Neste enquadramento, tornou-se imperativo existir uma colaboração intensa entre as mais diversas entidades, estas com saberes e experiências tão diversos quanto o exigido, para se garantir a complementaridade necessária face ao aperfeiçoamento/otimização do ativo sob intervenção.
Neste espírito, o IEP foi desafiado para se envolver num trabalho pluridisciplinar que consistiu em mapear a superfície tridimensional exterior, identificar na superfície a posição e determinar a profundidade a que certas estruturas específicas se encontravam no interior de uma pá eólica. Para se concretizar esse conjunto de tarefas foram utilizadas diversas tecnologias, tais como termografia dinâmica, ultrassons e batimetria laser.
Na implementação da termografia dinâmica o grande obstáculo para a sua concretização passa por gerar, da superfície da pá para o interior, um gradiente de temperatura homogéneo. Os métodos de inspeção termográfica explorados permitiram-nos obter resultados interessantes e conclusivos através de três processos de aquecimento diferentes. Contudo esta identificação, por si só, não era suficiente para o resultado final pretendido.
Neste enquadramento, as três entidades que cooperaram neste trabalho, tinham por objetivo conseguir uma solução técnica que permitisse melhorar o desempenho aerodinâmico das pás eólicas em estudo. Assim, a componente de termografia, que o IEP domina, em colaboração com a outra empresa do Grupo, a AJLima, conseguimos localizar a posição e a profundidade a que se encontravam certas estruturas no interior do elemento sob análise. Uma terceira entidade, especialista em reconstrução 3D através de batimetria laser, conseguiu determinar com exatidão a estrutura externa da pá sob estudo.
Figura 1. Termografia dinâmica numa pá de um aerogerador. Foto: IEP
Como resultado desta colaboração foi efetivamente possível identificar as duas zonas onde a estrutura superior é ligada à estrutura inferior, medimos a sua espessura nessas zonas e na sua vizinhança e também foi possível reconstruir a pá obtendo um modelo 3D para posterior intervenção.
Esta cooperação e colaboração de entidades especialistas nas suas áreas de atividade permite que a indústria evolua de forma mais rápida e assertiva, contribuindo de um modo factual para equipamentos eólicos mais eficientes e para uma maior descarbonização da economia.
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