabriela Costa

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