A Sociedade Ponto Verde (SPV) defende a revisão do financiamento e do sistema de gestão de resíduos urbanos em Portugal. As observações da auditoria feita pelo Tribunal de Contas (TdC), dadas a conhecer na semana passada sobre este tema, reforçam a necessidade de encontrar novas formas de funcionamento para que o país cumpra as metas ambientais assumidas ao nível da União Europeia.
A necessidade de evoluir para fontes de financiamento que envolvam novos sistemas de tarifas como o PAYT (pay as you throw – pague por aquilo que deita fora) e de diferenciar, em termos de valorização financeira, o grau de reciclabilidade das embalagens, estimulando a inovação e penalizando as que são mais difíceis de reciclar, são algumas das observações que estão em linha com o modelo defendido pela SPV.
Esse modelo assenta na necessidade de, através da inovação e da digitalização, serem desenvolvidas novas abordagens para o setor da gestão dos resíduos urbanos, em particular do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE), do qual a SPV faz parte. A melhoria nos sistemas de recolha, nos processos de triagem e do serviço ao consumidor são algumas das áreas onde será necessário investir nos próximos anos.
O relatório reconhece ainda que “no que respeita aos objetivos de valorização e reciclagem fixados para os resíduos de embalagens e, em particular, para os resíduos de plástico, as metas definidas para 2011 e posteriormente mantidas, têm sido realizadas”. A SPV cumpriu as metas definidas na sua licença, tendo atingido em 2020 e 2021, respetivamente, 42,4% e 51,3% de taxa de reciclagem de embalagens de plástico, superando os 22,5% fixados. Ainda assim neste segmento há necessidade de evoluir para cumprir com as futuras e mais exigentes metas europeias.
www.oinstalador.com
O Instalador - Informação profissional do setor das instalações em Portugal