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Dados são da ALER

Moçambique: mercado das renováveis com mais dinamismo

08/10/2019
De acordo com a Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER), o mês de setembro de 2019 foi marcado pela entrada de dois novos players no mercado moçambicano de energias renováveis.
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Ao nível do on-grid (centrais ligadas à rede) foi inaugurada a Central solar de Mocuba, na província da Zambézia, com capacidade de 40 MW que serão injetados na rede elétrica nacional.

Este projeto, realça a ALER, «cobre uma área de 200 hectares, dos quais 170 ocupados por painéis, irá produzir 79 GWh de energia limpa para 175 mil clientes no Norte de Moçambique»

O projeto resulta de uma parceria público-privada entre a empresa norueguesa Scatec Solar com 52,5%, a EDM (Associada da ALER), com 25% e a agência de desenvolvimento norueguesa, Norfund, com 22,5%.

O custo total foi de 76 milhões de dólares, financiado com capitais próprios no valor de 14 milhões de dólares, uma subvenção de 7 milhões de dólares e 55 milhões de dólares de dívida, repartida em 19 milhões de dólares da International Finance Corporation (IFC), um empréstimo concessional de 19 milhões de dólares do Climate Investment Fund e um empréstimo sindicalizado de 17 milhões de dólares do Emerging Africa Infrastructure Fund (EAIF). O contrato de compra da energia solar foi assinado entre a central solar de Mocuba e a EDM e tem a duração de 25 anos.

De acordo com as previsões, «este projeto irá juntar-se, ainda durante este ano, a construção da Central Solar de Metoro, pela NEOEN, na província de Cabo Delgado resultado de um investimento de 76 milhões de dólares, tal como noticiado em dezembro de 2018 pela ALER», refere a associação.

Estes dois projetos serão estruturantes já que atualmente, segundo a EDM, as regiões Centro e Norte estão com disponibilidade de energia da rede nacional de 3.040 MW e com défice de 150 MW, contribuindo não só para o fornecimento de energia a estas regiões como para a diversificação do mix energético através de renováveis.

«O mercado das renováveis off-grid, isto é, sistemas isolados, também tem demonstrado uma dinâmica cada vez maior com a recente entrada da empresa Fénix internacional, uma subsidiária da ENGIE, com a meta de levar energia limpa e acessível a 200 000 famílias nos próximos três anos através da comercialização de Sistemas Solares Caseiros», acrescenta a ALER, em comunicado.

A empresa utilizará um sistema pay as you go (PAYGO) para reduzir custos e levar energia de qualidade e acessível a consumidores rurais.

Numa parceria com a Vodacom e a Vodafone M-Pesa SA, a empresa pretende assim responder aos desafios de distribuição, ligação e pagamentos móveis que dificultam o acesso da população rural a produtos energéticos acessíveis.

Na mesma nota, a ALER refere que «a Fénix vem-se juntar às duas empresas já presentes no mercado. A primeira foi a SolarWorks!, presente no mercado desde 2016 tal como noticiado pela ALER, em cinco províncias, e que pretende até final do ano chegar a oito províncias, com 500 colaboradores e iluminar 50 mil famílias. Comercializam sistemas solares que podem ser pagos de forma faseada consoante as condições adaptadas a cada cliente utilizando painéis fabricados a nível nacional pelo FUNAE. Desde 2018 que a empresa conta com uma participação da EDP Renováveis, Associada da ALER, também havíamos noticiado».

No início deste ano foi noticiada a entrada de um segundo player no mercado. A Ignite, com o apoio e o investimento da Source Energia, associada da ALER, deu início em fevereiro a um projeto de âmbito nacional com o objetivo de conectar 6,2% da população que vive em zonas remotas do país nos próximos três anos.

Prevê-se que 1,8 milhões pessoas passem a ter acesso a eletricidade segura, sustentável e mais económica, substituindo assim o recurso a fontes poluentes para obtenção de energia, como a querosene ou o carvão, através da distribuição de Sistemas Solares constituídos por um kit de instalação com um painel solar de 10 a 15 watts e uma bateria de longa duração de lítio.

Moçambique estabeleceu a ambiciosa meta de levar eletricidade a 100% da população até 2030, o que num país de grande dimensão com grande parte da população a viver em áreas rurais e onde apenas 27% da população tem acesso à eletricidade, representa enormes desafios e simultaneamente grandes oportunidades para o investimento em energias renováveis on e off-grid.

Por fim, adianta a ALER, o Governo moçambicano «tem dado sinais positivos e o mercado tem respondido demonstrando cada vez mais dinamismo. É com enorme satisfação que a ALER e os seus associados, têm vindo a acompanhar a consolidação do mercado das renováveis em Moçambique e espera, assim, continuar a contribuir para a promoção do investimento no país».

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