BI319 - O Instalador

OPINIÃO 59 osmose natural, além de eliminar os sais da água, são eliminados os fungos, bactérias e vírus. É o processo mais utilizado atualmente para dessalinização da água. • Eletrodiálise: processo que separa os íons (ânions e cátions) de soluções aquosas na presença de um campo elétrico através de uma membrana semipermeável. Diferente da osmose diversa, a eletrodiálise separa o sal da água, contudo não elimina bactérias e fungos. • Nanofiltração: É um processo que utiliza membranas de nanotubos commaior permeabilidade do que a osmose reversa, o que permite processar mais água em menos espaço usando menos energia. Tais membranas são fabricadas com compostos sulfonados que, além do sal, removem vestígios de poluentes. • Formação de hidratos gasosos: Os hidratos gasosos são cristais sólidos que se formam ao combinar a água com um gás, como o propano, em condições de alta pressão e baixa temperatura. Durante o processo desaparecem todos os sais e impurezas presentes na água e, ao elevar a temperatura, é possível recuperar o gás, permanecendo a água doce. A ideia de tirar sal a água para obter água potável é quase tão velha como o Mundo pois a ela já se referiram Aristóteles e Da Vinci. Foi também uma técnica usada para ter água potável a bordo dos navios dos Descobrimentos, mas só com a Revolução Industrial ganhou peso específico. Mais recentemente deve-se a países como Israel, Austrália, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Catar, Estados Unidos, Brasil e Espanha a generalização desta forma de obter água potável. No mundo inteiro há mais de 15 mil centrais dessalinizadoras que produzem 86 milhões de metros cúbicos de água por dia. Só em Espanha haverá umas 700, Em Portugal temos há 40 anos uma central no Arquipélago da Madeira e o actual Governo avançou a intenção de criar outra em Albufeira. Os grandes problemas da dessalinização no estado actual de desenvolvimento tecnológico são os resíduos que gera e o elevadíssimo consumo de energia, em especial quando se faz a osmose invertida. Esse resíduo é a salmoura, água residual com uma elevada concentração de sal e poluentes, que em muitos casos é despejada no mar, afetando os ecossistemas, calculando-se que sejam despejados 142 m3 de salmoura por dia. Também existe o risco de filtrações que podem contaminar os aquíferos da costa. Para cada litro de água potável produzido, estima-se que são criados cerca de 1,5 litros de líquido poluído com cloro e cobre. Esta água residual (conhecida como “concentrado”) é duas vezes mais salina

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