BI300 - O Instalador

94 RENOVÁVEIS: BIOMASSA | ESPECIAL EXPOBIOMASA superiores. Esse estudo, recentemente concluído, e apresentado aos seus municípios associados, procura agora estrategicamente 'encaixar' em linhas financiadoras para a sua implemen- tação na região. Estrategicamente o projeto visa: • Otimizar a exploração do elevado potencial para a exploração da bio- massa florestal residual • Criação de uma cadeia de valor de biomassa, reforçando a logística atra- vés de uma rede para a recolha e tratamento primário da biomassa residual • Melhorar as condições de forneci- mento ao consumidor • Contribuir para a redução da área ardida em Portugal. Na continuação da sua linha estraté- gica de projetos na área da biomassa para a região, a ENERAREA juntamente com um grupo de entidades públi- cas e privadas de Portugal e Espanha, desenvolvem atualmente o projeto de cooperação territorial transfron- teiriça, designado de GEFRECON, GEstão FloREstal CONjunta, que, além de pretender promover a redução do risco de incêndio florestal no territó- rio POCTEP, visa mobilizar recursos para a implementação de ações para que se alcance a gestão agrupada dos territórios florestais e se minimize o risco de incêndio, valorizando os subprodutos da floresta, designada- mente, a biomassa florestal residual proveniente de ações de gestão flo- restal, como desbastes, desramações e corte final (ramos, bicadas e cascas), bem como os matos sob coberto e em áreas de incultos e a madeira sem valor comercial proveniente de áreas percorridas por incêndios. Comefeito, uma gestão florestal susten- tável é essencial para prevenir incêndios, mas também deve garantir rentabili- dade económica, tanto para a floresta de produção como para a floresta de conservação, e o papel da biomassa florestal residual assume aqui uma enorme importância. Neste âmbito, o GEFRECON aposta na implementação de planos conjuntos, assentes emestratégia territorial supra- municipal. Encontram-se emcurso cinco planos-piloto de gestão conjunta do território, sendo que dois destes decor- rem emPortugal, umpromovido pela RNAE/ENERAREAno territóriodas Beiras e Serra da Estrela, e o outro pela CIM Alto Minho no seu território. Os parcei- ros envolvidos neste projeto adquiriram maquinaria florestal que colocaram à disposiçãodosmunicípios do seu territó- rio para ações de silvicultura preventiva e operações de limpeza resultantes de podas e atividades agrícolas. Foi ainda desenvolvido recentemente pela ENERAREA, em estreita cola- boração com os restantes sócios, do projeto uma ferramenta para avaliar os recursos florestais existentes nos territórios abrangidos pelo projeto. O GEFRECON_SIG, disponível em http://www.sigamcb.pt/visualizador/ gefrecon, tem como objetivo avaliar e analisar possibilidades de gestão conjunta, calculando o potencial de biomassa florestal residual, permi- tindo mobilizar recursos para uma gestão conjunta das áreas florestais sem qualquer tipo de gestão ou em situação de abandono. Omodelo concetual que permitiu criar a ferramenta sig permite ainda fazer uma análise aos custos de recolha e transporte da biomassa residual desde o local de corte até ao centro de logís- tica ou ao local de aproveitamento. A ENERAREA está também envolvida no projeto 'Biofrontera II' – no âmbito da iniciativa Interreg V A POCTEP -, que aposta numa estratégia terri- torial energética e ambiental, bem como na criação de um projeto piloto Espanha/Portugal de monitorização, vigilância/rescaldo, utilizando dro- nes equipados com câmaras NDVI e câmaras térmicas e sensores lidar. Dar nota que também este projeto prevê a aquisição de equipamen- tos contra incêndios e proteção de infraestruturas. ‘’O conjunto de projetos na área flores- tal temumorçamento participativo da ENERAREA de cerca de 350,000.00 euros, que estrategicamente podem alavancar diretamente projetos em mais de 5.000.000,00 euros, e que no entendimento da ENERAREA são enquadráveis comas necessidades pre- mentes do território Beiras e Serra da Estrela e que devem ser implementa- dos através do Plano de Recuperação e Resiliência, em parceria com enti- dades locais’’, refere Carlos Santos, diretor da Agência. n

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