Universidade de Coimbra instala painéis solares para reduzir CO2
A Universidade de Coimbra continua focada em adotar soluções «amigas» do ambiente. Desta feita, investe em painéis fotovoltaicos, com o objetivo de reduzir o CO2.
A utilização de 1.812 painéis solares na Faculdade de Ciências e Tecnologia vai permitir uma poupança de 182 toneladas de CO2 por ano, adianta a Universidade de Coimbra, citada pela Lusa, e que quer investir na energia fotovoltaica noutros polos da instituição.
Os sistemas instalados em seis edifícios da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FTUC) têm uma potência combinada de 430 quilowatts e uma produção anual suficiente para um veículo elétrico percorrer cinco milhões de quilómetros, disse o vice-reitor e ex-diretor daquela faculdade, Luís Neves, salientando que se estima um retorno financeiro anual de 112 mil euros.
Esta terça-feira foram inaugurados os últimos dois dos seis sistemas fotovoltaicos instalados no Polo II, num investimento total de 750 mil euros nesta tecnologia.
Segundo Luís Neves, o investimento da FCTUC na energia fotovoltaica arrancou em 2012 e, entre 2012 e 2019, a instituição registou um retorno financeiro cumulativo de 392 mil euros e uma redução cumulativa de emissões de 595 toneladas de CO2.
Na conferência de imprensa, o reitor da Universidade de Coimbra (UC), Amílcar Falcão, salientou que a instituição "não acordou ontem para os problemas ambientais".
A UC pretende continuar a investir na energia fotovoltaica, para alcançar o objetivo de ser a primeira universidade portuguesa neutra em carbono até 2030, referiu.
No Polo III, a Universidade de Coimbra está a trabalhar com a Câmara Municipal de Coimbra e deve avançar em breve com sistemas fotovoltaicos naquele local, apesar de nem todos os edifícios poderem ter painéis instalados, notou.
No Polo I, face à questão da classificação como Património Mundial, será necessária a articulação com a Direção Regional de Cultura do Centro por forma a identificarem-se os locais e edifícios onde pode ser possível instalar os sistemas, referiu.
Questionado sobre a mobilidade na Alta de Coimbra, onde há uma grande concentração de veículos e de autocarros de turistas que ali param, Amílcar Falcão informou que a UC está em diálogo com a Câmara de Coimbra para encontrar soluções de mobilidade naquela zona da cidade.
Para Amílcar Falcão, a Universidade de Coimbra mantém "firme a intenção de olhar para as alterações climáticas como o maior problema" que a sociedade enfrenta e a aposta na energia fotovoltaica é apenas uma de várias medidas da instituição para fazer face à situação.