Energy Performance of Buildings Directive
A APIRAC colabora com a DGEG e ADENE na transposição da EPBD
Nuno Roque | Secretário-Geral da APIRAC20/01/2020
Aproveitando o calendário existente e a convite do Diretor-Geral de Energia e Geologia, agora que se encontra em trabalho e discussão a transposição da Diretiva EPBD, a APIRAC apresentou à DGEG as suas propostas.
Num primeiro momento, a APIRAC submeteu documento em que realçou seis aspetos fundamentais da EPBD, fornecendo pormenores sobre as medidas a aplicar, bem como recomendações sobre as boas práticas a serem utilizadas, a fim de harmonizar a interpretação com os restantes Estados-membros da UE. Procurámos ainda responder a questões específicas lançadas pela DGEG.
Posteriormente e depois de nova reunião de trabalho, a APIRAC correspondeu a nova solicitação para a disponibilização de comentários específicos sobre o processo de transposição da diretiva EPBD, o que permitiu ampliar os contributos associativos e a sensibilidade do Setor.
A Refrigeração é uma parte essencial e determinante na qualidade de vida da civilização humana. A população mundial atingiu os 7,7 biliões, podendo aumentar mais 2 biliões até 2050. De acordo com o Banco Mundial, embora menos pessoas vivam em situação de pobreza extrema, quase metade da população mundial — 3,4 bilhões de pessoas — ainda luta para satisfazer as necessidades básicas.
É reconhecido que 10% da população mundial vive abaixo do limiar de pobreza e em situação de fome extrema, e também sabemos que desperdiçamos 40% do que usamos. E se os conservássemos em frio?! Imagine-se ainda um cenário de catástrofe com falta de energia… os produtos armazenados em frio ficariam impróprios para consumo e a fome seria o detonador de uma enorme crise humanitária.
E nos edifícios? No espaço da União Europeia, estes são responsáveis por 40% do consumo energético, sendo que desses, 50% advêm dos sistemas de climatização. A tecnologia que permite uma Refrigeração eficiente fornece duplamente aquecimento e arrefecimento continuamente. Como sociedade, podemos aumentar significativamente a eficiência do aquecimento e arrefecimento, descarbonizando esses serviços completamente se intensificarmos o uso tecnologia que permita reduzir esses valores através de máquinas de Refrigeração, Bombas de Calor, Ar Condicionado.
É reconhecido que 10% da população mundial vive abaixo do limiar de pobreza e em situação de fome extrema, e também sabemos que desperdiçamos 40% do que usamos. E se os conservássemos em frio?! Imagine-se ainda um cenário de catástrofe com falta de energia… os produtos armazenados em frio ficariam impróprios para consumo e a fome seria o detonador de uma enorme crise humanitária
A Diretiva (UE) 2018/844 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018 - Energy Performance of Buildings Directive -, veio reforçar as medidas já propostas aos vários estados membros em 2010, com um enorme foco nos edifícios com necessidades quase nulas de energia (NZEB), sejam eles novas construções (obrigatório em edifícios públicos a partir do início de 2019 e em edifícios privados a partir do início de 2021) ou grandes reabilitações nos edifícios existentes.
Esta Diretiva realça o papel determinante da automatização dos edifícios para se atingir essa classificação NZEB, criando ainda um indicador de aptidão para tecnologias inteligentes (SRI), a ser utilizado para medir a capacidade dos edifícios para utilizar tecnologias de informação e comunicação e sistemas eletrónicos, com o propósito de adaptar o funcionamento do edifício às necessidades dos ocupantes e à rede, bem como para melhorar a sua eficiência energética e o seu desempenho global.
