Como é sabido o setor dos edifícios é responsável pelo consumo de aproximadamente 40% da energia final na Europa, mas 40% do consumo global em edifícios pode ser reduzido através de medidas de eficiência energética. Importa explorar todo o potencial inerente à instalação, manutenção e monitorização do funcionamento dos sistemas técnicos em edifícios, de modo a promover não só a rentabilização em consumos relacionados com a energia térmica, mas também obter índices que permitam verificar o grau de cumprimento nacional no plano do desempenho térmico dos edifícios.
Existe um objetivo claro de reduzir a dependência das importações de energia para 65% até 2030, o que é bastante ambicioso, tendo em conta que Portugal tem atualmente uma dependência de importação de energia na ordem dos 80%. Tal desiderato é, no entanto, possível, já que, a aposta estrutural nas renováveis prevê que em 2030, 47% do consumo energia utilize fontes de energia alternativa, o que é significativamente acima dos 42% programados pela UE. Agora, há que dar consistência às metas definidas com medidas que assegurem a sua concretização.
As tecnologias das Bombas de Calor podem dar resposta à procura de energia nas aplicações residenciais e comerciais, bem como em processos industriais, sem perda de conforto ou qualidade. Oferecem uma oportunidade real para cobrir a lacuna existente entre o nível de ambição atual e os objetivos climáticos e de energia da União Europeia e do Mundo.
As Bombas de Calor atuais utilizam energia renovável, permitem reduzir a procura global de energia primária e ainda reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. A sua utilização tem como resultado impacto positivo na criação e manutenção de emprego e, quando conectadas a redes inteligentes, promovem a utilização em larga escala de eletricidade proveniente de fontes de energia renovável, fornecendo capacidade de resposta à procura.
Convém ter presente que a promessa de eliminar gradualmente subsídios dirigidos à produção e consumo de energia fóssil ineficiente é, entre outros, parte do compromisso da política energética europeia e integrante da União Energética. Enquanto de se aguarda que os decisores políticos corrijam o mercado de energia, altamente distorcido, o potencial das tecnologias das Bombas de Calor pode tornar-se realidade.
Com a incorporação das Bombas de Calor no Anuário Energético Nacional, o contributo da energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto de energia em 2018 ficou em 29,2%. As Bombas de Calor constituem assim um forte argumento para que Portugal continue a apostar numa estratégia baseada em fontes de energia renovável rumo a uma economia neutra em carbono, já que a meta prevista no PNEC para 2020 de 31% ficou ao “virar da esquina”, e bastante confortável para objetivo da UE de 32% de energia proveniente de fontes renováveis em 2030.
É neste contexto que a indústria tecnológica de Bombas de Calor invoca o Governo para a ação, designadamente:
O Governo Português não pode deixar de agir e temos soluções para ajudar!
Apesar da meta híper ambiciosa que Portugal estabeleceu para si mesmo de 47%!... poderemos dizer que, no que nos diz respeito, com as Bombas de Calor vamos lá!
Nuno Roque.
As tecnologias das Bombas de Calor podem dar resposta à procura de energia nas aplicações residenciais e comerciais, bem como em processos industriais, sem perda de conforto ou qualidade
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