23 tos, favorece a colaboração multidisciplinar e o uso de dados para refinar decisões e com simulações (energia, conforto térmico, estrutura), além de tornar os projetos mais sustentáveis”. Associando estas ferramentas à IA “é-nos permitido gerar, otimizar e adaptar formas com base em dados e padrões. Em cidades inteligentes, a IA pode ajustar regras de gramática em tempo real com base em sensores urbanos (Internet of Things), promovendo soluções adaptativas e eficientes. O objetivo foi o de demonstrar como estas ferramentas são complementares ao trabalho do arquiteto. A sua força está na integração com outros métodos e tecnologias, como o BIM e a IA, oferecendo soluções mais precisas, inteligentes e contextuais. O sucesso depende da capacidade do projetista de escolher e combinar essas ferramentas de acordo com o desafio enfrentado”. DA TEORIA À PRÁTICA Apesar de ainda não existirem exemplos implementados com esta abordagem em Portugal, a arquiteta revela que “é o que queremos criar” e aponta que as bases tecnológicas já existem. “Atualmente, ferramentas como Dynamo (Revit) e Grasshopper (Rhino), frequentemente integrados com linguagens de programação como Python, permitem a incorporação de algoritmos de ML para explorar centenas de variações formais baseadas em critérios como iluminação natural, conforto térmico e eficiência estrutural”. "Embora o Revit, por si só, não disponha de funcionalidades nativas de ML, soluções como o Autodesk Generative Design permitem fluxos de trabalho baseados em lógica evolutiva, sendo também integráveis a modelos preditivos treinados externamente (por exemplo, com TensorFlow ou scikit-learn – bibliotecas de código aberto ‘open-source’ amplamente utilizadas em ML e IA". Para Célia Maia, a chave do sucesso está na capacidade do projetista em combinar estas ferramentas de forma crítica e estratégica: “A força desta abordagem está na sua complementaridade com métodos já consolidados, como o BIM. Não se trata de substituir o arquiteto, mas de ampliar o seu potencial criativo com o apoio da inteligência computacional”. O caminho para este novo paradigma está em construção, e o trabalho apresentado na CEAC 2025 é mais um passo nesse sentido. O objetivo? Um projeto mais inteligente, sustentável e alinhado com os desafios do século XXI. n
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