BI340 - O Instalador

ENTREVISTA 29 Como descrevem a evolução da Be Air nos últimos anos? O que distingue a empresa no mercado nacional, especialmente nas áreas de climatização e energias renováveis? A Be Air, nos últimos anos, tem primado por um crescimento acentuado em termos de volume de vendas, o que se traduz também num aumento dos nossos quadros de recursos humanos. O que nos distingue no mercado nacional é a nossa dinâmica e organização enquanto empresa. Contamos com uma equipa jovem e especializada, cujo principal foco é o cliente. O nosso departamento técnico, formado por engenheiros mecânicos, é responsável pela validação e oferta de produto técnico, que, em parceria com o nosso departamento comercial, são promovidos e divulgados junto dos nossos clientes-alvo. Pretendemos sempre oferecer ao cliente uma solução que vá ao encontro das suas reais necessidades. Trabalho em equipa, uma equipa técnica especializada, produtos inovadores e eficientes, a par de um bom acompanhamento pré e pós-venda, são os principais fatores para o nosso sucesso. Atualmente, qual é o peso relativo dos segmentos de climatização, sistemas fotovoltaicos e tratamento de água no vosso portefólio? Algum deles tem crescido mais rapidamente? Os segmentos da climatização e dos sistemas fotovoltaicos são os que representam um maior volume de vendas, sendo o tratamento de água uma complementaridade dos nossos produtos. O segmento dos sistemas fotovoltaicos é, sem dúvida, o setor que mais tem crescido e evoluído em termos tecnológicos. O recente aumento do IVA para sistemas de climatização e energias renováveis tem-se refletido numa menor procura? Como têm sentido essa mudança do ponto de vista comercial? Do ponto de vista comercial, até ao momento, não sentimos impacto. Houve uma grande procura de produto antes da transição da taxa de IVA de 6% para 23%. Atualmente, estando no pico do verão — meses tipicamente fortes, sobretudo na climatização —, continuamos com a taxa de crescimento que tínhamos perspetivado para este ano. A longo prazo é motivo de preocupação, pois o acréscimo de 17% na fatura, em virtude desta alteração no valor do IVA, para o consumidor final, vai traduzir-se num menor poder de compra. Num contexto global marcado por instabilidades geopolíticas — como a guerra na Ucrânia, tensões no Mar Vermelho e conflitos no Médio Oriente —, como é que estas situações têm afetado as vossas cadeias de abastecimento e custos logísticos? Os custos logísticos têm aumentado bastante, o que implica, da parte do nosso departamento de compras, uma negociação quase diária com as diferentes transportadoras com que trabalhamos. Os nossos principais fornecedores são maioritariamente europeus ou têm postos de armazenamento na Europa, pelo que os prazos de entrega de produto nos nossos armazéns logísticos já estabilizaram. Sentimos mais esse impacto quando se iniciou a guerra na Ucrânia. Relativamente aos conflitos do Médio Oriente, este sempre existiu, com maior ou menor gravidade, o que não afetou, para já, as nossas cadeias de abastecimento. TECNOLOGIA E INOVAÇÂO Que tendências tecnológicas estão a moldar o setor AVAC em Portugal? Existem áreas emergentes onde a Be Air está a investir de forma particular? Em Portugal, o setor AVAC tem sido moldado maioritariamente por tendências globais e externas. A eficiência energética e as tendências digitais são, sem dúvida, as forças impulsionadoras deste mercado. O conceito de “Casa Inteligente” e os sistemas de monitorização são áreas em que apostamos, procurando sempre otimizar o consumo de recursos energéticos nas soluções que disponibilizamos ao cliente. Consideramos de extrema importância a modernização deste setor e é nosso compromisso acompanhar os avanços científicos e tecnológicos na especialidade. Que novidades podemos esperar da Be Air para este último trimestre de 2025 e para 2026, em termos de novas marcas, produtos ou tecnologias? Contamos manter-nos fiéis às atuais marcas que representamos e nas quais acreditamos. As principais novidades serão na nossa marca própria, Be Pro, onde serão introduzidos novos produtos. As principais novidades serão sempre no ramo do fotovoltaico, onde irão surgir novos produtos associados a novas tecnologias. É um setor com uma dinâmica quase imprevisível… Quais são, na vossa perspetiva, as principais preocupações do setor AVAC em Portugal atualmente? Neste momento, a principal preocupação prende-se com a alteração da taxa de IVA e com o facto de o nosso mercado nacional se tornar aliciante para os concorrentes “A eficiência energética e as tendências digitais, são sem dúvida, as forças impulsionadoras deste mercado”

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