BI338 - O Instalador

OPINIÃO 76 toneladas, são equivalentes a 23% do carvão consumido no sector energético da UE no mesmo período. DIMINUIÇÃO NO CONSUMO DE CARVÃO E GÁS NO SECTOR ENERGÉTICO DA UE Só em 2024, sem a energia eólica e solar instalada desde o ano anterior, o consumo de gás e carvão no sector energético da UE teria sido 11% superior. Nos primeiros cinco anos do Pacto Ecológico Europeu, a importância do carvão no cabaz energético da UE diminuiu significativamente: de 16% do cabaz energético da EU, em 2019, para menos de 10% cinco anos depois. As quedas acentuadas da energia a carvão nos últimos dois anos anularam os aumentos temporários em 2021 e 2022 resultantes da crise do gás. Nos últimos cinco anos, Áustria, Suécia e Portugal eliminaram gradualmente o carvão do seu cabaz de eletricidade. Em 2024, o carvão representava menos de 5% da produção de eletricidade em 16 países, dez dos quais não tinham centrais elétricas a carvão em funcionamento. Esta é uma mudança em relação a 2019, quando o combustível mais sujo forneceu menos de 5% da produção de energia em 12 países e sete não tinham carvão. Uma nova vaga de encerramentos de centrais a carvão está iminente: mais 11 países da UE anunciaram a eliminação total do carvão do seu cabaz de eletricidade nos próximos cinco anos. Isto significa que, em 2030, apenas sete países continuarão a utilizar carvão, com o encerramento, até essa data, de pelo menos 34GW dos restantes 101GW de centrais a carvão em funcionamento. Desde o início do Pacto Ecológico Europeu, a energia do gás tem vindo a diminuir de forma consistente. O declínio foi generalizado, com o gás a diminuir a sua quota no cabaz de 19 dos 27 Estados-Membros da UE entre 2019 e 2024. Em 2019, o gás fóssil forneceu 20% da energia da UE (569TWh) e foi a segunda maior fonte de eletricidade da UE, depois da nuclear. Em 2024, o gás tinha diminuído um quarto, caindo para o terceiro lugar com uma quota de 16% (430TWh). O declínio da energia a gás tem sido um factor importante na redução do consumo de gás na UE desde a crise energética e na redução da dependência da UE da energia russa. A procura total de gás na UE diminuiu 20% nos últimos cinco anos, tendo cerca de um terço desta diminuição ocorrido no sector da energia. Em 2024, prevê-se que a procura global de gás se mantenha quase estável, uma vez que a redução da utilização de gás para fins energéticos compensa a recuperação do sector industrial. Apesar deste progresso, o gás russo ainda representava 14% do consumo total de gás da UE em 2024 (contra cerca de 50% em 2019). De facto, as importações de gás da Rússia (incluindo gasodutos e gás natural liquefeito) aumentaram 18% em 2024, de 38 bcm em 2023 para 45 bcm, principalmente devido ao aumento das importações para Itália (+4 bcm), Chéquia (+2 bcm) e França (+1,7 bcm). Só o sector da energia consumiu aproximadamente 88 bcm de gás em 2024. Destes, cerca de 10 bcm (12%) eram

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